Em 2016 quero conduzir bem
12 Janeiro | 2016 | Goodyear
Com certeza, diante dos nossos amigos nenhum de nós reconhecerá não ser um condutor excelente. Muito ao contrário, é frequente falar nas nossas qualidades ao volante quase como herdeiros tardios do Ayrton Senna. Mas, realmente, se analisarmos objetivamente o nosso comportamento no carro acharemos muito facilmente uma série de manias motoras que fazem com que sejamos piores condutores do que gostamos de acreditar. Ao fim e ao cabo, nem sempre estamos no nosso melhor.
Existem muitos maus hábitos adquiridos desde etapas muito precoces do nosso processo de aprendizagem automobilística, sendo que alguns deles põem em risco a nossa segurança, outros a dos demais condutores e ainda alguns a de ambos. Hoje faremos uma passagem pelos mais frequentes para você poder detetá-los corretamente na próxima ocasião em que surgirem.
1- Não empregamos jamais o pisca-pisca. Sei lá, nem sempre parece necessário, uma vez que em muitas ocasiões não há carros atrás de nós e, devagar, herdamos o costume de ignorá-lo sistematicamente. Agora imagine ser o condutor de trás: caso não tenha poderes de adivinhação -e eu não conheço ninguém que os tenha-, irá encontrar muitas dificuldades na hora de agir perante mudanças bruscas de direção, travagens inesperadas e outras manobras do enigmático condutor da frente. Decerto que já viveu esta situação, não é?
2- Manter a mão na alavanca de mudanças. É um gesto habitual motivado pela preguiça, mas completamente errado e não recomendável. Não apenas por o código da estrada indicar que as mãos devem estar no volante, mas pela pressão exercida de modo constante sobre a própria alavanca, que pode provocar vibrações e estragar a meio prazo o sistema.
3- Abusar da reserva de combustível. O próprio nome indica que a reserva não é um depósito suplementar, mas costumamos utilizar até a última pinga de combustível pela preguiça ou pela vontade de poupança. Após um mau emprego continuado do depósito iremos encontrar nele sedimentos acumulados que podem mesmo entrar nos injetores e empecer o correto funcionamento do carro.
4- Não empregar o retrovisor. Como acontece com o pisca-pisca, o retrovisor é um elemento necessário do carro que esquecemos com o passar do tempo, utilizando no seu lugar um movimento de pescoço completamente proibido e muito perigoso. Antes de mudar de faixa, um olhar rápido pode poupar-nos muitos problemas de dinheiro e também de saúde.
5- Empecer a incorporação à estrada doutros condutores e estorvar o trânsito não abandonando a faixa de ultrapassagem. Duas manias tão relacionadas que podemos considerá-las a mesma, uma vez que os dois comportamentos corretos em cada caso visam o mesmo: ajudar e facilitar a viagem dos condutores em volta de nós. Na faixa de incorporação os condutores atingem velocidades altas para poderem aceder à estrada à velocidade correta, e a nossa presença injustificada na faixa direita pode provocar travagens bruscas e até mesmo embates em cadeia. O mesmo princípio rege na faixa de ultrapassagem: se estivermos lá em velocidades por baixo da que outros condutores possam levar é possível causar um acidente.