Alvados e o dia em que o tempo parou

3 Julho | 2020 | Goodyear

Encaixado entre as serras, Alvados tem grutas, formações rochosas e muita natureza para explorar. Conheça os nossos destaques.

No anfiteatro formado pelas Serras de Aire e Candeeiros, Alvados é uma porta de entrada para a natureza. Com curiosas formações geológicas para entreter a vista e a gastronomia local para aquecer o estômago, é o tipo de destino cada vez mais valorizado neste período de distanciamento social. Aqui é fácil perdermo-nos no meio da natureza e encontrar a paz do meio rural. Conheça os destaques da Goodyear para uma escapadinha até Alvados.

A menos de dez quilómetros de Porto de Mós, entramos numa zona enfeitada por grandes carvalhos e olivais. A paisagem não esconde a origem rural da região mas é o turismo que, de forma crescente, começa a ser o motor económico da zona. Sem surpresa, devemos acrescentar, já que a sua riqueza e beleza naturais são motivo por si só para despertar-nos o interesse.

Os mistérios de baixo…

No Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros encontramos três importantes grutas que mostram a riqueza que se esconde por debaixo destes solos. A Santo António e Mira De Aire, junta-se a Gruta de Alvados. O seu percurso em forma de corredor e os contínuos “algares” de altura invulgar que a compõem, levam os especialistas, e o público em geral, a considerar esta gruta como uma das mais características da península ibérica.

As grutas têm um comprimento visitável de 350 metros, a sua largura máxima entre salas é de cerca de 40 metros, com uma altura interior que chega aos 95 metros. Como em qualquer outra gruta de características similares, a sua ventilação natural mantém, durante todo o ano, o interior da gruta a uma temperatura estável entre os 16 e os 18 graus centígrados. Pode ser visitada de Julho a Agosto, todos os dias, entre as 10h00 e as 18h30.

…e de cima.

Outra formação curiosa é a Fórnea. Além das grutas que se formam debaixo destas serras, aparecem depressões que, levadas ao extremo do caso da Fórnea, chegam a ter uma dimensão verdadeiramente impressionantes. Aqui encontramos duas cascatas e duas nascentes, envolvidas pela Serra de Ladeiras, Pena de Águia e Cabeço Raposeiro. 

No interior do semicírculo, encontramos a Cova da Velha, uma cavidade com a nascente que alimenta o Ribeiro da Fórnea. Para ver a melhor perspectiva para o cenário completo, deixe o carro no pequeno parque de estacionamento a seguir à Igreja de Nossa Senhora do Carmo e siga as indicações até chegar ao miradouro.

Além dos extensos passeios que aqui podemos realizar, é também um bom local para se partir em aventuras BTT, sempre por trilhos bem sinalizados. Poderá encontrar ainda paredes de escalada em Alcaria. 

Do lado sul do parque, a nascente do Alviela é o seu destino se chegar aqui a meio do verão. Conta com parque de merendas, parque infantil, circuito de manutenção, campos de futebol, vólei, bar, campismo e, mesmo ao lado, um Centro Ciência Viva.

Dos milhões às centenas de anos

Depois de assistirmos ao majestoso cenário montado por uma história de milhões de anos, temos ainda as conquistas do Homem para admirar. Quando já estiver cansado de calcorrear a serra, pegue no carro e escolha um de três destinos. A norte, vai encontrar o Mosteiro da Batalha. Mandado construir pelo rei D. João I como agradecimento à Virgem pela vitória na batalha de Aljubarrota, é o maior exemplo do estilo manuelino, e é considerado património mundial pela UNESCO. 

Na direcção do mar, para Oeste, fica o Mosteiro de Alcobaça, uma demonstração de amor e fé. Aqui, frente a frente, repousam “Pedro e Inês”, as duas grandes figuras românticas da História portuguesa. Merecem ainda a visita o Refeitório, o Dormitório e a Sala do Capítulo, assim como o Claustro de D. Dinis, a Cozinha e a Sala dos Reis.

Se preferir rumar em direcção ao Nabão, não pode passar por Tomar sem visitar o Convento de Cristo, uma obra verdadeiramente monumental. Construído ao longo de centenas de anos, este conjunto arquitetónico inclui edificações diversificadas, quase todas de notável relevância patrimonial, podendo destacar-se o castelo medieval e a Charola templária, que formam a parte mais antiga, os claustros quatrocentistas, a igreja manuelina e o convento renascentista. As muitas eras presentes fazem com que se encontrem diversos estilos arquitetónicos: românico, gótico, manuelino, renascentista e maneirista.

Visitar a região de Alvados, Serra de Aires ou com todos os povoados em redor, é marcar um encontro com o passado. Pode ser um passado de algumas centenas ou de muitos milhões de anos mas a promessa é a mesma: um grande sorriso ao fim do dia.

Good Year Kilometros que cuentan