Pousada do Crato: outra forma de austeridade no Mosteiro da Flor da Rosa

7 Julho | 2016 | Goodyear

Conheça com a Goodyear uma noite numa pousada histórica, no Crato, na companhia da melhor comida e paisagem alentejana: outra forma de austeridade no Mosteiro da Flor da Rosa

A Pousada do Crato recuperou o antigo Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa para criar um hotel de luxo único em toda a zona do alto Alentejo. Parte da rede das pousadas de Portugal, é um exemplo excecional de como é possível criar uma unidade hoteleira que respeita as suas raízes históricas, os elementos conventuais que a tornam calma e tranquila, sem nunca descurar uma moderna noção de conforto. Aceite o nosso convite e venha connosco passar uma noite entre cavaleiros e monges na Pousada do Crato.

A História à maneira do Alentejo

Foi o pai de Dom Nuno de Álvares Pereira, Prior do Crato e responsável pela Ordem de Malta, que mandou edificar o Mosteiro da Flor da Rosa. Estávamos na primeira metade do século XIV e, desde então, já muito mudou neste mosteiro, tendo estado abandonado durante mais de um século. Foi através de uma iniciativa das Pousadas de Portugal que o conceituado arquiteto Carrilho da Graça projetou a reconstrução e adaptação do edifício para o uso na hotelaria e o resultado é singular.

A origem do Mosteiro da Flor da Rosa é contada pela lenda de um cavaleiro que, encontrando-se às portas da morte, recebe a visita do seu amor que lhe oferece uma rosa para ajudar à recuperação. Diz-se que, em virtude desta oferenda, é a dama quem morre e o cavaleiro nada mais pode fazer do que nomear este mosteiro em honra de sua noiva. A história é triste, sem dúvida, mas ajuda a construir o charme deste local.

Entres os 24 quartos, há alguns que se destacam, lendas e factos históricos misturam-se e já não se sabe bem quem é quem. Um deles é aquele em que o cavaleiro da lenda terá estado enquanto doente. Outro, poderá ter sido onde nasceu o próprio Dom Nuno Álvares Pereira.

crato mosteiro porta

Uma reconstrução primorosa

O mosteiro está dividido em três espaços: a igreja de estilo gótico, a área dos edifícios associados ao convento e o Paço Ducal onde opera atualmente a pousada, e é da junção de todos estes ambientes que se cria uma atmosfera única. Ao contrário do que esperávamos com estes ingredientes, o ar que aqui se respira é fresco, sentindo-se o peso da História com uma leveza a que não é alheio o excelente e sofisticado trabalho de recuperação.

A sala onde nos sentamos confortavelmente a ler era o antigo refeitório do mosteiro, a recepção fica na zona da lareira antiga e ainda podemos identificar a boca. Demore o tempo que precisar para se orientar neste edifico, onde a ala antiga e a ala nova se unem de forma integrada por dentro e clara por fora. Há inúmeros recantos para descobrir, escadas para subir, janelas, frestas e espaços para espreitar.

A piscina, a sua queda de água e a moderna envolvente não entram em conflito com a sobriedade dos salões ducais e tudo aqui está sempre nesse equilíbrio: linhas contemporâneas que humanizam a pedra e a austeridade de um edifício com mais de 700 anos. Os monges que aqui antes viviam a sua religiosidade foram substituídos por outro tipo de peregrinos, também eles em busca da tranquilidade do espírito: gente que procura provas de vinho (agendadas na própria pousada) ou a adrenalina do hidrospeed na Ribeira de Seda.

E ainda…

É verdade que o Alentejo convida à preguiça, mas meta-se no carro pois há muito para se fazer aqui. A zona do Crato é de uma riqueza patrimonial e gastronómica assinaláveis, fazendo de qualquer visita uma oportunidade para uma aventura. Situado a 22Km de Portalegre e beneficiando do típico sossego alentejano, o Crato esconde mais de 70 antas, vilas e pontes romanas. Os edifícios e palácios da vila foram construídos no barroco e a panóplia de igrejas e capelas mantém o tom austero destas terras.  Não deixe de visitar a Casa Museu Padre Belo e a Varanda do Grão Pinto do Crato. Em Portalegre, capital do distrito, aproveite para conhecer o Museu de Tapeçaria e a Casa Museu José Régio.

Como “souvenir” para o seu estômago, o ensopado de borrego é o grande prato da região e é bem servido no Adega, Prior do Crato ou n´O Recanto. Faça-se acompanhar por um bom tinto alentejano e cumpra o remate final com o tecalomeco (doce à base amêndoa). Prepare-se agora para uma boa sesta. O Alentejo convida à preguiça, lembra-se?

Good Year Kilometros que cuentan