Rota da Vindima: 11 destinos de enoturismo na região de Lisboa

1 Outubro | 2018 | Goodyear

Rota da Vindima: os 11 melhores destinos de enoturismo na região de Lisboa, nesta época do ano. Venha connosco.

Nas nossas viagens pelo país fora, temos vindo a encontrar recantos encantadores. O enoturismo, o turismo rural. As quintas que passaram a tirar partido das suas mais valias para proporcionar experiências memoráveis. É o caso das vindimas.

A região dos Vinhos de Lisboa é extensa. Tornando curta uma história longa, que pode ler com mais detalhe no site da região, coincide virtualmente com a antiga província da Estremadura, uma região com uma complexidade acentuada.

Tão complexa que daí resultam vinhos tão distintos como Sintra e Lisboa, Bucelas ou Lourinhã. Estas, no conjunto compõem a marca Vinhos de Lisboa. Uma iniciativa lançada pela Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa e que integra 11 Denominações de Origem (D.O.) e várias Indicações geográficas (I.G.), que abrange, o distrito de Lisboa, exceto o município da Azambuja, uma dezena de municípios do distrito de Leiria e ainda o Município de Ourém, no distrito de Santarém.

Rota da Vindima: os 10 melhores destinos de enoturismo na região de LisboaA velha Extremadura

Em termos geológicos, climáticos é complexa. A vegetação é variada aproximando-se de um tipo da Europa Central a norte e das caraterísticas mediterrânicas a sul. Terras de aluvião contrastam com calcário. Várzeas de um lado, maciços montanhosos do outro. A vinha nesta região adapta-se, mas prefere alguns. Além disso, muitos terrenos onde anteriormente se desenvolvia, foram afetados pela industrialização no século XIX e pelo desenvolvimento do sistema viário, em particular entre Lisboa e Leiria.

Além disso, há a questão do povoamento da Estremadura, com os seus casais ou quintas que contribuíram para formações de dispersão intercalares. No entanto, se não fossem essas quintas, quase na totalidade ligadas à produção de vinho, não teríamos hoje todas, estas oportunidades de ver e participar nas vindimas. A Goodyear preparou para si, uma rota por 11 quintas na região dos Vinhos de Lisboa.

Carcavelos

Comecemos por Carcavelos, no Município de Oeiras. Aqui poderá encontrar a Adega Casal da Manteiga, onde é produzido o Vinho Generoso de Carcavelos. A origem deste vinho remonta ao século XVIII e a vinha terá sido mandada plantar pelo primeiro conde de Oeiras que mais tarde viria a tornar-se no Marquês de Pombal. Pode visitar a Adega Casal da Manteiga por 10 euros. Daí prosseguirá par ao Palácios dos Marqueses de Pombal e fará uma prova de vinho.

Por serem relativamente perto uma da outra, as sugestões “para comer” são comuns a Carcavelos e Colares. E como no meio é que está a virtude, porque não fazer a sua refeição mesmo em Lisboa? Poderá optar por algo mais em conta, como o “Great Tastings, na Rua Passos Manuel, em Lisboa, ou por algo bem mais dispendioso, o Belcanto, no Largo de São Carlos, também em Lisboa.

Colares

Seguimos depois pela A5 ou pela A16 até Colares, na Serra de Sintra. É aqui que está localizada a mais antiga adega cooperativa de Portugal, com o objetivo de proteger os produtores da uva da Região Demarcada de Colares. Em tempos teve mais de 1800 sócios. Hoje são cerca de 25 produtores de uva da região demarcada de uva mais ocidental da Europa. No edifício da Adega Regional de Colares o vinho envelhece em tonéis. E cada um de nós pode visitar o espaço, mediante marcação prévia. Essa visita termina com uma de três provas de vinhos, a partir de 3,70 euros.

Visite o Palácio Nacional da Pena, a Quinta da Regaleira e a Quinta da Alagoa. Pontos de interesse em Sintra é que não falta, ou não fosse a terra dos românticos. E pernoite no Quinta dos Machados Country House & Spa, em Mafra.

