Acidente de trânsito: mantenha a calma

24 Maio | 2016 | Goodyear

Saiba como proceder nos momentos logo a seguir a um aparatoso acidente na estrada. Recorde connosco algumas das coisas que deve e não deve fazer depois de um acidente

Os primeiros socorros podem ser de importância fulcral depois de um acidente na estrada em que não estamos envolvidos ou do qual não somos vítimas. É perfeitamente normal que a nossa primeira reação como testemunhas seja ficarmos nervosos ou receosos mas, se mantivermos a calma e recordarmos alguns conceitos básicos, poderemos ser determinantes antes que cheguem os serviços de emergência apropriados. Recorde connosco algumas das coisas que deve e não deve fazer depois de um acidente.

A importância dos primeiros socorros

Já vos falámos antes de como proceder depois de um pequeno acidente de trânsito sem ferimentos, de forma a manter a total segurança dos envolvidos. Mas quando a situação é mais complicada e são necessários primeiros socorros devemos, antes de tudo, manter a cabeça fria e não intervir de forma precipitada. Muitas das vezes o melhor é só alertar os serviços de emergência e tentar que a situação não se torne mais grave, avisando outros condutores para o obstáculo que agora ocupa a via.

Se não sabe como aplicar primeiros socorros, não faça nada. Antes de mais, não faça isto:

Não retire o capacete de um ciclista ou motociclista: tirar o capacete vai obrigar a movimentar o pescoço e a cabeça, uma ação de alto risco que só pode ser executada depois de um especialista avaliar o estado da vítima.

Não movimente as vítimas, a não ser que haja derramamento de combustível e risco de explosão. Os motivos são os mesmos que aconselham a não retirar um capacete: não sabemos o estado da coluna da vítima ou se existem lesões internas como perfurações de órgãos. Se as vítimas correm risco imediato porque estão expostas ao trânsito que continua a circular, a sua prioridade é avisar os motoristas que chegam que devem alterar a sua marcha. Se a vítima está capaz de se levantar sozinha, aconselhe-a a parar e sentar-se, pois não há garantias que não tenha também algum tipo de lesão.

Não aplique garrotes para estancar hemorragias. Esse é um procedimento que só deve ser efetuado por um profissional treinado.

Não permita que o acidentado ingira alguma bebida mesmo que este o solicite. Se vier a ser submetido a cirurgia, o estômago com água ou alimentos é fator que aumenta o risco no procedimento hospitalar.

Telefonar para o 112

Cabeça Fria!

Depois de recordamos o que não deve fazer, passemos agora ao que deve fazer:

Calma: o momento é tenso e o nosso primeiro instinto pode ser o de culpar este ou aquele condutor. Isso agora não interessa rigorosamente nada. Não discuta ou confronte alguém de forma hostil. A prioridade é o controlo, prestar assistência às vítimas e evitar que a situação se torne mais complicada.

Pense primeiro em si e restantes ocupantes do seu veículo. Só depois de se assegurar que não há aqui ferimentos é que deverá sair do carro.

Mantenha-se alerta: os momentos que se seguem a um acidente são de caos e o trânsito ainda não está controlado. Se sair da sua viatura esteja sempre de sobreaviso para carros que ainda circulam na via.

Acionar os serviços de socorro antes de pensar em qualquer outro procedimento. Ao telefonar para o 112 preocupe-se em ser claro, identificar corretamente o local e dar o maior número possível de pormenores sobre a sequência de acontecimentos. Quanto melhor informada estiver a equipa de socorro, maiores as probabilidades de despoletar os serviços necessários.

Sinalize o local com triângulos e vista o colete refletor.

Socorro às vítimas

Muitos procedimentos de primeiros socorros são simples o suficiente para serem ensinados a crianças na escola, mas isso não quer dizer que possamos agir de forma irracional, motivados pelo pânico. Não lhe vamos explicar como fazer respiração boca-a-boca, massagens cardíacas ou controlo de hemorragias, técnicas que devem ser aprendidas  de forma séria e com a ajuda de especialistas, mas se respeitarmos os conselhos anteriores e, acima de tudo, mantivermos a calma, há algumas ações que poderão fazer a diferença entre a vida e a morte.

Contacte com as vítimas e avalie o seu estado. Se ainda estiverem dentro do carro não as retire mas tente comunicar com elas de forma a perceber se estão ou não conscientes ou se conseguem indicar quais os seus ferimentos. É bem possível que estejam agitadas e que ajam de forma irracional, por isso tente acalmá-las e fazer com que se movam o mínimo possível.

O único motivo para tocar na vítima é para desapertar o cinto de segurança se este estiver a dificultar a sua respiração. Em todos os outros casos  tente que se mantenham imóveis nos seus lugares, sem movimentar a cabeça.

Se verificar que a pessoa está inconsciente ou incapaz de comunicar com clareza, o seu papel passa a ser de observação e comunicação com a equipa de socorro. Veja se respira e esteja atento aos seus movimentos torácicos. Estamos perante um paciente grave e todos os dados que possamos recolher podem ser fulcrais para a sua sobrevivência.

Como vê, há muito que pode fazer sem ter nenhuma formação específica para aplicar primeiros socorros.  Frieza e controlo são os elementos mais importantes e, mesmo que não possam ser ensinados ou exercitados, são atributos que podem salvar vidas.

Good Year Kilometros que cuentan