Valença do Minho: o que fazer ali tão perto da Galiza

21 Dezembro | 2018 | Goodyear

Valença do Minho: o que fazer, visitar e comer na cidade que faz fronteira com a Galiza

O que fazer, visitar e comer na cidade que faz fronteira com a Galiza? Estas são as questões que se colocam a quem visita Valença do Minho. Mas, vamos devagar. Como muitas cidades medievais, Valença do Minho preserva uma vila histórica amuralhada, com ruas estreitas, casas, restaurantes e lojas tradicionais.

Esta é uma cidade raiana, no distrito de Viana do Castelo, no Alto Minho. É sede de município e ali ao lago faz fronteira com Tui, em Espanha. A cidade é dominada pela fortaleza de duas torres e muralha dupla dos séculos XVII e XVIII, ao estilo do engenheiro e arquitecto militar francês Vauban, existindo ainda vestígios das muralhas anteriores.

Valença do Minho fica no norte do país, junto ao Rio Minho que faz fronteira com a região espanhola de Galiza. De Valença do Minho a Santiago de Compostela é um pulinho, pelo que é também local de passagem ou paragens para muitos peregrinos que percorrem os “Caminhos de Santiago”. No total os caminhos têm mais de 600 quilómetros por terras espanholas, mas o percurso em Portugal é cada vez mais procurado. Em Valença, o peregrino passa por 22 arcos até à vila murada, para depois cruzar o rio Minho rumo a Tui de onde parte em seguida para o destino final.

O que visitar

Segundo o blogue de viagens Partiu pelo Mundo Valença do Minho é uma “típica vila fortificada beira-rio”, que se ilumina à noite “apenas para criar harmonia com as águas azuladas e frias do conhecido rio que a percorre”. Por todo o lado há casarões históricos e azulejos portugueses.

Tudo bem conservado e rodeado de muralhas no alto de uma colina. Valença foi de extrema importância durante a idade média, pois permitia ver, a partir do alto do monte, linha de fronteira com Espanha.

Passeie por ruas estreitas e empedradas, pejadas de comércio de produtos tradicionais e lojas típicas com destaque para o trabalho em ouro, linho, cerâmica e vime. Depois de chegar, não deixe de visitar a Praça‑forte de Valença, a ponte rodoferroviária, a Igreja de Santa Maria dos Anjos, a Torre de Lapela, o Castelo de Fraião e a Capela do Bom Jesus.

Os alicerces do passado

À semelhança de outras localidades já visitadas como Alcácer do Sal, no sul do país, também em Valença nasceu uma Pousada de Portugal, a Pousada de São Teotónio. Que é, só por si mesma, um local a visitar. São Teotónio é o padroeiro da cidade a quem é dedicada uma estátua na cidade.

Para quem tem amor à história e às origens do país, este poderá ser um local simbólico para se perder entre monumentos que o embelezam. Há casas brasonadas, solares minhotos, pequenos palacetes que atestam a qualidade de vida de quem por ali habitava há vários séculos. É o caso da bonita Quinta da Mota, onde pode organizar a sua festa.

A antiga fortaleza, da idade média é omnipresente. Na parte mais alta da cidade, é composta por muralhas de pedra com vários níveis. Do lado virado para Espanha é possível ver uma grande estrutura de pedra. No topo, em tempos os canhões estavam virados e preparados para repelir qualquer ameaça que se aproximasse.

Ao passar pela Porta da Gaviarra, irá encontrar a curiosa Igreja de Santa Maria dos Anjos (século XIII). Este templo possui pináculos góticos e, não obstante a fundação em 1276, conserva ainda estruturas românicas. Viste também a Igreja de Santo Estevão, uma obra de estilo neoclássico, construída no século XIII.

Na cidade não faltam outros exemplos de igrejas e edifícios relacionados com a religião católica como as Igrejas da Misericórdia (século XVI), das Capelas Militar do Bom Jesus (século XVII), de São Sebastião, de Nossa Senhora da Saúde e do Nosso Senhor dos Esquecidos.

O que comer

Para comer, o difícil, como é aliás apanágio da maioria das localidades portuguesas, é escolher. Bacalhau à São Teotónio, Bacalhau à Contrasta, Cabrito à Sanfins, Anho no Forno, o genuíno Caldo Verde de Valença (considerado uma das sete maravilhas gastronómicas de Portugal), Lampreia ou o doce conventual Borrachinhos de Valença são apenas algumas das receitas da terra.

Segundo os especialistas, em Valença, “o bacalhau é rei” e come-se “bacalhau como em nenhum outro local”. Na cidade há mais de 70 restaurantes, apresentando-se o bacalhau em “mil formas”. 

Onde ficar

Para ficar numa escapadinha de um fim-de-semana, a nossa principal sugestão vai para a Pousada de Valença, onde se poderá sentir como um rei. Afinal, a, também conhecida como, Pousada de São Teotónio fica no interior da velha fortaleza com uma “soberba vista sobre o rio e sobre Tui, na margem oposta”. A Pousada, cujo projecto é da autoria do João de Mello Breyner Andresen, fica no cimo do centro histórico e fortificado de Valença, rodeada pelas muralhas históricas.

Pode ficar ainda na Casa do Eirado, uma casa senhorial está datada do séc. XV situada na praça com o mesmo nome, no centro histórico de Valença. Ou pernoitar na Casa do Poço, um alojamento em que alguns dos quartos têm terraço ou varanda e onde pode tirar partido de um salão partilhado na propriedade. O local é particularmente apreciado por casais em escapadas a dois.

Em suma. Perto de Espanha, perto de Santiago de Compostela, numa ambiente místico e com o estômago satisfeito com o belíssimo caldo verde e uma das centenas de variedades de receitas de bacalhau, Valença do Minho é um destino a colocar na sua lista de locais a visitar. Vale a pena.

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