Como fugir ao Inverno sem sair de Portugal

1 Fevereiro | 2019 | Goodyear

Fomos à procura de cinco destinos no nosso país onde o frio tem vergonha de entrar. É possível fugir ao Inverno em Portugal e nós contamos onde.

O Inverno começou ainda há pouco e já está farto de roupa pesada e incómoda? Tem saudades de luz, de uma temperatura mais amena e da descontração de outras estações? Os sintomas são claros: está com uma irresistível vontade de fugir ao inverno. Nós temos uma solução, aliás, temos cinco. E todas em Portugal. O nosso remédio não são temperaturas tropicais prometidas por destinos exóticos. Em vez disso, sugerimos uma breve escapadela de dois ou três dias, num dos cinco lugares que selecionámos entre os locais mais amenos de Portugal. Fique a conhecê-los!

Como fugir ao Inverno sem sair de Portugal

Pérola amena do Atlântico

Com temperaturas a rondar os 17° no Inverno, há poucos locais em Portugal tão amenos como o Funchal. Apesar disso, conte com a hipótese de apanhar neve a partir dos 1.400 metros. Não acontece todos os dias, mas é fenómeno bem conhecido pelos madeirenses. O tal do clima ameno da Madeira encarregou-se no passado de tornar a ilha um destino para turistas mais maduros. Mas o cenário está a mudar. Até porque este ano estão em curso as celebrações dos 600 anos da descoberta do arquipélago e há muito, mas muito, para ver e fazer na Madeira e Porto Santo.

Na Madeira, ER101 é uma das mais curiosas e dramáticas estradas portuguesas e o percurso que faz a norte já foi objecto de destaque aqui como um dos mais “espetaculares do mundo”. Depois há o turismo de natureza convidar aventureiros, foi descoberta como spot de surf em Porto da Cruz ou São Vicente. Para apanhar a neve vai ter que subir aos picos da ilha. No lugar do Poiso, se o tempo não aconselhar a prosseguir caminho, beba uma poncha para aquecer a alma.

E a poncha é apenas um exemplo do que a Madeira tem para oferecer em matéria de gastronomia. É uma delícia. A gastronomia é variada e os pratos típicos incluem milho frito, espetada de carne, peixe-espada, atum, lapas, bolo de caco ou bolo de mel. Além disso há também muita, muita fruta.

De Sines a Porto Covo, praias lendárias e vilas brancas

Lagoa ao lado do mar

Zonas húmidas como os sistemas lagunares que temos na costa portuguesa não convidam só a vida animal. A costa alentejana mantém um tom cálido ao longo do inverno e a lagoa de Santo André vai aproveitando estas benesses. A pouca distância de Sines e Porto Covo, é um pequeno oásis de vida, rico em todo o tipo de espécies. Em Santiago do Cacém, o Castelo e a zona histórica justificam a visita. Nas proximidades da cidade encontramos ainda as ruínas da cidade romana de Miróbriga. Para sul, conforme nos aproximamos de Porto Covo, estendem-se as quintas, hortas, pomares e todos os aromas da terra. Aproveite a passagem para provar o ensopado de enguias ou a caldeirada em qualquer altura do ano. Para os gulosos, há sempre as alcomonias, doce regional feito com pinhões e mel.

Setubal

Aquecidos pela paisagem da serra e do mar

Depois de apanhar o barco em Setúbal, a terra da caldeirada de peixe, chegar à Península de Tróia é quase como chegar a outro país. Não porque a distância seja muita ou a diferença assim tão assinalável, mas pelo espírito descontraído que encontramos. Nos 25 quilómetros que nos separam da Comporta é como se encontrássemos a épica “Paz de Tróia”. A partir da Marina de Tróia pratica-se windsurf ou vela, e aqui perto fica um conceituado campo de golfe desenhado por Bobby Jones. Se vier para descontrair E comer, o Tróia Design Hotel é um dos pontos essenciais para qualquer uma das opções.

Como fugir ao Inverno sem sair de Portugal

Não é a Lua, é o Atlântico

Graças ao “Anticiclone dos Açores”, o clima do arquipélago é bastante diferente do registado no continente. O clima tende a ser ameno e calmo, como é comum nas regiões subtropicais. Mesmo no inverno, as temperaturas médias não vão abaixo dos 16º. Como resultado, as ilhas apresentam-se verdejantes e frescas durante todo o ano. A Condé Nast Traveller, uma das mais apreciadas e prestigiadas publicações internacionais de viagens e turismo, reconheceu mesmo os Açores como “o segredo mais bem guardado de Portugal”.

Agora que é possível visitar o Arquipélago dos Açores com um passe aéreo, é altura de escolher um destino menos habitual. Nesse campo, poucos destinos batem a Ilha do Corvo, um dos locais menos conhecidos pelo turista comum. Tem apenas seis quilómetros de comprimento e quatro de largura, 17 km quadrados no total, e 400 habitantes.

A influenciar toda a paisagem, o Caldeirão ocupa grande parte e recorda-nos a força telúrica que aqui se esconde. No seu interior, a 300 metros de profundidade, encontramos uma lagoa orvalhada de pequenas ilhas. Neste miradouro natural e nas suas águas há quem diga descobrir a forma de todo o arquipélago dos Açores.

A gastronomia do Arquipélago dos Açores é rica e variada. Pelo menos cinco pratos, para nos limitarmos aos dedos de uma mão, são incontornáveis quando der uma escapadela ou passar uma temporada de férias mais alargada nas ilhas. Cozido, bife, lapas e cracas, queijo da ilha e, para a sobremesa, Fofas da Povoação.

Em ritmo de inverno na Ria

O frio abranda o ritmo, mas nunca afasta completamente toda a riqueza que resiste na Ria Formosa. Sobranceira ao espetáculo e no seu ritmo de cidade histórica, Tavira traz à memória o norte de África. Os mouros já não estão aqui há muitos séculos, mas há algo no vento que nos chega de sul que apela aos nossos instintos ancestrais. Aqui ainda se respeita uma verdadeira tradição multi-cultural desde os tempos em que mouros e judeus aqui moraram e são comuns os negócios e as famílias de “ex-pats” das mais variadas proveniências europeias. A Ria estende-se ao longo de mais de 60km de costa entre o Ancão e a Manta Rota. Ao longo desta costa sucedem-se pequenas surpresas e recantos, as ilhas barreira, os pontões e ilhotas, salinas e bancos de areia. Mesmo com a pressão turística e Faro aqui tão perto, a zona tem-se mantido relativamente intocada e bem protegida.

Se o tempo ajudar, poderá ainda ter oportunidade de ver golfinhos, numa das inúmeras embarcações que atualmente circulam na zona para mostrar os golfinhos, mas também outros animais e, claro, a magnífica paisagem. Para comer, não deixe de experimentar as iguarias que a Goodyear recolheu para si, entre a Ria e o Rio.

Good Year Kilometros que cuentan