É inevitável. O bom cinema é um exercício de mergulho numa realidade fictícia e paralela, sim, mas tão real que consegue envolver-nos completamente e trasladar-nos até a um mundo distinto, já for uma versão do real ou uma fantasia completamente diferente. As bandas sonoras fazem em muitas ocasiões o contributo definitivo para o sucesso de um filme, e não são poucas as que, com o decorrer dos anos, viram no distintivo único que resta de muitas obras célebres anteriormente. Nós estivemos a pensar um bocadinho qual é essa música que faz com que queiramos pegar no volante e devorar quilómetros, e preparamos esta playlist de Spotify para que você tenha uma viagem mesmo de filme!

• Wasn’t born to Follow, The Byrds, Easy Ryder. O filme de Dennis Hopper é a grande epopeia de uma época e uma geração inteiras. Deixados já muito atrás os loucos sessenta e atingido pela velhice inclemente, o filme continua, porém, a oferecer uma trilha sonora dificilmente igualável que desperta a vontade de conduzir com a melhor música daquele tempo a soar. Escolhemos Wasnt’ born to Follow porque, sinceramente, Born to be Wild já foi mencionada demasiadas vezes.

• Sweet Home Alabama, Lynird Skynird, Forrest Gump. O filme em que mais choramos com os acasos de Tom Hanks, um repasse à segunda metade do século XX não apto para os propensos às saudades, tem uma trilha sonora que faz época.  Esta canção soa num momento do filme e, achamos, é ideal para uma viagem alegre com o sol no vidro e a estrada na frente.

• The end, The Doors, Apocalypse Now. Talvez não é a canção –nem o filme- mais alegre da lista, mas tem de concordar connosco: é a trilha ideal para terminar um longo dia no escritório e conduzir para a sua casa tingindo de melancolia o ar em volta.

• I will always love you, Whitney Houston, O Guarda-costas.  Romance onde Kevin Costner e a própria Whitney Houston eram envolvidos numa história de queimar os olhos com as lágrimas. Se calhar um bocadinho piroso hoje em dia, continua a ter, porém, um final não apto para corações duros. Ideal para viagens de namorados.

• I Don’t Wanna Miss a Thing, Aerosmith, Armageddon. Mais uma canção para aflorar o sentimental que todos temos dentro de nós. Esta ode ao sacrifício de Bruce Willis pela humanidade inteira salva das labaredas um filme, realmente, muito esquecível. É a trilha perfeita para essas viagens em que tudo está planificado para não perder… nada.

• Somewhere over the rainbow, Judy Garland, O Feiticeiro de Oz. A canção clássica enquanto chove sobre o nosso vidro e vemos, muito ao longe, o arco-íris. Esses momentos irreais em que a chuva e o sol lutam acima de nós, tristes mortais. Mas não importa: estamos muito ocupados a cantar.

• Take my Breath Away, Berlin, Top Gun. Filmes de aviões são sinónimos de viagem, até mesmo sendo um filme de aviões de combate e romance. A canção é perfeita para uma viagem de namorados com o céu limpo e um destino próximo. O contrario seria arriscar uma sobredose de 80’s.

• Stand by me, Ben E. King, Stand by me. O filme de Coppola, adaptando uma ideia de Sthepen King, é uma ode à viagem iniciática e ao baptismo adulto de uns jovens americanos. A mensagem da canção, a amizade, é perfeita para essas viagens com o nosso pessoal para umas férias insuperáveis. Porque eles ficarão connosco.

• Mrs Robinson, Simon & Garfunkel¸ A Primeira Noite. Uma canção que não tem muito a ver com as viagens, concordamos. Mas você terá também que concordar que falamos de uma dessas canções que ficam irremisivelmente no ouvido. Se o seu acompanhante começar a cantarolá-la, depressa irá juntar-se a ele. E sabe que sim.

• You only live twice, Nancy Sinatra, You only live twice. Damos cabo desta playlist com uma canção do enorme universo cinematográfico que é a saga James Bond. Homónima com o filme do Sean Connery, é a canção perfeita para desligar a mente quando começa uma escapadela de fim de semana. Lenta, clássica e cheia de charme, serve para nos lembrar que, afinal, temos de desfrutar cada quilómetro da viagem e cada minuto no nosso destino, porque embora Nancy Sinatra diga o contrário, só vivemos uma vez!