Penafiel, carisma que não deve nada a ninguém

6 Outubro | 2017 | Goodyear

Nem duriense nem minhota, Penafiel tem carisma próprio. Tão perto do Porto, visitámos a cidade e trazemos 7 motivos que justificam bem a visita.

Nem duriense nem minhota, Penafiel é terra com carisma próprio. O rio Douro e o Tâmega passam a sul, mas é o irmão mais pequeno, o Sousa, que marca definitivamente a região. Além de emprestar a toponímia a muitas das vilas das suas margens, sacia a sede por onde passa. A pouco mais de meia hora do Porto, fomos visitar Penafiel e trazemos 7 motivos que justificam bem a visita.

1. Património milenar

No alto de um pequeno monte, no clássico local de passagem para quem viajava entre Porto e Vila Real, Penafiel foi lançando as suas raízes ao longo de séculos. A região é povoada desde a pré-história, foi ocupada por romanos, e guarda ainda vestígios dessa história milenária. Escavações e achados fortuitos ajudam a imaginar este passado. O Dólmen da Portela, o Menir de Luzim e as Gravuras rupestres de Lomar estão aqui desde há pelo menos 3.000 anos. O Castro do Monte Mozinho, a “cidade morta” é um dos mais extensos da Península Ibérica e poderá ter sido a capital dos galegos. Recomenda-se a visita ao museu da cidade, onde podemos conhecer as atividades ancestrais da região. Destaca-se ainda a Igreja Matriz, em que sobressai a capela-mor gótica da primitiva igreja do Espírito Santo.

Penafiel, carisma que não deve nada a ninguém

2. Arquitetura singular

A construção local é bastante característica. O granito mistura-se com o xisto e a ardósia, nos cunhais das paredes, padieiras, molduras de portas e janelas. Os traços do românico juntam-se ao utilitarismo rural e o resultado é uma arquitetura singular. No centro histórico da cidade ainda podemos ver alguns exemplos disso: construção com blocos de granito, que depois são decorados com azulejos, apainelados e diversos outros pormenores.

3. Entre três rios, Sousa, Tâmega e Douro

Com vista para o abraço entre o Tâmega e o Douro, Entre-os-rios tem um dos mais belos panoramas da região. E, quando estamos a falar do Douro, a concorrência é forte… Suba até à Capela de São Miguel para encontrar um pequeno edifício românico com uma vista incrível. Se vier com fome, a terra é famosa pelo sável e lampreia, pescados aqui mesmo. No Sameiro, o ponto mais alto de Penafiel, o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, há um frondoso jardim e uma magnífica vista.

Penafiel, carisma que não deve nada a ninguém

4. Turismo de charme entre o verde

Freguesia ainda repleta de edifícios do Românico, Paço de Sousa é uma região agrícola onde o verde está por todo o lado. O velho Mosteiro do Salvador é a última morada de Egas Moniz, o aio de Dom Afonso Henriques, onde encontramos o seu túmulo. A cerca de 100 metros, o Solar Egas Moniz é um espaço de turismo rural de charme, com uma enoteca e uma lareira perfeitas para nos aquecer a alma neste inverno.

5. A sedução do vinho

No concelho ao lado, com o mobiliário a tomar o papel da tradicional atividade rural da zona, Paredes mudou bastante nas últimas décadas. O verde Vale do Sousa faz parte da Rota do Vinho Verde e da Rota do Românico, com muitos motivos para uma passagem por aqui. Vale a pena a visita às Capelas do Calvário, de São José e da Senhora da Guia, assim como espreitar as fachadas das velhas casas senhoriais.

 

6. Tradições desde a aurora dos tempos…

Na margem norte do Sousa, a Rebordosa ainda respeita a tradição da “Serração da Velha”. Semelhante a rituais como a “Queima do Judas”, uma figura em palha vai em procissão pelas ruas e é queimada no final. O caixão é colocado numa fogueira, regado com gasolina e incendiado enquanto rebentam os fogos de artifício. A acompanhar, a população entretém-se com clássico tinto verde e come a “presuntada”, com salpicão, chouriço e broa.

7. Descontração e saúde

As Termas de São Vicente já tinham sido usadas pelos romanos e estão agora preparadas para o turismo de saúde. As águas que aqui nascem têm propriedades terapêuticas para a pele, mas são também um motivo para momentos de descontração. Há jacuzzis, cascatas, saunas, aerobanhos, banhos turcos e muito mais, ideias para uma escapadela de puro relaxe e romantismo.

E ainda…

Se nenhum dos motivos anteriores o seduziu, fique ainda com estes pontos de interesse na região. O Românico português é forte por estas paragens. Comece por Amarante e faça um passeio por estes edifícios já milenares. Se, nesse percurso, tomar o destino do Paiva, dê um salto até Castelo de Paiva e aos passadiços, mais a sul. O Tâmega é também uma forte marca na paisagem da região e passa por uma série de povoações que merecem a visita.

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