Évora, um encontro com o Sol e com as estrelas

21 Julho | 2017 | Goodyear

Edifícios e sabores ancestrais e uma riqueza patrimonial e cultural sem paralelo: Évora é a a jóia da coroa alentejana. Saiba o que visitar e experimentar.

O braseiro alentejano tem uma sombra à nossa espera. Évora é uma espécie de refresco surpresa, capaz de nos seduzir tanto pelo ar antigo como pela azáfama do centro. Com tanto para fazer, não se deixe enganar: aproveite as manhãs para visitar a cidade mas procure um refúgio durante a tarde. Felizmente, a cidade tem recomendações para ambos, passear e descobrir pela fresca, e dar uns mergulhos para enganar o calor. Venha connosco descobrir o que ver, fazer e viver numa escapadela em Évora

Como é adequado a uma cidade que é Património Mundial da UNESCO, Évora tem um conjunto monumental impressionante. Passou por sucessivas ocupações até apresentar a face que tem hoje, mas guardou uma patine que encontramos em qualquer canto. Um breve passeio pelas ruas do cento histórico é tudo o que basta para nos levar até outro tempo.

Pelas frescas ruas da cidade

Siga pela rua Serpa Pinto até à Praça do Giraldo onde ainda vai encontrar compadres de capote e chapéu de copa alta. Aproveite para um passeio entre os arcos ou um refresco no Café Arcada, entre as famílias da terra. A 5 minutos daqui, a Pão de Rala é especialista em doçaria conventual e o doce que lhe dá o nome é motivo para uma entrada individual nos guias da Lonely Planet. Com o seu toque de amêndoa e limão é “assim de bom”.

Depois de sentir o seu ritmo, prosseguimos a visita porque a cidade tem segredos para uma vida inteira de descoberta. Impressionante e inesquecível, a Capela dos Ossos, na Praça 1º de Maio é um dos mais famosos monumentos da cidade. As suas paredes estão decoradas com ossos e crânios, cerca de 5.000, aqui colocados no século XVII. Poemas, inscrições e motivos alegóricos à morte, contribuem para o ambiente mórbido.

Nomes que definem Évora

Outro ex-libris, talvez não tão marcante, é o velhinho Templo de Diana, deixado aquando da ocupação romana. Se o conjunto que sobreviveu impressiona mais pela História do que pelo estado, o seu enquadramento na cidade é memorável. Rodeado de um conjunto de edifícios impressionante, numa praça toda empedrada, é um ponto de passagem obrigatório. Aqui perto fica ainda a Sé Catedral de Évora, o maior edifício medieval do género em Portugal. Repleto de pormenores e estatuária surpreendente, o edifício tem ainda um terraço onde podemos espreitar a melhor vista da cidade.

Já que falamos de clássicos, a gastronomia eborense tem também os seus próprios monumentos. As entradas do Fialho deviam estar sob proteção da UNESCO. O presunto, o pão tradicional, a saladinha de polvo e os queijos regionais são suficientes para um santo pecar, mas ainda falta o prato principal. Quem é alentejano de gema vai escolher o ensopado de borrego ou as migas com espargos, mas o bacalhau assado é uma das especialidades da casa. A Tasquinha do Oliveira é mais pequena mas tem uma seleção de vinhos de casa grande. O mesmo cuidado vai para a carta, com o borrego assado no forno, a quiche de perdiz ou a lebre com feijão a serem muito dignos representantes da cozinha local. Destaque ainda para as pataniscas de bacalhau à entrada e a sericaia para a despedida.

Encontros ancestrais

Não muito longe de Évora fica o lago do Alqueva, que se tornou famoso como Reserva Dark Sky. O céu da região traz visitantes de todo o mundo, mas olhar para as estrelas não é um fenómeno recente. Já há 8.000 anos que os habitantes locais ergueram a poucos quilómetros do centro da cidade a sua versão de um observatório celeste. O Cromeleque dos Almendres é um dos maiores círculos de pedra da Europa e dos mais antigos do mundo. A sua finalidade não é totalmente conhecida, mas as suas pedras alinham-se para marcar o nascer e o por do sol no solstício. Seja um simples calendário ou um templo de adoração, é com certeza impressionante. Babak Tafreshi, o famoso astrofotógrafo ao serviço da UNESCO esteve aqui e não se coibiu de o incluir na sua lista de locais noturnos que mais o marcaram. E este senhor já viu muito…

Templo de Diana

Com a certeza que também o povo que construiu o Cromeleque dos Almendres sonhava enquanto olhava para o céu, o turista moderno tem hipótese de conhecer o azul muito mais de perto. A atuar a partir do aeródromo de Évora, a Skydive tem vários programas conforme a experiência do aventureiro. Se nunca saltou de para-quedas, experimente o tandem, a forma mais fácil de descobrir este desporto. Só precisa de aprender a controlar o medo de alturas, porque o instrutor trata de tudo o resto. Registe o evento em vídeo mas, com a adrenalina, não deixe de olhar para Évora e toda a região circundante. É uma visão única e inesquecível. Das duas, uma: ou vai apaixonar-se pela cidade ou pela modalidade. Pelo menos uma destas opções é garantida!

Good Year Kilometros que cuentan