Os mapas e sistemas de navegação que conhecemos actualmente estão a passar por um contínuo processo de evolução que vai também mudar a forma de conduzir. A precisão, a capacidade de adaptação ao tráfego ou o conhecimento do meio envolvente, são características que todos os dias são melhoradas pelas diferentes empresas que produzem sistemas de navegação. A indústria está a centrar todos os seus esforços nos mapas da próxima geração e pretende obter a máxima qualidade de serviço possível. O futuro dos mapas é promissor e está cada vez mais ligado aos veículos autónomos do futuro. A tecnologia tornou-se uma parte fundamental da condução e, se os sistemas de navegação foram os primeiros os primeiros a entrar-nos no carro, não podemos esquecer o vasto leque de aplicação que nos tornam mais fácil a rota.

Recordemos que os sistemas de navegação automóvel funcionam através de geolocalização, o sistema de posicionamento global conhecido como GPS. Este sistema desenvolvido inicialmente pelo departamento de defesa dos Estados Unidos da América, permite localizar a posição de um objecto no planeta com apenas alguns metros de margem de erro. O dispositivo a localizar (um smartphone, um computador, etc.) envia um sinal a três dos 24 satélites que orbitam a Terra, os quais calculam a diferença temporal entre os três sinais e obtêm a posição do objecto em questão.

Estes sinais não são suficientes para satisfazer as necessidades da condução autónoma porque não são suficientemente precisos. Para podermos ter veículos autómomos, é imprescindível que os sistemas que se encarregam do posicionamento, do controlo do ambiente e análise do tráfego, sejam praticamente perfeitos. Necessitamos de bases de dados mais precisas e é nisso que muitas empresas do sector estão a trabalhar: uma base de dados com actualizações contínuas, e suporte e upgrades constantes do software.

Sistemas de navegação e mapas precisos: de metros a centímetros

Segundo esta linha, as próximas novidades no sector dos mapas tentam solucionar o posicionamento. Os GPS actuais funcionam com metros e o objectivo é que, no futuro, permitam obter informação em centímetros. Ao usarmos uma unidade de medida mais pequena torna-se mais fácil calcular com precisão a posição do veículo em relação aos elementos na via ou as rotas que devemos tomar para chegar ao destino.

A coisa não se fica por aqui. Para além da mudança no sistema de medida, será introduzido um novo protocolo de pacotes de dados, que inclui a inclinação das curvas, os desníveis do terreno, a densidade do tráfego em tempo real e até a velocidade ideal para não ter que parar em semáforos. Além disso, poderão ser incluídas novas informações que permitam calcular medições e digitalização do meio envolvente e do veículo, o que facilitará a análise espacial das vias por onde circulamos.

Todas estas alterações poderão tornar a condução mais confortável, mas são a base para o lançamento em massa dos carros autónomos. Estes veículos, cujas fases beta já circulam em várias cidades espalhadas pelo mundo, são carros sem condutor capazes de desenvolver as capacidades humanas de controlo e direção do veículo. Para isso, usam o sistema de posicionamento global, radares e visão artificial, o que lhes permite fazer uma correcta interpretação da legislação de trânsito, percursos e características das estradas por onde circulam. Como condutores, só temos que introduzir o destino no computador de bordo e deixarmo-nos levar.

Os mapas para carros autónomos são parte do futuro da condução a curto e médio prazo, mas também podemos desfrutar do prazer da condução manual graças aos avanços dos mapas da próxima geração.