Grandes temas de séries de TV para ouvir ao volante

6 Novembro | 2017 | Goodyear

As séries de TV também nos fazem viajar sem sair do sofá. Leve 10 dos nossos temas favoritos da televisão como companhia para a estrada.

O fenómeno das séries de TV chegou para ficar e voltou a apaixonar-nos pelos serões no sofá. No dia seguinte, no corredor da empresa, discute-se o final empolgante ou quem vai ficar com quem. Há séries de televisão para todos os gostos. A fantasia e a scifi voltaram a ter público, os dramas românticos começaram a ser vistos com respeito e, feitas as contas, nunca houve tanto para se ver em televisão. Se, como nós, também está fã dos serões de consumo compulsivo de episódio atrás de episódio, leve as suas séries também para fora da sala. Escolhemos 10 dos nossos temas preferidos das bandas sonoras de séries de televisão para uma playlist para o trânsito.

Que mais há para dizer sobre Jogo de Tronos que ainda não tenha sido repetido até à saciedade? A premissa de uma espécie de Sopranos com magia e dragões acabou por revelar-se verdadeira. Heróis imperfeitos e vilões com quem empatizamos movimentam-se num complexo tabuleiro que viciou todos os espetadores. Até os eternos favoritos do público português, os The National, não resistiram a fazer uma versão de Rains of Castamere.

Atlanta e Donald Glover/Childish Gambino estão entre as grandes surpresas dos últimos anos. O actor/realizador/músico cresceu de forma fulgurante desde que o conhecemos em Community e está agora em pleno pico criativo. A primeira temporada recebeu variadíssimos prémios e, com um ponto de vista muito íntimo sobre o hip hop, tem também um excelente banda sonora. Future, também originário de Atlanta, Georgia, é um dos convidados com Real Sisters.

#TBT de regresso aos 80’s

O espírito negro do Cavaleiro das Sombras aparece em Gotham através de uma cuidada seleção de clássicos dos 80. Joy Division ou Depeche Mode são alguns dos nomes já visitados nesta história das “Origens” do Batman e Jim Gordon. Mais recente mas casando bem com a estética suja da cidade, R U Mine dos Arctic Monkeys faz a ponte para os 2000.

Better Things tem uma premissa banal para uma sitcom (mulher divorciada a educar os filhos), mas tem Pamela Adlon. Quase bastaria isso para assegurar a sua qualidade, mas é ainda feito a meias com Louis C.K. São dois dos nomes mais interessantes e complexos da comédia moderna e é fantástico assistir ao reconhecimento de ambos. Can I Kick It, dos A Tribe Called Quest, aparece para ilustrar o espírito feel good que não abunda aqui.

A teia de narrativa de avanços e recuos temporais ajudou a evidenciar This is Us como drama de grande qualidade. Mas tem ainda grandes interpretações, que ajudam a transformar uma história simples em grande televisão. Os repetidos prémios da crítica já são sinal suficiente: por que é que ainda não acompanha esta série? Incluído na banda sonora, fiquem com Selena Gomez e Hands to Myself.

Foi o grande fenómeno televisivo do último ano e já está de regresso com a segunda temporada. Stranger Things juntou a família inteira em frente ao televisor com uma espécie de remake de tudo o que foi bom nos anos 80. Do Dungeons & Dragons a David Bowie, é uma viajem no tempo para quem viveu a época. Para quem nasceu muito depois, tem ainda suspense e personagens capazes de seduzir qualquer geração.

Televisão insólita

As séries de antologia, sem ligação narrativa entre os episódios, são cada vez mais raras. Contudo, os britânicos continuam a evoluir o género e Black Mirror é o atual “estado da arte”. A sociedade moderna e o impacto da tecnologia são o tema central mas há sempre uma dose de humor negro. Walk Like an Egiptian, das Bangles, faz parte de um desses momentos desconcertantes com que a série nos brinda.

Se vemos os 80’s em toda a linha de produção televisiva, os Joy Division tinham que ser chamados à baila. Ainda mais quando o tema é o suicídio, como em 13 Reasons Why. Além da história trágica do seu vocalista, o espírito urbano-depressivo da banda continua a ecoar nas gerações mais novas. Quando se ouve Love Will Tear Us Apart na primeira temporada, nada parece mais natural.

O tom lânguido e surreal de Twin Peaks faz uma parceria perfeita com Lana Del Rey. A histórica série de David Lynch regressou para uma temporada ainda mais incompreensível do que as originais. Revela-se pouco, confunde-se muito e não faltam momentos insólitos e desagradáveis. É uma peça rara em televisão e não é para todos, mas os fãs continuam a adorar.

Um dos momentos curiosos de cada episódio de Westworld é quando escutamos um velho clássico dos anos 80 e 90 tocado no piano do saloon. O cuidado com o pormenor encontra-se nos mais variados aspetos desta série de scifi com cowboys. Mesmo assim, ouvir The Forest dos The Cure, numa história com cactos, índios e planícies é, definitivamente, insólito. Mas funciona!

Good Year Kilometros que cuentan