Cozido à Portuguesa: a receita contra o frio

28 Fevereiro | 2018 | Goodyear

O prato mais tradicional do nosso inverno tem muitas faces pelo país e, aqui na Goodyear estamos a compilar os melhores locais para o apreciar. Conheça-os!

É nos meses frios que regressamos à gastronomia mais ancestral, autênticas receitas de emergência da nossa tradição culinária. A receita do Cozido à Portuguesa está inscrita na história das gentes do nosso país como um salva-vidas. À mesa dos pobres juntavam-se as sobras da cozinha para fazer nascer o prato estrela, o eterno cozido.

Hoje é uma iguaria muito apreciada em qualquer lar e ponto do país. Há cozido em toda a nossa geografia, com as diferenças que resultam de séculos de experimentação no paladar. Sob a sua base clássica, juntam-se depois mil matizes que cada recanto do país defende como únicos e só seus. Falar em cozido é listar todos os locais em que este prato é o senhor que alimenta todo um povo. De lés-a-lés há restaurantes que vale a pena visitar com tempo, vontade e muito apetite. Com a chuva a cair lá fora e um ambiente quente aqui dentro, a experiência torna-se mística. Vitela, orelha, morcela, barriga fumada, batatas, couve… os convivas juntam-se para a celebração.

Cozido à Portuguesa à moda de Lisboa

É por Lisboa que inciamos este périplo. O Nobre é uma paragem obrigatória e um clássico do cozido nacional, primorosamente servido ao domingo. Com alma transmontana, é na qualidade do produto que baseia a sua eficácia e numa receita confidencial que vale ouro. Depois do restaurante do Campo Pequeno, já abriu também espaços na Ajuda e no Estoril.

Uma segunda boa escolha está na Tasquinha do Lagarto, em Campolide. Aqui muda o dia e é à quarta e ao sábado que podemos degustar o cozido da casa. A chouriça de cebola de Ponte da Lima é o segredo deste prato, além do repouso em sal para as carnes de véspera. É uma receita completa que inclui arroz, nabo, batata, hortaliça, chouriça alentejana, de sangue, carne, orelha e entrecosto. A não perder!

Gastronomia Portugal - Quilometrosquecontam

Cozido em terra de tripas

Ao viajarmos para o Norte, temos paragem obrigatória no Porto, onde dois restaurantes merecem ser mencionados. A Casa Inês, na Rua de Miraflor 20, é famosa pela aletria, mas também oferece um cozido mais do que generoso, baseado em produtos de origem transmontana. Marque o domingo na sua agenda. É também possível provar um polvo com arroz espetacular.

Na Taberna Santo António encontramos uma conceção de cozinha única, de tratamento superior e ingredientes de sonho. O cozido tradicional, o jarrinho de vinho da Mêda e a mousse de chocolate, serão motivos mais do que suficientes para fazer da Rua das Virtudes 32 uma paragem habitual.

Para lá do Marão…

Não podemos falar de cozido sem visitar Trás-os-Montes. Na Casa do Ferrador, em Alturas do Barroso (Boticas) percebemos porquê. Antes do prato principal degustamos três entradas: alheira, linguiça e rojões transmontanos. A seguir experimentamos o cozido acompanhado da batata local, couve de penca e arroz de feijão. Regamos o almoço com vinho do Pinhão, do Douro. A qualidade de tudo o descrito é memorável, como são as sobremesas irrecusáveis: pudim de ovos, queijo com marmelada ou leite-creme.

 

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