Conector OBD: uma ferramenta potente para compreender o nosso automóvel

25 Fevereiro | 2020 | Goodyear

Já ouviu falar do conector OBD? Não perca todos os detalhes sobre este sistema de diagnóstico do seu carro, para que serve e onde está localizado

Já vimos que a eletrónica é vital nos automóveis modernos. É graças a ela que funcionam o motor e demais equipamentos de conforto e segurança do nosso carro. Nesse sentido, os veículos incorporam um dispositivo indispensável, sobretudo na hora de reparar determinadas falhas. É o conector OBD, On Board Diagnosis, do acrónimo em inglês, ou diagnóstico de bordo, e é uma porta de comunicação entre todas as unidades de controlo do carro e um computador externo para diagnosticar, programar ou codificar os diferentes dispositivos eletrónicos do veículo.

 História do conector OBD

Na maioria dos carros, para reparar uma falha eletrónica, mudar uma unidade de comando, codificar o imobilizador de uma chave ou outra série de atividades, o carro é ligado a um computador através do dispositivo OBD. Mas antes de tudo, vamos voltar um pouco atrás no tempo e conhecer a origem e o funcionamento deste elemento.

O conector OBD nasceu em 1988 na Califórnia, Estados Unidos, quando ficou determinado que todos os carros a gasolina no estado (quase não havia diesel e muito menos híbridos ou elétricos) deveriam ter um dispositivo com estas características para o controlo de emissões poluentes, para que os limites estabelecidos não fossem excedidos.

O conector OBD surge, assim, para alertar as autoridades e devia incluir ainda um alerta luminoso que avisasse os motoristas de um possível mau funcionamento dos elementos que o “vigiavam”. Anos mais tarde, e com base na evolução do sistema, conhecido como OBD II, chega à Europa e torna-se obrigatório em 2000 para motores a gasolina, em 2003 para diesel e em 2005 para camiões.

 Como funciona o conector OBD

O sistema verifica o estado de todos os sensores envolvidos nas emissões, por exemplo, o sistema de injeção ou a entrada de ar no motor. Quando uma falha é detectada, o sistema informa o condutor através de uma luz de aviso.

Ao mesmo tempo, o sistema OBD gera um código de erro que ajudará as oficinas a conhecer a localização da avaria, o tipo de falha e sua solução. Assim, este código é composto por cinco dígitos, que são traduzidos da seguinte maneira.

  • O primeiro dígito é uma letra, P, B, C ou U, que corresponde, respectivamente, a Eletrónica de Motor e Transmissão, Carroçaria, Chassis ou Indefinido.
  • O segundo indica a organização responsável pela definição do dígito, que pode ser 0 (código comum a todas as marcas) ou 1 (código do fabricante do seu carro).
  • O terceiro dígito corresponde a uma função específica do seu carro. Assim, 0 é um sistema eletrónico completo; 1 e 2, controlo de ar e combustível; 3, sistema de ignição; 4, controle de emissão auxiliar; 5, controle de velocidade e ralenti; 6, ECU e entradas e saídas; e 7, transmissão.
  • Finalmente, o quarto e o quinto dígitos estão relacionados com a falha específica do veículo.

 Localização do conector OBD

O conector OBD varia de localização dependendo do fabricante, embora o mais comum seja que se encontre  na zona dos pés do condutor, sob o volante ou na caixa de fusíveis, junto ao banco do passageiro ou no local hipotético destinado ao cinzeiro.

No entanto, em cada vez mais modelos, o diagnóstico é feito diretamente entre o veículo e a oficina por intermédio de ligações sem fio, tornando desnecessária conexão física a, embora, para já, seja obrigatória por lei. No futuro, isto pode levar a uma série de dificuldades para oficinas independentes, que não dependem diretamente de um fabricante e, portanto, não têm tanta informação.

Conector OBD e inspeção

Todas as oficinas de inspeção técnica de veículos devem ter um equipamento de leitura do sistema de diagnóstico para testar as emissões do nosso veículo

Desta forma, os responsáveis ​​pela inspeção devem conectar o sistema de diagnóstico ao computador de bordo do veículo para tentar detectar possíveis manipulações dos sistemas de segurança e antipoluição. Se o seu carro não tiver sido manipulado por ninguém, não terá que se preocupar com nada, pois passará nos testes de diagnóstico sem qualquer problema.

Este teste afeta apenas os veículos que possuem motores mais eficientes e que cumprem as normas de emissões EURO 5 e EURO 6. Para se ter uma idéia, são os veículos registados desde 2009, embora, repetimos, o que marca a realização do teste não é a idade do seu carro mas os regulamentos de emissões a que está obrigado.

Com isto, o que se procura é verificar que não tenham sido feitas manipulações não autorizadas nos sistemas eletrónicos dos veículos, algo que pode colocar em risco tanto os utilizadores como o ambiente.

 Como pode ver, o conector OBD, que tão útil é a desvendar as avarias do nosso veículo a motor, voltou a servir para a razão para a qual foi criado: controlar as emissões do nosso carro, mesmo que seja de uma maneira ligeiramente diferente.

Good Year Kilometros que cuentan