Acordar um dragão dormido pode ser mesmo perigoso. Imagine-se lá como criança, a penetrar devagar na espelunca onde mora um terror de conto com bafo fedorento e fogo atrás dos dentes. Mas não adiante assustar-se: está na hora de experimentar.

Felizmente, no Museu da Eletricidade de Lisboa, na beira do Tejo, é possível assistir este experimento medonho em segurança. Especialmente, na companhia dos pequeninos que desfrutarão especialmente deste atelier. Graças a Não acordes o Dragão as crianças de 3 a 12 anos podem aproximar-se de conceitos tão “obscuros” da ciência como a eletricidade e o magnetismo, construindo com as suas próprias mãos um circuito elétrico que pode funcionar ou não, dependendo da perícia pessoal. Quando finalizarem a construção realizarão uma prova que visa testar o aproveitamento que fizeram do aprendido: se tudo correr bem, o dragão não irá despertar. Mas, caso contrário… nunca é boa ideia acordar um dragão que dorme!

Esta experiência realiza-se aos sábados à tarde no Museu, sendo que é preciso comparecer 10 minutos antes das 15:30 na bilheteira e sem necessidade de marcação prévia. Durante uma hora um grupo de até 25 pessoas pode brincar com a eletricidade possibilitando o primeiro contacto do nosso, quem sabe, futuro engenheiro ou da nossa futura astrofísica. O valor mais destacado da atividade é, principalmente, fazer compreender os meninos que tudo o que conseguiram ver foi graças ao seu próprio esforço: e não há melhor lição do que essa!

Mais não é esta a única atividade interativa e lúdica para os meninos aprenderem a amar o museu (e os museus como conceito). Na Sala dos Gessos, um projeto quadripartido dos artistas António Bolota, Bruno Cidra, Gonçalo Barreiros e Gonçalo Sena, podemos participar no atelier No espaço, o positivo e o negativo brincam às escondidas, uma atividade onde a linguagem escultórica domina o espaço para o encher de formas de toda classe. Programada para os sábados 9 e 30 de abril e o 14 de maio (16:00), nestas sessões os meninos podem familiarizar-se com questões relativas à matéria como são o seu peso ou perenidade. É claro que o cerne da atividade está na parte interativa: a possibilidade deles próprios moldarem a matéria para desenhar esculturas através da sua inata capacidade criativa. Esta atividade requer marcação prévia e prolonga-se por duas horas, sendo que a idade indicada para os meninos é dos 5 aos 11 anos. Fique de olho porque a lotação máxima é muito reduzida, apenas 15 pessoas.

O terceiro atelier a não perder, marcado para 2 e 16 de abril, relaciona os pequeninos com a capacidade narrativa e inventiva através da imagem. Uma história, muitos sítios lembra-nos como é impossível uma história contar-se ela sozinha. Deste modo, e por meio das ilustrações participantes no Ilustrarte 2016 podemos assistir uma oficina de histórias e viagens para crianças dos 3 aos 8 anos, na voz de Catarina Claro. A atividade decorrerá aos sábados, nos dias 2 e 6 de abril, às 16:00 horas. Não é necessária a marcação prévia mas a lotação máxima é de 15 pessoas. Não perca esta oportunidade de os seus filhos mergulharem no mar mais cálido de todos: o dos contos.