Os 10 melhores: The Guardian escolhe o que não se pode perder em Portugal

18 Junho | 2021 | Goodyear

Um novo olhar sobre velhos conhecidos: os leitores do The Guardian escolheram os 10 melhores pontos em Portugal. Saiba quais são com a Goodyear.

Assim que Portugal ficou na Lista Verde do Reino Unido, os media britânicos voltaram a dedicar toda a atenção ao nosso país, o único oásis de férias num verão em que ninguém sabe muito bem como irá evoluir a abertura de fronteiras. De forma trágica para o turismo nacional, essa presença na Lista Verde de Londres foi de curta duração e acabou com um verdadeiro êxodo de turistas a abandonar o país muito recentemente. Resta a promessa de, a cada três semanas, o governo britânico rever a referida lista e, eventualmente, regressarmos aos destinos de férias daquele país.

Mas, como se prevê que as opções continuem a ser limitadas e a vontade de passar férias em afastamento social continue a ser uma tendência, regressamos aos media britânicos e aos destaques que recomendam aos seus turistas quando visitam Portugal. O insuspeito The Guardian, lançou o desafio aos seus leitores e estes escolheram “Os 10 Melhores Lugares para Visitar em Portugal”. Se não são uma surpresa para quem conhece bem o nosso país, a verdade é que não se ficam pelos “sítios do costume”. Entre os leitores do Guardian há quem perceba o suficiente de Portugal para sugerir destinos originais, vistos também por uma perspectiva diferente da habitual. Conheça as suas escolhas dos 10 melhores lugares para visitar no nosso país.

Caminhar até Espanha por uma estrada romana

“Se você quer algo fora do comum, com paisagens fantásticas e história fascinante, vá até Terras de Bouro, no extremo norte do país”. Desde Terras de Bouro até Astorga, saindo de Portugal através da Portela do Homem percorre-se a Via Geira ou Via Nova, uma das estradas romanas melhor preservadas na Península. No passado ligou Braga a Roma, através de uma rede de telégrafo óptico. Segue pelo Parque Nacional Peneda Gerês o que, além do valor histórico, dá-lhe uma componente paisagística indiscutível. Em 2021, a Via Geira tornou-se candidata a Património Mundial da Humanidade pela UNESCO e aguarda agora decisão final.

“Cascatas do Tahiti”

Ilhas perfeitas e frutos do mar a leste de Faro

Olhão, onde “uma balsa leva-nos às gloriosas ilhas do parque nacional da Ria Formosa, onde praias desertas e os melhores frutos do mar o aguardam”. Em zona protegida, além da vida natural e águas cálidas, as ilhas da Ria Formosa são um paraíso de calma. O cordão vai desde a Península do Ancão até Cacela. Pelo caminho passa pela Deserta, Farol/Culatra, Armona, Fuseta, Tavira e Cabanas. Com extensos areais, águas quentes e um clima inexcedível, todas são uma excelente opção para viver a praia em estado puro.

Espetacular aéreo

“As paisagens dramáticas e as praias imaculadas da península de Sagres, no extremo oeste do Algarve, atraem ao longo do ano.” O mar, o Norte de África e as serras do interior, criam aqui um ponto privilegiado para os amantes da natureza. A região tem um cada vez maior reconhecimento internacional e recebe bastantes visitantes para o Festival de Observação de Aves. Além disso, pode-se também explorar a geologia e a diversidade da flora da costa e avistar golfinhos e baleias.

Sagres, onde a terra acaba e a cozinha algarvia começa

Algarve Alternativo

Alte é, segundo alguns a “aldeia mais pitoresca do Algarve”. Entre o Barrocal e a serra do Caldeirão, a aldeia sobe até ao topo de uma colina com vista para o vale do riacho. Construída em volta da Igreja da Nossa Senhora da Assunção, com uma entrada ao Estilo Manuelino, os edifícios têm a traça típica algarvia, com casas de muros brancos decorados com decorativos e coloridos azulejos, chaminés tradicionais e ruas pavimentadas com a típica calçada Portuguesa. Para os leitores do The Guardian “a pièce de résistance de Alte é a Queda do Vigário, que deságua em uma piscina serena e convidativa. Um local requintado de beleza natural.”

