Airbags: que cuidados precisam?

27 Novembro | 2017 | Goodyear

Passam a vida escondidos, enchem-se em milissegundos e, depois de cumprida a função, devem ser reformados. Que atenção devemos prestar aos nossos airbags?

Esperamos nunca ter que os conhecer mas, se cumprirem a sua função no momento exato, podem salvar-nos a vida. A maioria dos condutores nunca terá que ver um airbag mas todos queremos a confiança de saber que estão lá. Mas será que estão mesmo? Se nunca os viu, como é que pode ter a certeza que os airbags do seu carro estão 100% operacionais? Será que vamos descobrir uma avaria no pior momento?

Ao contrário de outros sistemas de segurança, os airbags só deverão ser utilizados uma vez. Passam toda a sua vida escondidos, enchem-se de ar em milisegundos e, depois de cumprida a função, deverão ser substituídos. Mas, mesmo sem serem utilizados, poderão sofrer avarias? Em que casos devem ser substituídos?

Do surgimento à maturidade

Os airbags começaram a ser introduzidos na década de 70 e, como todas as novas tecnologias, subsistiam algumas dúvidas. Na altura recomendava-se a inspeção e substituição do sistema a cada 10 ou 15 anos, conforme os fabricantes. Já no século XXI, a tecnologia avançou o suficiente para que passassem a durar toda a vida do veículo. Com confiança acrescida na tecnologia, começámos a ver a adopção de airbags duplos em todos os novos carros. Ao mesmo tempo, surgiram sistemas de segunda geração, computorizados. Estes airbags têm a capacidade de encher, ou não, por fases, dependendo dos dados transmitidos a partir de sensores localizados no cinto de segurança do passageiro e do banco dianteiro.

Apesar de cada vez mais fiáveis, o grande número de airbags em circulação implica que haja sempre relatos de problemas. Desde 1997 já foram retirados do mercado mais de 3 milhões de veículos devido a problemas neste sistema. Ainda em 2017, o mercado português assistiu a um exemplo destes com um fabricante de grande renome. GM, Nissan, Toyota, Hyundai, Ford e BMW são algumas das empresas que já foram obrigadas a pedir a devolução de um dos seus modelos por este motivo.

O que pode correr mal?

Os airbags são hoje equipamento original em todos os carros no mercado e funcionam em conjunto com os cintos. São desenhados para disparar em desacelerações súbitas a partir de cerca de 20 quilómetros hora. Não disparam todos ao mesmo tempo, pois os sensores detetam a direção do movimento e enchem os que são pertinentes. No caso de veículos com sensor de passageiros, o airbag do pendura poderá nem disparar caso não esteja ocupado. Em qualquer dos casos, o enchimento é tão rápido que os cintos de segurança tornam-se fundamentais.

Um dos elementos mais pertinente é a parte do sistema que deflagra os insufláveis e inicia o enchimento. Nos modelos antigos esta peça poderá sofrer corrosão por humidade e ficar inoperacional. Em carros modernos é expectável que este detonador tenha uma vida útil superior à da viatura. Em todos os outros, o melhor é respeitar as indicações dos fabricantes que vão da inspeção à substituição aos 10 anos, com inspeção a cada dois depois disso.

Airbags: que cuidados precisam?

Atenção aos sinais!

Impossibilitado de aceder ao interior do sistema, o condutor terá que confiar no sistema de auto-diagnóstico. Verifique as instruções do fabricante relativas ao comportamento da luz dos airbags sempre que liga o carro. Se houver um problema, a informação surgirá nesse momento. Se a luz se apagar, piscar ou mostrar algum comportamento que não está de acordo com a informação do fabricante, deverá efetuar a sua manutenção o mais depressa possível.

No caso de carros antigos (anteriores a meados dos anos 90) o manual deverá indicar se o airbag precisa de inspeção ou substituição periódica. Se não tiver o manual original, uma busca na Internet poderá ser tudo o que necessita. Em alguns casos encontrará também essa informação na ombreira da porta ou nas palas do parasol.

No caso de acidente com disparo dos airbags, a substituição do sistema é obrigatória. Recuse a oferta se a oficina lhe der a possibilidade de desligar o sensor para poupar na reparação. Além da quebra de segurança, é motivo para chumbar na inspeção. Use sempre airbags de substituição do fabricante original.

O grau de segurança a que chegaram faz com hoje que já não nos preocupemos muito com os airbags. Contudo, para que consigam cumprir a sua função é importante que sigamos todas as recomendações. Não esquecer as inspeções periódicas, optar sempre por equipamento original e o uso de cinto, são três passos fundamentais para que possam atuar da melhor forma quando precisarmos dos aibags.

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