Resende e a cereja: o ouro vermelho duriense

13 Abril | 2017 | Goodyear

Está na época da cereja e poucas são tão boas como as de Resende. Aceite o convite Goodyear e venha conhecer este concelho à beira do Douro e a sua fruta.

Sinónimo de primavera, as cerejas já estão a pintar Portugal de vermelho mas, ao pé do Douro, no pequeno Concelho de Resende, chegaram mais cedo e transformaram as suas estradas numa das mais bonitas paisagens onde podemos conduzir durante os meses da primavera. Depois de uma aposta muito séria a partir do princípio dos anos 2000, Resende tem cada vez mais produtores e transformadores artesanais, ao mesmo tempo que não perde nenhum do charme que convida a passeios de aventura gastronómica antes que chegue o verão. Venha com a Goodyear conhecer os pomares em flor e o sabor das cerejas de Resende.

Resende situa-se a uma hora de distância do Porto, na margem sul do Douro, e fica numa confluência de territórios muito singular: tem o rio a reger-lhe o calendário, Trás-os-Montes ali tão perto e, nas “costas”, todo o verde que se estende até Viseu. O microclima duriense propicia o amadurecimento da cereja e a produção de Resende começa a estar pronta para colher duas a três semanas antes do resto país. Ainda as cerejas começam a despontar um pouco por toda a Europa e já a região tem os pomares enfeitados de vermelho. São os resultados da influência da encosta da Serra de Montemuro, onde a fruta cresce com grande qualidade, e do Maciço da Gralheira. 

Resende e a cereja: o ouro vermelho duriense

A partir de Abril, os campos já se enchem de trabalhadores logo a partir das 6 da manhã, pendurados nas árvores ou conduzindo tratores, mostrando toda a azáfama e colorido do campo na altura das colheitas, uma paisagem belíssima e inesquecível. Do alto das escadas, as cerejas têm que ser apanhadas pelo pé e, cá em baixo, separadas as podres e as demasiado pequenas. Depois os frutos seguem para os armazéns dos produtores, onde se dá o menos romântico processo de seleção segundo o calibre e a variedade antes de chegarem ao consumidor. Realmente frescas, as cerejas de Resende podem estar à sua mesa depois de as comprar num supermercado, no mesmo dia em que foram colhidas.

Mas as cerejas de grande calibre, bem escuras, carnudas e doces, que aqui enfeitam os pomares e começam a dar ares da sua graça no princípio de março, trazem velhos mitos de paixão e muitas vantagens para a saúde. Não admira que tantos chefs e poetas se dediquem a explorar as suas potencialidades, as da cozinha e as do espírito. Mais prosaicamente, e apesar da indústria de transformação local da cereja ainda não estar muito desenvolvida, há alguns produtores locais que a usam em diversas especialidades. O licor de cereja começa a ser uma tradição na região, assim como os doces e compotas que os produtores locais exibem na festa de final de maio, princípios de junho, o momento em que, com os campos já nus, todo o processo culmina em celebração popular.

Não nos alimentamos só de fruta…

Mesmo que a qualidade da cereja seja tão espetacular como condução entre os seus pomares, não nos alimentamos só de fruta e Resende não desilude quando precisamos de nos sentar à mesa para uma refeição completa. Já no limite norte do distrito de Viseu, com o Douro aos pés e na fronteira com Trás-os-Montes, a região absorve o que de melhor se faz em seu redor adicionando-lhe um cunho próprio. Claro que há enchidos de todas as formas e feitios, mas o anho (cordeiro) assado e o bazulaque (uma espécie de chanfana) são os ex-libris de Resende.

Depois de tanta cereja, se quiser acabar a refeição com um doce bastante mais calórico, são afamadas as falachas de castanha de Cinfães e as torradas do Barreiro, de origem tradicional. Só mais um esforço: deixe espaço para as cavacas, porque aqui são bastante diferentes do resto do país, mais fofas e cobertas por uma calda de açúcar deliciosa.

A cereja como desculpa

Se é a beleza dos campos em flor que traz os forasteiros até Resende antes da colheita, a verdade é que a região tem muitos outros motivos de interesse que nos entreteriam em qualquer altura do ano ou que funcionam perfeitamente como “desculpa” para viajarmos de A para B, só para apreciar os pomares.

As termas das Caldas de Aregos ficam numa bonita reentrância do Douro onde encontramos uma estância com águas sulfurosas, perfeita para um fim de semana de relaxe, mas também um pequeno porto de recreio de onde é possível partir para passeios pelo rio abaixo, até Porto Antigo por exemplo, ou subir até Resende, para conhecer a perspetiva a partir do rio.

O concelho tem a sua festa da cereja na primeira semana de Junho (a 3 e 4 em 2017), evento que se tornou numa tradição imediatamente após a estreia em 2002, e que traz milhares de forasteiros para assistirem ao desfile e conhecer os resultados da última colheita. Sem nos atrevermos a comparar a excelência da produção das duas regiões, se não puder ir a Resende a nossa recomendação vai para a festa da cereja do Fundão.

Good Year Kilometros que cuentan