Nova estação? 10 músicas para receber a primavera!

27 Março | 2017 | Goodyear

Vamos abrir as janelas, arejar a casa e preparar tudo para a chegada da primavera: temos 10 grandes canções para receberem a estação com um sorriso.

A primavera é tempo de reencontro com a natureza e o ar puro, mas é também uma época de renovação em que precisamos de arranjar energias (e as músicas!) para deixar lá para trás todas as cicatrizes do inverno. Por isso, se em vez de partir para uma escapadela, tiver que guardar o próximo fim de semana para uma limpeza de primavera ou até uma lavagem do carro, pode contar connosco para lhe dar motivação: temos a playlist perfeita para atacar os desafios da nova estação!

Os canadianos adeptos do R&B com aroma a hip hop estão, definitivamente, na berra e ainda bem que assim é, porque os exemplos que nos chegam são de grande nível. Com o seu ritmo que vai entranhando devagarinho, Reminder de The Weeknd é a nossa forma de acordar da longa letargia do inverno, como se fosse um daqueles domingos em que acordamos invulgarmente bem dispostos, lentamente, mas com um sorriso rasgado no rosto.

Mas, se o bom tempo não avisa quando é que deverá chegar, o melhor é aumentar um pouco a batida porque, não tarda nada, vai bater-nos à porta. Frank Ocean a cantar na companhia dos Migos, sob um tema composto por Calvin Harris, Slide funciona como o metrónomo que nos leva a compasso por qualquer tarefa que nos metam pela frente.

Mesmo depois dos Da Weasel, e já bastante mais velho do que o Pacman que conhecemos no princípio dos anos 90, Carlão tem sempre companhia para fazer a festa. Agulha No Palheiro tem um groove suave, mas com uma tarola com cheiro a festa de bairro de subúrbio, que nos mete a abanar a anca como se não houvesse outra opção.

De regresso aos canadianos e ao R&B, Hotline Bling de Drake é aquela pérola que, por muitas vezes que ouçamos, causa-nos sempre a irresistível vontade de dançar pela casa como se fôssemos playboys de Los Angeles, em movimentos sincopados, tão adequados para parecer o tipo mais cool da discoteca como para limpar o pó ou aspirar o chão. Afinal, esta é uma playlist para ajudar em tarefas tão “divertidas” como limpezas de primavera, por isso o melhor é dar asas à imaginação.

E, já que visitamos a música de Drake, aproveitamos a boleia e damos um salto até Needed Me de Rihanna, um passeio lânguido por paisagens que parecem muito pouco primaveris, mas que são energéticas q.b. para nos fazerem abrir a janela. Ao falar do fim de uma relação com uma atitude forte e assertiva, é uma espécie de hino que muitas mulheres conseguirão facilmente entender.

O tempo de primavera é inconstante q.b. para nos obrigar a, de vez em quando, ficar em casa. Mas Flo Rida traz o espírito do “sunshine state” onde nasceu, para o viciantemente pop My House, onde se entretém a descrever o que se propõe a fazer “sem ter que sair de casa”. Escusado será dizer que as ideias do rapper envolvem malandrices várias, mas na estação das flores e dos passarinhos nada é mais natural.

Atrasamos agora o relógio para 2011, altura em que Beyonce estava mais próxima do R&B tradicional do que no álbum homónimo que se lhe seguiu ou em Lemonade. Como a primavera é o tempo do (re)nascimento, nada mais apropriado do que recuperar este Love on Top que serviu como cartão postal para o anúncio da sua gravidez. Foi a performance mais assistida na história dos Video Music Awards da MTV e é ainda o exemplo perfeito da atitude da Queen B para com o espetáculo e a sua música.

Os Chainsmokers vão visitar Portugal em 2017 para um espetáculo no festival Sudoeste da Zambujeira e, mesmo que apareçam só no pino do verão, este Roses já cumpre a preceito a tarefa de nos motivar para o equinócio: fala-nos de sonhar acordado, de viajar até ao paraíso e beber o prazer da boa vida. Se isto não é perfeito para provocar um sorriso mesmo quando as alergias de pólen atacam, não sabemos o que será…

Depois de tantos (e bons) exemplos do R&B e das suas intersecções com a música de dança e o hip hop, nada mais justo do que visitar também um nome que renova a soul para uma nova geração: Black Man In A White World começa em tom de lamento mas ao ritmo de palmas, um sinal do Gospel que também influencia Michael Kiwanuka e que o motiva a celebrar até as mágoas. E, se falamos em celebração, o tom é perfeito para abrir as janelas e deixar o ar puro entrar.

Benjamin Clementine já não é um nome desconhecido dos portugueses, mas a inclusão recente deste Nemesis num anúncio a rodar em alta rotação nas nossas televisões tem despertado a atenção de gente que, normalmente, não dedicaria muito tempo às canções torturadas e sombrias do cantor. O resultado, num tema que poderia ter como progenitora a Nina Simone de Sinnerman, foi a sua transformação num inesperado sucesso radiofónico de primavera, no topo das tabelas de airplay. E, quando o acaso traz-nos prazeres recorrentes como este, só podemos agradecer e deixar as alergias entrar!

Good Year Kilometros que cuentan