É durante o verão que passamos mais horas de carro. As longas viagens fazem parte da nossa rotina destas datas e, para além de maçadores, esses deslocamentos podem fazer com que baixemos a guarda ou esqueçamos alguns pontos básicos sobre como conduzir corretamente. Os erros que podemos cometer enquanto conduzimos no verão são distintos dos das outras épocas do ano, principalmente por estarmos a falar de uma das estações com qualidades mais características que coincidem temporalmente com os nossos mais permissivos níveis de atenção ao volante. O resultado é uma série de infrações e erros frequentes que podem ter efeito no nosso bolso, no nosso carro ou pior, na nossa segurança.

Vamos fazer uma passagem pelos erros mais habituais, que com certeza todos temos cometido nalguma ocasião. Verá como é fácil evita-los no futuro.

• Um carro com superpopulação: Diga lá, quantas vezes projetou uma viagem ao qual foram juntando-se mais pessoas conforme se aproximavam da data de saída? Convidados de última hora, voluntários insuspeitados e amigos de amigos, o certo é que o seu carro pode tornar-se quase num transporte público. A maioria dos carros têm um limite de cinco passageiros incluindo o condutor, mas não é infrequente, especialmente em deslocamentos curtos, que um carro transporte seis ou até sete pessoas, com passageiros a viajar inseguramente no regaço doutros. Um excesso de passageiros que dificulte a estabilidade do carro pode ser considerado condução temerária, trazer problemas com a lei e estragar umas férias.

• O piquenique durante a viagem. É normal sentirmos sede quando viajamos sob um sol ardente e com mais de 35º no termómetro. É, aliás, importante buscar sempre uma hidratação adequada do nosso corpo. Mas, para isto, é preciso estacionar previamente o carro e desfrutar do nosso refrigerante ou da nossa água com calma. Beber qualquer bebida enquanto conduz é uma distração desnecessária que pode ser punida e ocasionar problemas a outros condutores. De comer enquanto conduz já nem precisamos falar.

• Verificar o carro no último momento. Testar os travões, os pneus ou o óleo são tarefas aborrecidas que costumamos atrasar o máximo de tempo possível. Mas estas práticas não trazem qualquer vantagem para a poupança e são, aliás, muito perigosas. As despesas de combustível costumam ser muito maiores num carro não verificado, porque o mau estado dos componentes do carro. Deixar a verificação e preparação do carro para o final é uma despesa a mais.

• O climatizador antártico. Sabemos que fora está um calor brutal, sufocante mesmo, que sentimos como uma enorme e molhada rocha a esmagar-nos. É por isso que muitos condutores têm o mau costume de regular o climatizador na temperatura mais alta que conseguem, visando enfrentar as temperaturas infernais do exterior. Mas o nosso corpo não foi criado para experimentar variações tão profundas nas condições climáticas de modo repentino, e uma baixada excessiva da temperatura de forma artificial pode provocar constipações e outras alterações da saúde. O melhor é manter a temperatura numa fresquidão morna, aproximadamente à volta de 24 ºC.

• Conduzir de chinelas: É um calçado cómodo e o calor da época convida a levar os pés ao vento. Mas, para conduzir, as chinelas são um erro… embora frequente de mais. Por que razão não utilizar chinelas? Bom, porque são calçados sem fixação nem por frente nem por trás, fazendo com que o pé escorregue no pedal. E nem pense em conduzir descalço: o problema do deslizamento continua.

• Conduzir sem roupa. Tirar a t-shirt é mais do que uma grande tentação nalguns momentos, mas é melhor enfrentar a estrada com roupa cómoda e folgada. Conduzir de calções de banho ou sem camisola pode produzir feridas na pele ou até queimaduras pelo contacto continuado com o material do cinto de segurança. Ou um horrível bronzeado seletivo com faixa branca sobre fundo ruivo…