Rota por 5 locais escolhidos para rodar filmes em Portugal

29 Abril | 2019 | Goodyear

Sabia que Portugal tem sido regularmente o cenário preferido por cineastas de todo o mundo? Veja 5 locais escolhidos para rodar filmes no país.

Sabia que Portugal tem vindo a ser escolhido, ao longo dos anos, por inúmeros cineastas como cenário para os seus filmes? Veja a rota de filmes em Portugal que a Goodyear escolheu para si.

O clima é ameno, a beleza natural e os custos acabam por não ser demasiado elevados face a outros destinos. Por isso, as produções de cinema escolhem o país para realizar pelo menos parte do filme. Naturalmente, quando se fala de realizadores portugueses o destino é óbvio, mas foquemo-nos em realizadores estrangeiros.

Conheça, com a Goodyear alguns dos exemplos que recolhemos para si. Temos outros exemplos no Quilómetros que contam, como o “Pátio das Cantigas”, de 1942, realizado por Francisco Ribeiro, rodado em Lisboa, mas também a versão mas actual de Leonel Vieira, que chegou às salas de cinema em 2015.

Também o realizador Manoel de Oliveira captou a essência do país em muitas das suas obras .

Lisboa

A primeira proposta é “A Casa da Rússia”, rodado na capital de Lisboa. O local está irreconhecível na tela, mas é um cenário que não passa despercebido a quem vêm o filme e se envolve no argumento. A personagem principal o editor inglês Barney Blair, interpretada por Sean Connery, é um espião reformado, na época da Guerra Fria. O filme é inspirado no policial com o mesmo nome, da autoria de John Le Carré, e tem como parte fundamental da intriga alguns documentos secretos. O filme foi realizado por Fred Schepisi e conta com Michelle Pfeiffer a contracenar com Connery.

O Príncipe Real, em Lisboa, foi um dos locais escolhidos para as filmagens. Aproveite para visitar a Pastelaria de São Roque, onde o serviço é descontraidamente alfacinha. O espaço é relativamente pequeno mas está repleto de pormenores interessantes. Azulejos pintados, colunas, o teto trabalhado, um candelabro “fin de siècle”, entretém a vista enquanto apreciamos um pão acabado de sair do forno.

Ainda em Lisboa

A Rapariga Cortada em Dois” (2007) é uma obra de Claude Chabrol que apresenta Lisboa, num primeiro momento, através de uma foto, e que acaba por levar a protagonista à capital de Portugal. Gabrielle (Ludivine Sagnier) está dividida entre dois homens. Vive em Lyon, com um dos amantes, e comenta uma fotografia do elevador da Glória, que mais tarde irá conhecer com o seu outro amor. É um dos últimos filmes do cineasta e inclui uma cena inteira filmada dentro do elétrico da Calçada da Estrela. Há imagens também da esplanada das Portas do Sol, da Rua da Bica ou do Chiado.

É precisamente o Elevador da Glória que recomendamos conhecer. São 265 metros a separar a Praça dos Restauradores do Miradouro de São Pedro de Alcântara, um eixo que pouco perdeu da vida e dinamismo de outros tempos. Com a construção do Metro no Chiado, o Elevador da Glória reduziu algum do seu protagonismo para quem aqui vive e trabalha, passageiros que acabaram por ser substituídos por turistas estrangeiros, mas o charme desta viagem é, ainda hoje, inegável.

Sintra

Em 1982, Wim Wenders escolheu Portugal para filmar “O Estado das Coisas” (1982). Este foi o primeiro trabalho do cineasta, fã e visitantes regular do país, que mais tarde viria a realizar também a “Viagem a Lisboa”, em 1994.

O Estado das Coisas tem como cenário Sintra, onde uma equipa de filmagem se instala para rodar um filme. As personagens circulam num hotel abandonado na Praia Grande, quando o filme pára de ser filmado, o dinheiro acaba e o produtor desaparece. Mas a fita passa igualmente pelas ruas de Lisboa. Samuel Fuller protagoniza uma cena numa bar no Cais do Sodré.

Em Sintra não deixe de visitar o centro histórico com as suas ruelas e lojas tradicionais. Mas, aqui tão perto, não podemos deixar de ir o Palácio da Quinta da Regaleira, um fantástico edifício do século XIX, comprado em 1997 pela Câmara Municipal e palco de uma série de atividades culturais nos dias de hoje. É um local fabuloso e poético, onde o viajante pode deixar a imaginação voar, uma visita obrigatória para quem se orgulhe de conhecer Portugal.

Queluz

Variações de Casanova”, de 2014, mistura cinema, ópera e cenários de Portugal. Foi totalmente filmado em Portugal, incluindo o Teatro de São Carlos ou a biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa ou o Palácio de Queluz.

O filme é protagonizado por John Malkovich (Casanova) que recebe a visita de uma amiga que o faz recordar com saudade os seus tempos de conquistas e paixões. Em simultâneo a personagem revela ter medo de morrer. É uma co-produção portuguesa, francesa, austríaca e alemã. Baseia-se na autobiografia de Giacomo Casanova, conta com a participação de alguns cantores líricos e actores nacionais.

O Palácio de Queluz foi mandado construir em 1747 pelo futuro D. Pedro III, consorte de D. Maria I. Num primeiro momento era a residência de verão, tendo-se tornado um espaço privilegiado de lazer e entretenimento da Família Real. Esta habitou o local em permanência de 1794 até à partida para o Brasil, em 1807, na sequência das invasões francesas.

Foi residência de duas gerações de monarcas e constitui um conjunto patrimonial de referência na arquitetura e no paisagismo portugueses, com um importante acervo que reflete o gosto da corte nos séculos XVIII e XIX, percorrendo o Barroco, o Rocaille e o Neoclássico.

Arruda dos Vinhos

O filme “Belle Époque”, de 1993, foi vencedor de um Óscar e nasceu em Portugal. “A Bela Época” foi realizada por Fernando Trueba.

A película obteve nove prémios Goya, em 1993, e foi galardoado com o Oscar para melhor filme estrangeiro em 1994. A trama foi na sua maioria filmada na Arruda dos Vinhos, 40 quilómetros a norte de Lisboa. Técnicos, figurantes, cabeleireiras e responsáveis de produção e nele participaram numerosos técnicos, figurantes, cabelereiras e responsáveis de produção portugueses.

A Arruda dos Vinhos é outro local que recorda a memória da invasão napoleónica de 1810. Faz parte da linha que se prolonga entre Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral, Torres Vedras até Vila Franca de Xira, o conjunto defensivo que serviu de obstáculo à terceira vez que os franceses invadiram Portugal. São as Linhas de Torres. A não perder também as tasquinhas da região.

E ainda

A estes cenários que acabámos de lhe apresentar junte ainda estas outras sugestões de filmes rodados em Portugal e, mais especificamente, em Lisboa.

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