As melhores queijadas e travesseiros de Sintra: 4 locais que tem que experimentar

1 Setembro | 2016 | Goodyear

A Goodyear foi à procura das melhores queijadas e travesseiros de Sintra e encontrou 4 clássicos que os gulosos não podem perder. Venha connosco!

Uma busca pelas melhores queijadas e travesseiros de Sintra não é questão que se resolva apenas pelo paladar. A verdade é que, desde que se saiba onde procurar, é fácil encontrar uma destas iguarias feita a preceito: basta recordar os nomes que compõem a tradição centenária destes doces. Cada uma das fábricas respira História e, acima de tudo, experiência a juntar todos os ingredientes que resultam nestas delícias. Venha com a Goodyear passar em revista as quatro casas que produzem as melhores queijadas e travesseiros de Sintra. 

As queijadas não têm paternidade certa: sabe-se que eram produzidas num ou vários conventos já no séc XIII e que chegaram a ser usadas como moeda de troca no pagamento de rendas e foros. Certo é que eram uma das iguarias preferidas de D. carlos e, antes dele, paragem obrigatória para os fidalgos que tinham casa em Sintra no século XVIII. Se a vila sempre foi merecedora de uma visita, este é só mais um argumento.

Ao contrário da sua vizinha queijada, o travesseiro é de criação muito mais recente apesar de ter raízes que se perdem no tempo. Terá sido na fábrica “Piriquita”, durante a década de 40, que se redescobriu e adaptou uma receita antiga. Como em todos os mitos de criação, há também aqui um componente mágico: diz-se que há um ingrediente secreto que já foi alvo de tentativas de espionagem ao longo dos anos, mas ninguém revela o que se esconde afinal nestes travesseiros.

Queijadas

Os ingredientes da magia

Como tantas outras coisas boas da vida, uma queijada começa por ser uma coisa simples. O “miolo” é o nome dado ao recheio que leva leite de vaca fresco, açucar, gemas, farinha de trigo e canela. Enchidas as “cascas”, vão ao forno em grandes tabuleiros de onde saem para serem “encasaladas” umas com as outras, nos tradicionais cartuchos de papel em que vão para as lojas.

O travesseiro é uma iguaria mais “rica” e frágil: uma massa fina folhada envolve um doce de ovos, amêndoas e açúcar que, depois de sair do forno, tem que ser comido ainda quente. Polvilhado com açucar, é uma companhia fantástica para o café e o ideal é nem o levar para casa: coma-o já aqui, ao balcão se for preciso.

Onde encontrar as melhores queijadas e travesseiros

Confessamos que já encontrámos muito boas queijadas e travesseiros em diferentes pastelarias de Sintra, Colares ou mesmo Estoril, mas o que faz a real magia destes doces é comê-los acabados de fazer, diretamente das mãos de quem conhece o segredo. Isso só é possível fazer num reduzido número de lugares, bem conhecidos é certo, que dedicam toda a atenção a aperfeiçoar a arte. As diferenças entre eles podem ser subtis, mas notórias. Não nos vamos atrever a eleger uma apenas como a melhor, mas juramos que estas quatro casas são mesmo as melhores.

Pastelaria Gregório

A Gregório anda nestas lides desde 1890 e tem dedo especial para a queijada. Foi “apenas” fábrica durante muitos anos, até que em 1947 abre uma loja ao público, na Av. D. Franscisco Almeida. Ainda lá está hoje em dia, com o boneco de um polícia sinaleiro à porta que se tornou uma marca da casa, e foi servindo geração após geração, alguns dos melhores representantes da doçaria sintrense. Hoje em dia é gerida pelos bisnetos do Gregório original, mas a qualidade mantém-se a mesma, continuando a acolher a gente da terra enquanto outros estabelecimentos estão hoje em dia cheios de turistas.

Casa Piriquita

Já na quinta geração depois da sua fundação, o nome desta casa deve-se ao rei D. Carlos que apelidou a cozinheira e dona do estabelecimento de “piriquita” por ser mulher pequena. Nessa altura a fama vinha das queijadas, mas 40 anos depois haveria de se ensaiar uma inovador receita de “Travesseiros” e, como costuma dizer-se, o resto é História. Muito imitado, o doce original tem que ser comido aqui (apesar de ter aberto uma sucursal em Cascais, em 2015), entre estas paredes que acolhem visitantes desde 1850. Além dos travesseiros, as queijadas continuam magníficas enquanto as nozes douradas e os pasteis da Cruz Alta também têm os seus apreciadores. Venha com paciência e boa disposição, porque o espaço pode estar cheio.

Casa do preto

O “preto” também continua nas mãos da família Almeida e começou por ser apenas pastelaria, iniciando-se no fabrico só mais tarde. Não perdeu tempo a desenvolver a sua arte e é hoje o destino preferencial para quem quer comer um doce de Sintra sem ter que ir à vila, para o meio dos turistas que a inundam aos fins de semana. O estabelecimento já não guarda os sinais históricos de quando abriu em Chão de Meninos, em 1933, mas continua a servir belíssimas queijadas e travesseiros que podemos encontrar também à venda numa série de outros sítios da região de Lisboa.

Fábrica das verdadeiras queijadas da Sapa

O sítio, a Volta do Duche, é um dos mais pitorescos da vila e a sua acolhedora sala de chá oferece uma vista deliciosa sobre os palácios em volta. Só isso poderia justificar a visita, mas as queijadas da Sapa têm um toque especial. Esta canela tem um sabor diferente, não nos perguntem ao certo porquê, e devora-se numa dentada só, sem qualquer arrependimento. É pecado, até Eça de Queirós o cita nos Maias, e a receita é também outro segredo, mas vão saindo regularmente do forno pequenos exemplos do que é a gula em estado puro.

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