Ocean Revival: um mergulho na História

27 Fevereiro | 2018 | Goodyear

Este não é um museu qualquer. O Ocean Revival é um mergulho na História de quatro navios naufragados, uma viagem que mistura arqueologia e desporto.

Na costa algarvia, o Ocean Revival leva-nos a visitar as carcaças de quatro velhos lobos do mar. Mas a proposta para os conhecermos é mais profunda do que o habitual. “Profunda” no sentido literal, porque para vermos estes navios vamos ter que mergulhar. Este não é um museu comum. É uma inovadora e curiosa ideia que mistura História, Arqueologia e mergulho subaquático num sedutor programa de aventura. Venha até ao barlavento algarvio visitar navios afundados.

Ao largo de Portimão, o Projecto Ocean Revival nasceu com o objectivo de promover o turismo subaquático na região. Para isso, e pela primeira vez, foram afundados num mesmo local quatro de navios ligados por uma história comum. Estes navios de guerra formam agora um recife artificial único no mundo, um retrato de toda uma Armada, com as condições ideais para a vida marinha.

Localização cuidadosamente escolhida

O Ocean Revival fica a 1 milha do fundeadouro de Portimão, a 3,3 milhas da sua barra e a 2 milhas da costa frente à Prainha. A opção por esta localização reuniu uma série de factores positivos. Há aqui óptimas condições para o mergulho mais de 300 dias por ano, com águas calmas, seguras e temperaturas amenas. Por outro lado, não muito longe há ainda naufrágios do século XVIII, da Primeira e Segunda Grande Guerras, recifes e paredes naturais.

Ainda em terra, o Centro de Exposições documenta a História desta frota aqui afundada. Reúnem-se equipamentos, desenhos, fotos e filmes dos navios, a cronologia da carreira e documentos sobre o contexto histórico. Uma vez no fundo do mar, o espectáculo continua. Primeiro, com a explosão de vida marinha nos navios. Depois, com as acções, filmagens e outras iniciativas de carácter lúdico, científico ou artístico.

A vida depois do naufrágio

O Ocean Revival é de acesso livre e qualquer pessoa ou operador poderá aqui mergulhar. Basta que esteja habilitado a fazê-lo nos termos da lei em vigor e respeite o Regulamento do Parque. No entanto, a forma mais segura é através de um centro, clube ou escola de mergulho certificados pelo Parque. Deste forma, com guia, visitará os navios de forma segura e tirando máximo partido.

Existem diversos itinerários com trajectos bem definidos que permitem uma visita com o mínimo de risco. Todos os centros, clubes e escolas certificados têm guias e instrutores que realizaram uma acção de formação sobre o Parque de modo a conhecer em detalhe todos os aspectos relacionados com o mergulho no mesmo (características dos navios, itinerários, segurança, plano de emergência, etc.). Para além disso, os centros, clubes e escolas certificados recebem regularmente informação sobre o estado dos navios, variações estruturais, fixação de vida, cuidados especiais a ter, zonas a evitar, actualizações dos itinerários, avisos de segurança, etc., estando, deste modo, habilitados a visitar os navios nas melhores condições de segurança.

O que vai ver no Ocean Revival

Apesar de reduzida a quatro elementos, esta frota é um retrato de como seria um exemplo real. Todos estes navios fizeram parte da armada portuguesa entre os anos 60 e o princípio do século XXI. Estiveram em situações de guerra e realizaram importantes estudos oceanográficos, até que a obsolência ditou o seu destino. Esta nova vida renova também a sua importância e, depois do valor militar, têm agora importância histórica. Conheça-os:

Corveta Oliveira e Carmo: Esteve nas ex-colónias durante a década de 70, foi escolta em operações da NATO e patrulhou a costa portuguesa.
Patrulha Oceânico Zambeze: Andou por Cabo Verde, Canárias e Madeira, em missões de patrulhamento afastadas da costa continental.
Fragata Comandante Hermenegildo Capelo: Único exemplo da classe em Portugal, cruzou a linha do Equador mais de 60 vezes.
Navio oceanográfico Almeida Carvalho: Construído para navegar no meio de gelo flutuante, executou importantes estudos oceanográficos entre 1972 e 2002.

Good Year Kilometros que cuentan