Bucelas

Volte à A5 ou à A16 e apanhe a A9 até Bucelas. Aqui irá encontrar a Quinta Chão do Prado, que, fruto do trabalho dos descendentes dos fundadores, que se dedicaram a replantar os sete hectares da quinta que tem hoje oito hectares onde crescem as castas Arinto, Esgana-cão e Rabo de Ovelha. Bucelas é também uma região Demarcada para Produção de Vinho Espumante. A oferta turística desta Quinta inclui um restaurante onde se pode degustar vinhos exclusivos.

Em Bucelas poderá optar por algo menos gastronómico e mais cultural. É aqui que fica o Museu do Vinho e da Vinha de Bucelas. O Museu ocupa a antiga residência da família Castelo Alves e o museu explora a temática do vinho desta região. Ali pode visitar, por apenas um euro e meio (ou gratuitamente ao domingo) uma exposição permanente, onde se podem ver artefactos vinícolas que atestam o passado do vinho da região. Mas também exposições temporárias e ainda um centro de interpretação ligado à rota histórica da Alameda das Linhas de Torres.

Rota Lisboa

Arruda dos Vinhos

Continue pela A9 até Arruda dos Vinhos. Nada como ter vinho no nome para atestar a qualidade do néctar produzido. A influência Marítima é uma das variáveis que dá corpo à produção local, desta região a cerca de 30 minutos de Lisboa, entre a região Oeste, o Ribatejo e a Zona Saloia. Paisagens marcadas por vales de vinhedos e pelo património histórico, cultural e gastronómico. Tudo aspetos fundamentais para que não deixe de visitar o local. Falando de gastronomia, qualquer visita a Arruda deve incluir uma visita um ou mais restaurantes

Num passeio pelo concelho é obrigatório incluir uma visita a um dos restaurantes que servem os sabores de Arruda e da gastronomia típica portuguesa. A Adega Barros, em A-dos Arcos, o Ao Forno Restaurante, em Arruda dos Vinhos, o Cantinho d’Arruda, em A-do-Baço, ou o Cantinho da Granja, em Casais da Grança são apenas alguns exemplos. A Câmara de Arruda tem muitas outras sugestões.

Alenquer

Prossiga para pela A9 e em seguida pela A10 até Alenquer. Aqui há um mar de vinha plantada em solos argilocalcários das encostas da serra de Montejunto. Os agricultores e vitivinicultores têm vindo a ganhar mais expressão.

Em Alenquer a União de duas propriedades resultou numa propriedade de 400 hectares: Quintas da Vassala e Vala Nova. São 300 hectares de floresta e 100 hectares de vinha. No sopé de Montejunto. Do miradouro natural é possível contemplar a vinha. Aqui são colhidas as uvas que são origem aos vinhos aqui produzidos. A visita às Quintas, que tem de ser reservada à priori inclui opções como a prova de três vinhos, ou dois vinhos e um espumante.

Outra opção é a Quinta da Chocapalha. Por aqui, “O vinho proporciona momentos de prazer e alegria, inspira o modo de receber. O enoturismo é um modo de mostrarmos quem somos, o que a natureza nos dá e toda beleza do espaço envolvente”, diz a família, dona desta Quinta, bem perto da cidade, há várias gerações.

Óbidos - Quilometrosquecontam

Óbidos

Em Alenquer, poderá seguir pela A1 até Óbidos. Para aqui chegar terá de passar a serra de Montejunto. A vinha está distribuída por vários concelhos, como Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha e Óbidos. São numerosas colinas e outeiros cobertos por vinha.

Das abas da Serra de Montejunto, para Noroeste, em direção a Óbidos, estende-se uma numerosa sucessão de colinas e outeiros, cobertos por uma “manta de retalhos” onde a vinha assume posição dominante. É aqui a zona vitivinícola de Óbidos, onde a vinha domina desde o início do século XX. No entanto, já se produzia aqui vinho, antes da fundação da nacionalidade.

O centro histórico de Óbidos é maravilhoso, com muralhas de ameias clássicas, ruas calcetadas labirínticas e casas caiadas de branco, decoradas com flores e toques de tinta amarela e azul. À noite, há um excelente ambiente nos bares medievais e, no alto de uma colina fixou-se um castelo, transformada hoje em Pousada.

Óbidos é tão bonita e carrega tanta história que é considerado um dos destinos turísticos mais interessantes do, sendo considerado como uma das 7 Maravilhas de Portugal.

