A vida útil dos pneus e as razões porque não devemos prolongá-la

17 Setembro | 2019 | Goodyear

Na Goodyear explicamos as razões pelas quais não devemos prolongar o tempo de vida dos pneus para além do recomendado.

Se existe um garante de segurança no nosso veículo são os pneus. São o primeiro contacto com o asfalto e o seu bom estado é fundamental para garantir a segurança das nossas viagens, o agarrar e a aderência à estrada. Na Goodyear explicamos as razões pelas quais não devemos prolongar o seu tempo de vida para além do recomendado

Porque não deve prolongar a vida útil dos pneus

Apesar de serem vitais para a nossa segurança, os pneus requerem uma manutenção básica e simples mas, em muitos casos, esquecemos-nos deles no dia a dia. Mudar os pneus do nosso carro implica o desembolso mínimo de 300 euros e é essa a principal razão de que, em muitos casos, se estique a sua vida útil de forma desnecessária, pondo em perigo a nossa segurança.

Este excesso de uso é mais perigoso do que possamos pensar: os pneus são componentes fundamentais para manter o veículo em contacto com o solo e é fundamental conservar o seu desenho. Quanto mais gastos estão, menor é a aderência e maior é a distância necessária para travar. À medida que se gasta o desenho, a distância de travagem aumenta de forma progressiva:

  • 3 milímetros de profundidade, distância de travagem de 60 metros.
  • 2 milímetros de profundidade, distância de travagem de 70 metros
  • 1 milímetro de profundidade, distância de travagem de 90 metros.

Na grande maioria dos países da União Europeia, a profundidade mínima obrigatória para a banda de rodagem de um pneu é de 1,6 milímetros e mais cedo ou mais tarde chegar-se-á a este limite, dependendo da nossa condução. Os pneus têm uma duração estimada, tanto em tempo como em quilómetros percorridos, mas o estilo de condução é um fator determinante no resultado final, ainda que não seja o único. Carga, velocidade, pressão e manutenção são questões a ter em conta para não prolongar injustificadamente a vida útil dos pneus.

Ao menor sintoma de desgaste, não hesite em consultar um especialista. Faça-o  não só pela sua segurança na estrada como para evitar as multas. Na inspeção obrigatória, está estabelecido que circular com pneus deformados não é apenas um problema de segurança mas também uma infração grave.

Quando deve trocar de pneus

Embora não exista qualquer prazo de validade, se conduziu de forma responsável deve trocar de pneus a partir do quinto ano de uso, isto se não tiver feito um excesso de quilómetros que tenha estragado o desenho ou submetido os pneus a condições extremas que tenham danificado a sua estrutura. A vida dos pneus, como já vimos, depende do estilo de condução, para além de outros fatores como o tempo ou o estado das estradas por onde circula, pelo que a margem de cinco anos é uma orientação. Do que não há dúvida é que a troca de pneus é imprescindível ao chegar ao limite de 1,6 mm de profundidade no seu desenho.

A data de fabrico dos pneus

O que sabe sobre o código DOT e se inclui ou não a troca de pneus? É a indicação da fábrica que informa sobre o tamanho e a data de fabrico e que encontrará na parte lateral do pneu. 

A data de fabrico de um pneu não está vinculada ao rendimento nem sequer à qualidade, desde que as borrachas estivessem perfeitamente conservadas e armazenadas. No entanto, um pneu pode deixar de render a 100 por cento se passaram muitos anos desde que saiu da fábrica.

Recomendações para cuidar dos pneus

Não alargar de forma desnecessária a vida útil dos pneus não significa que não levar a cabo a manutenção correta. Da mesma forma que devemos verificar os sinais visíveis de desgaste e procurar soluções profissionais, é também recomendável realizar tarefas de manutenção e seguir alguns cuidados básicos para garantir o melhor rendimento dos pneus.

  1. Os pneus devem ter sempre a pressão adequada. A pressão incorreta dos pneus é uma das causas de maior desgaste. Se têm mais ar do que deviam, desgastar-se-ão mais no centro e agarrarão pior o asfalto. Se têm pouca pressão, desgastar-se-ão na parte exterior e ficarão com menos superfície de contacto. É importante que as válvulas tenham sempre os respetivos tampões. Recorde-se que a distância de travagem também está diretamente relacionada com a pressão. Para reduzir de 90 para 70 km/hora a distância de travagem necessária é de 40 metros com 2,0 bar pressão. Se tivermos 1.0 bar de pressão serão necessários 45 metros para travar, mais cinco metros.
  2. Adaptar a pressão dos pneus à carga do veículo. O comportamento do carro varia com mais ou menos peso de carga.
  3. Evitar a condução agressiva à base de travagens e acelerações.
  4. Fazer as curvas com suavidade. Quanto mais se forçar os pneus na curva, maior desgaste haverá.
  5. Ainda que pareça óbvio, não se deve conduzir a altas velocidades. Provoca o aquecimento e a degradação excessiva do pneu.
  6. Evitar os golpes e as perfurações nos pneus, assim como buracos grandes.
  7. Uso incorreto das correias de neve. Para aqueles que as usam de forma assídua no inverno, devem circular a baixa velocidade porque são extremamente prejudiciais  para a borracha, pelo que deve retirá-las quando não há neve. Os pneus all season estão marcados com M+S  (Lama + Neve) para além do pictograma da montanha de três picos com cume de neve que lhes dá a homologação para circular em condições de inverno, sendo uma alternativa ideal ao uso de correias.

O que deve ser claro é que com os pneus não se brinca. Devem ser trocados quando estão desgastados sem poupar tempo e dinheiro. Deles depende a nossa segurança. Por isso, verifique periodicamente a existência de danos visíveis, perfurações, golpes, bolhas de ar ou qualquer outro sinal de alarme e não arrisque. Ainda que possa parecer que ainda deveriam ter mais quilómetros de vida útil, chegou a hora de ir à oficina e escolher entre os diferentes tipos de pneus aqueles que melhor se ajustam ao seu carro e à sua forma de conduzir.

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