Centro de Ciência do Café: museu para a família toda

14 Março | 2018 | Goodyear

O Centro de Ciência do Café de Campo Maior é um espaço único para se conhecer toda a história desta bebida, desde a lenda à actualidade. Traga as crianças!

O Centro de Ciência do Café nasceu do desejo de Rui Nabeiro de criar um espaço com características únicas. O amor pelo café é planetário mas o museu de Campo Maior é singular a nível mundial. Moderno e apostado na divulgação do conhecimento, respeita as suas tradições e apresenta-o com o prestigio que merece. Mesmo que ainda sejam muito novas para o beber, venha com as crianças ao Centro de Ciência do Café.

Com uma vida dedicada ao café, o Comendador Rui Nabeiro é uma personagem singular e fundamental para Campo Maior. Nascido nesta vila, é por sua causa e do desenvolvimento que trouxe para a região que, por vezes, o aroma do café se mistura com os cheiros do Alentejo. A empresa fundada por si em 1961 é um dos principais empregadores e marca de forma indelével esta terra.

“Combinamos um café no museu?”

O edifício do centro tem uma área de mais de 3.000 m2 e foi desenhado pelo arquiteto João Simão. Ao longo do percurso dá-se a conhecer todo o processo de produção, desde o cultivo à torra, assim como os pormenores que o envolvem. Dos antigos mitos ao seu papel nos Descobrimentos, terminando na sua indelével influência na cultura, ficamos a conhecer o mundo do café.

A visita recorre a tecnologia moderna, com elementos interactivos e conteúdos multimedia. Mas também nos mostra antigos acessórios e ferramentas que, além do cheiro do café, trazem o aroma de outras épocas. Começamos por um filme de animação sobre os primórdios do café, como foi descoberto e primeiro usado. Segundo a lenda, Kaldi era um pastor que assistia às suas cabras a desaparecer para trás de uma montanha. Quando regressavam, davam saltos entusiásticos, mistério só quebrado depois do próprio pastor provar as bagas que elas tinham descoberto. Os pequenos frutos vermelhos deram-lhe vontade de dançar e, como costuma dizer-se, o “resto é História”…

Da Etiópia a Portugal

Das montanhas da Etiópia para o mundo, a sala seguinte conta-nos como o café partiu também com as naus dos Descobrimentos. Chegado a Portugal, torna-se parte fulcral do comércio com as colónias e começa a fazer parte da nossa cultura. Mas não é só na poesia e boémia de nomes como Fernando Pessoa que o café marca as nossas gentes. Aqui, em Campo Maior, torna-se parte da vivência da raia e é produto que salta a fronteira muitas vezes, ao cargo de contrabandistas.

Mais à frente somos apresentados aos processos de transformação do café, como funciona a sua indústria e como chega ao consumidor. Finalmente, no último espaço expositivo, todas as peças encaixam-se e tenta-se uma explicação para o nosso amor por esta bebida. Com curiosidades sobre o consumo, benefícios para a saúde e hábitos culturais que criámos à sua volta, fica feito um retrato de como foi criada esta relação de paixão que temos pelo café.

A vista termina com uma demonstração e degustação dos variados elementos do café. Ficamos a saber o que procurar quando o cheiramos ou provamos, e descobrimos o leque infindável de matizes que pode assumir. Antes de sair, passe ainda pela loja para levar consigo um lote de café personalizado e torrado na hora.

E ainda… A vizinha Adega Mayor está aberta a visitantes e é também uma excelente introdução ao mundo do vinho. Organizam-se aqui provas de orientação, passeios pedestres e BTT, mas há também a hipótese de conhecer a herdade de um ponto de vista muito especial. A partir de um balão de ar quente a paisagem é simplesmente magnífica e inesquecível.

Good Year Kilometros que cuentan