Caixa de velocidades: erros e equívocos

8 Março | 2016 | Goodyear

Conheça com a Goodyear equívocos e erros comuns sobre a transmissão de um automóvel

O sistema de transmissão do seu automóvel tem que cumprir a árdua tarefa de transformar o movimento do motor na energia que empurra o veículo. Para isso, usa um sistema de engrenagens assentes em eixos, um conhecimento que engenheiros e construtors detêm há milénios mas que tem conhecido diversas inovações que aumentam a sua eficácia e rendimento. Contudo, e de acordo com o hábito português de preferirmos caixas manuais, continua a ser um dos elementos mais fundamentais do seu carro e sobre o qual a nossa forma de condução tem mais impacto. Passemos então em revista cinco equívos comuns sobre as mudanças do seu carro.

  • Mais complicado do que “manual” vs “automático”… Também as caixas de velocidades têm sofrido diversas evoluções e a simples distinção entre  “manual” e “automática” já não respeita a realidade. As transmissões de dupla embraiagem, por exemplo, estão a meio caminho entre estes dois extremos, usando controlo computorizado e manual ao mesmo tempo, e assim obtendo duas relações engrenadas ao mesmo tempo. Outra abordagem, é a da Transmissão Continuamente Variável (inventada por Da Vinci!) que dispensa engrenagens individuais e incrementa a relação de transmissão através de um sistema de polias que permite uma variação infinita da relação de transmissão. Os eléctricos fogem a tudo isto e, carros como o Nissan Leaf ou o Tesla Roadster, só têm uma relação de transmissão. Originalmente, até os EV´s precisavam de uma caixa para poder engrenar a marcha à ré, mas os inversores actuais já permitem esse movimento sem recorrer a engrenagens. 
  • A alavanca não serve para descansar o braço… Depois de efectuar uma mudança, volte a colocar a mão direita no volante. A alavanca está ligada a um garfo selector que sofre um desgaste acrescido se estiver a ser constantemente pressionado contra a engrenagem. Este não é um factor no uso normal de cidade, já que estamos constantemente a mexer na caixa enquanto andamos em trânsito mais denso, mas que podemos evitar na auto-estrada, quando será mais habitual relaxar um pouco na condução. Um ponto adicional relativo à segurança: duas mãos no volante são mais eficazes em situações de emergência, durante as quais as mudanças podem ser irrelevantes.

Carro - Quilometrosquecontam

  • Um motor engatado não lhe dá mais segurança… Quando se vir obrigado a parar duarante mais do que alguns segundos, num semáforo por exemplo, coloque a caixa em ponto morto e tire o pé da embraiagem. Enquanto está engrenado, está a prejudicar os rolamentos do disco e não está realmente a contribuir para a sua segurança. Há quem defenda que o correcto é ter o motor engrenado para, se um outro carro bater-lhe por trás, ao tirar o pé da embraiagem imobilizar-se imediatamente. O mais correcto é ter o pé no travão, pronto para actuar de forma instintiva caso tenha a infelicidade de necessitar de o usar.
  • O travão também ajuda nas subidas… Já vos dissemos antes que a gestão correcta da embraiagem é uma atenção que tem sério impacto  na sua carteira. O “ponto de embraiagem”, técnica muito útil que nos ensinaram logo nas primeiras aulas de condução, tem o seu lugar mas é constantemente abusada por condutores pouco informados ou displicentes. Nesta situação, o volante do motor e o disco de embraiagem estão a rodar a velocidades diferentes, provocando um desgaste acelerado dos componentes. Em vez disto, opte pela solução óbvia de pressionar o travão. Vários carros modernos têm sistemas do tipo Brake Hold, particularmente úteis no meio do trânsito citadino pois basta um botão para activar os travões num momento de paragem. Se o sistema detectar que o cinto do condutor é desapertado activa o equivalente ao “travão de mão”. Enquanto a maioria dos carros não está disponível com sistemas deste tipo, se se encontrar numa subida na qual teve que parar, puxe a alavanca do travão, pressione a embraiagem e o travão, selecione a mudança e comece a soltar o pé da embraiagem até sentir o movimento enquanto solta a alavanca.
  • Não basta carregar no acelerador para andar mais depressa… É um conselho óbvio mas que apanha sempre os condutores mais inexperientes. Se estiver a rodar com o motor num regime de baixa rotação, não irá resolver a falta de rendimendo do veículo simplesmente carregando mais no pedal. A solução passa sempre por não ser preguiçoso e baixar uma mudança. Pode inclusive descer mais se o regime do motor for adequado à mudança escolhida. Caso contrário, o esforço para que o motor desenvolva irá torná-lo mais lento e causar-lhe problemas a longo prazo. Como se depreende do que dissemos acima no ponto 4, se as velocidades do disco da embraiagem e do volante do motor forem iguais, irá reduzir o desgaste e terá uma condução mais suave e cómoda, e assim também mais segura.
Good Year Kilometros que cuentan