As 7 Aldeias mais belas, eis a escolha dos portugueses

2 Outubro | 2017 | Goodyear

A escolha das 7 Aldeias Mais Belas foi um desafio que prendeu a atenção do país durante meses. Agora é altura de apreciar as maravilhas do nosso país.

Os portugueses gostam deste tipo de iniciativas e acorrem sempre na altura de votarmos nos nossos pedaços favoritos do território. Este ano foi a vez de escolhermos as 7 Maravilhas de Portugal – Aldeias e o público dividiu-se pelas 49 finalistas. O interior rural do país está seriamente a necessitar de atenção e, com exemplos destes, é fácil justificar o interesse.

O turismo nacional vira-se cada vez mais para destinos rurais pitorescos, com um charme singular. Todas as aldeias que iniciaram este percurso são apaixonantes, mas o público tinha que escolher as vencedoras e são estas as 7 mais belas aldeias portuguesas.

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    Aldeias Rurais – Sistelo

    Apelidada de o “Tibete Português” devido ao vale em que se situa, só recentemente começou a receber a atenção merecida. A vida é dura neste canto do Gerês e já não há aqui muitos jovens. Contudo, Sistelo está relativamente bem preservada. Visite o castelo do séc XIX, as capelas e conheça a vista magnífica do miradouro do Chão da Armada. A característica mais notória são os vales em socalcos, usados na agricultura e pastorícia, e a sua rede de rega.

    Aldeias Ribeirinhas – Dornes

    Dornes é uma terra anterior à nacionalidade e, com a subida das águas do rio, ficou instalada numa deliciosa península sobre as águas. É uma das mais curiosas localidades portuguesas e é a porta de entrada para a bacia de Castelo de Bode. Destaca-se a Igreja de Nossa Senhora do Pranto que, de acordo com a tradição, foi fundada pela rainha Santa Isabel em 1285, e a Torre de Dornes, a misteriosa e primeira torre Pentagonal Templária em Portugal, ex-libris da região, construída pela Ordem dos Templários no início do século XIII. O barco de madeira Abrangel, típico desta zona do Zêzere, tem em Dornes o único estaleiro e mestre que ainda os constrói.

    Aldeias de Mar – Fajã dos Cubres, São Jorge – Açores

    “Cubre” é uma planta comum aqui, que acabou por emprestar o nome a esta Fajã na Ilha de São Jorge. Perto da de Santo Cristo, é um importante eco-sistema, repleto de aves, peixes e crustáceos. Suba ao miradouro para ter uma excelente vista panorâmica sobre esta fajã e a sua vizinha. Na povoação destacam-se as casas tradicionais e a Ermida, cujas águas do poço são tidas como milagrosas. Várias adegas foram transformadas em turismo de habitação e são hoje um destino de eleição para quem quiser acordar com vista para as ilhas Graciosa e Terceira.

    Aldeias remotas – Piódão

    Aldeia com ar de presépio quando a vemos iluminada nas noites de inverno, o Piódão é um local incontornável. O xisto, a lousa e os vales que a abraçam fazem da povoação um verdadeiro anfiteatro natural. Para aqui chegarmos o desafio passa por uma estrada serpenteante que nos leva até ao coração do Açor. Mas, para aqui viver, o desafio é mesmo a dureza da serra. Os campos em redor já não são trabalhados como no passado, mas há um novo público a chegar. As casas encavalitadas, as ruelas empedradas e a igreja matriz, uma mancha branca na paisagem, seduzem qualquer um que aqui passe. A vontade é sempre de passar aqui pelo menos uma noite.

    Aldeias Autênticas – Castelo Rodrigo

    As 7 Aldeias mais belas, eis a escolha dos portugueses

    No sopé da Serra da Marofa, entre os vales do Côa e do Águeda, Castelo Rodrigo é uma vila de tradição vinícola desde o século XII. No Convento de Santa Maria de Aguiar, os monges de Cister já trabalhavam a vinha há mais de oito séculos. Combateram-se aqui espanhóis e franceses, sinais que ficaram ainda nas velhas muralhas. Antes disso, já o pelourinho quinhentista, a cisterna medieval e os vestígios da presença da comunidade de cristãos-novos, são atestados da sua História. Suba também até ao alto da Marofa para apreciar a envolvente, visite o Cristo-Rei e o Convento.

    Aldeias Monumento – Monsaraz

    Uma das mais icónicas localidades alentejanas, Monsaraz já foi muitas vezes alvo da nossa atenção. E é também essa a sua História: apaixonou mouros, castelhanos, cruzados e turistas, sem preconceitos. No alto da colina, é a vigilante que espreita os campos em volta e ergue-se triunfante na paisagem. Combateu-se muito por aqui, mas hoje é um território pacífico e acolhedor, mesmo do alto do seu castelo. Na povoação, vale a pena a visita à igreja da Nossa Senhora da Lagoa, em frente ao pelourinho, a vista da casa da Inquisição ou as pequenas capelas

    Rio de Onor

    Terra de tradições ancestrais e comunitárias, a linha da fronteira em Rio de Onor é quase um acaso. Apesar de pertencerem a países diferentes, Rio De Onor e Rihonor partilham mais do que um par de tradições. Fala-se também o rionorês, partilham-se hábitos comunitários de exploração da terra e mantém-se formas de administração rural ancestrais. Continua a ser uma das mais afastadas zonas do país, o que propicia uma identidade muito própria e, como diz o povo, “para lá do Marão, mandam os que lá estão”. Muitas das casas estão agora desocupadas, contribuindo para um ar de doce decadência que lhe fica muito bem, mas também a atenção do turismo está a recair nesta região e será um destino turístico cada vez mais interessante. Com o Parque de Montesinho e Sanabria mesmo aqui ao pé, o turismo de aventura e natureza já olha para Rio de Onor com algum interesse.

    As 7 Aldeias mais belas, eis a escolha dos portugueses

    Good Year Kilometros que cuentan