Encosta D’Aire

Prossiga pela A1 até Alcobaça. Não obstante o objetivo desta rota ser acompanhar e participar em vindimas e outras atividades de enoturismo, chegar a Alcobaça, uma sub-região da Encosta D’Aire, passa, inevitavelmente por visitar o Mosteiro. É uma obra inteiramente gótica da arquitetura portuguesa e uma das Sete Maravilhas de Portugal é uma clara candidata ao nosso “top of mind”. Mas não é a única coisa que vale a pena ser visitada na cidade e nas suas proximidades.

Na Quinta dos Capuchos, um projeto familiar em terras cistercienses que fazem com que as vinhas criem raízes em solo pedregoso, desde os tempos dos monges. São 12 hectares no Vale do Alcoa, nas encostas da serra dos Candeeiros. Produz 50 a 60 mil garrafas, mas deverá aumentar a produção em breve. Os programas de enoturismo variam ente os oito e os 15 euros, incluindo provas de vinhos e visita às vinhas.

Aproveite para visitar o Museu do Vinho de Alcobaça, construído numa antiga adega de finais do século XIX. A coleção agora exposta inclui um acervo associado à cultura material do vinho. A visita permite-nos ver Adegas dos Balseiros, dos Depósitos e dos Tonéis. Há visitas guiadas às terça-feira e domingo. Não deixe ainda de visitar o Parque dos Monges, sim, aqueles que terão trabalhado na vinha há centenas de anos.

Batalha

Em Alcobaça apanhe a A19 para rumar à região de Encosta D’Aire, onde se destacam localidades como Porto de Mós ou Batalha. E, naturalmente, Leiria. Nesta região deve apreciar o conjunto das Grutas de Mira de Aire e, claro, o Santuário de Fátima, com a Catedral e a Capelinha das Aparições.

Siga depois para Ourém (Encostas d’Aire – Sub-região Ourém), e observe o Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros. Aqui poderá visitar a Quinta do Montalto e degustar os vinhos locais. Deverá depois seguir para Pombal, onde não pode deixar de visitar o Museu da Arte Popular Portuguesa.

O próximo destino será Leiria e o seu castelo. Viste ainda o MIMO – Museu da Imagem em Movimento e o Centro do Diálogo Intercultural. Mas, aproveite também para experimentar vinhos e petiscos, incluindo uma paragem na Quinta da Serradinha, e os seus vinhos biológicos. E chega finalmente à Batalha, com o seu Mosteiro e o Centro de Interpretação Fundação da Batalha de Aljubarrota.

Lourinhã

Em seguida vai voltar para sul atravessar novamente algumas das regiões que já passou – por que não voltar lá? E, através da A17 chega à penúltima região dos Vinhos de Lisboa: Lourinhã. A curiosidade deste local é que é a única região demarcada do país para a produção exclusiva de aguardentes.

Após dois séculos a contribuir para a produção das casas do Vinho do Porto, em 1997, recebeu o selo DOC – Denominação de Origem Controlada para a produção de aguardentes. A vinificação só é permitida nesta região e a partir de castas autorizadas. Se visitar a Adega Cooperativa da Lourinhã, terá oportunidade de aprender mais sobre o processo de cultivo e técnicas de vinificação, conservação, destilação, envelhecimento e engarrafamento. E já que está na cidade dos dinossauros, aproveite para conhecer o Dino Parque Lourinhã.

Torres Vedras

Finalmente, Torres Vedras. Terminamos aqui esta rota. Num local em que as colinas e os outeiros dominam a paisagem. A vinha, por aqui cobre solos argilocalcários que distinguem o “terroir”. Em Torres Vedras os vinhos são fruto de múltiplas castas e influenciados pelo clima mediterrânico e Atlântico.

Em Torres Vedras poderá fazer um passeio pedestre, promovido pelo município. O início do percurso está marcado na Ribaldeira e segue por 15 quilómetros. A organização sugere a utilização do folheto da rota e GPS.

Ao longo das próximas semanas, deverá consultar os itinerários antes de partir, pois muitas quintas promovem programas de enoturismo incluindo as vindimas.

Good Year Kilometros que cuentan