Ondas a sul de Lisboa

“Descontraída, boémia, com gloriosas praias de areia, foram as melhores férias que já tivemos”, diz um leitor do The Guardian sobre a Comporta. Já não é a primeira vez que a imprensa internacional se apaixona pela península (em 2015 foi a “Melhor Praia do Mundo” para a Condé Naste e em 2017 foi laudada pelo New York Times) mas em Portugal não é nenhuma desconhecida, mesmo que menos frequentada que outros destinos mediterrânicos. “Vá antes que se transforme em Ibiza!”, terminam.

Por que é que a Comporta é um destino obrigatório?

Do outro lado do Tejo até ao Ponto Final

E, do estrangeiro, chegam também novas perspectivas, olhares sobre pontos que, por fazerem parte do nosso dia-a-dia, já não damos o devido valor. Para os leitores do diário britânico, ainda há muito valor num passeio que inclui “visitar a margem sul do Rio Tejo e saborear uma refeição com a vista do terraço do restaurante Ponto Final. Apanhe o agradável ferry do Cais do Sodré em Lisboa para Cacilhas, depois caminhe ao longo da margem do rio durante 10 minutos”. Aqui no Quilómetros Que Contam já recomendámos este passeio e nunca deixamos de reforçar a ideia: Cacilhas, Porto Brandão ou Seixal têm alguns dos melhores restaurantes da região de Lisboa.

Pedalar para sul a partir do Porto

Do Porto até Espinho os poucos declives são um convite a um descansado passeio de bicicleta. “Matosinhos oferece praias, uma fortaleza e um desfile de restaurantes excepcionais ao longo da Rua de Heróis de França, onde pode descansar ao sol a ver o peixe acabado de pescar nas churrasqueiras ao ar livre”. Aqui, o peixe e marisco frescos são o prato forte da gastronomia local. Seguindo para sul e atravessando o rio Douro, passamos pela Aguda até chegarmos à praia da Baía, já em Espinho. “O céu aberto e as ondas do Atlântico proporcionam um contraste maravilhoso com o movimentado centro do Porto.”

Praias do norte

Passeios no Alto Alentejo

A mais de 800 metros de altitude, o panorama do topo das muralhas de Marvão é de tirar a respiração. A vila nasceu dentro das antigas muralhas medievais, protegida por uma vista que vai até à fronteira. Está hoje muito bem conservada sem ter sido atacada pelos turistas e mantendo o seu pitoresco charme. O The Guardian recomenda que “passe algumas noites em Marvão (…) e caminhe até Castelo de Vide, outra vila fortificada de castelos, passando por vinhas e montados de sobreiros e azinheiras”. É considerada uma das mais belas do país, sendo para uns a “Provença Portuguesa” ou a “Sintra do Alentejo”.

Castelo de Vide: uma das vilas mais bonitas do Alentejo

Camping no norte, junto ao rio Minho

É um dos mais belos em Portugal e Espanha e os estrangeiros também dão por isso: o Rio Minho traz a água que torna fértil e possível a singularidade do Alto Minho. Um leitor do The Guardian recomendou um passeio de autocaravana por esta zona e, tendo já tido a mesma experiência, aqui no Quilómetros Que Contam subscrevemos fortemente essa opinião. Melgaço e Monção, berços do Alvarinho, são de visita obrigatória, mas é a paisagem rural que ficará sempre na memória do visitante.

Monção

Cidade da Água

“Com tanta água e muito tráfego de barcos, a cidade lembra Nyhavn em Copenhaga”, dizem-nos sobre Aveiro. Os barcos em madeira e as fachadas coloridas das casas são o ponto de ligação entre as duas, mas a “Veneza Portuguesa” tem a vantagem de contar com o clima português a tornar a visita bem mais agradável. A cidade combina canais e ruas tradicionais, que nos levam entre casas em estilo Arte Nova na margem esquerda do canal central, e os monumentos e igrejas da margem direita. Chegados à Costa Nova, “As casas listradas são como doces, e há algo discretamente atraente na banalidade da orla marítima.”

Em breve estarão de regresso, tanto os turistas britânicos como todos os outros que gostam de Portugal. Por isso, até lá é aproveitar as multidões reduzidas, e desfrutar do que temos ao pé de casa e a que não damos o devido valor. Em ano de fazer “férias cá dentro”, nada melhor do que descobrir afinal o que é que seduz os estrangeiros.

Good Year Kilometros que cuentan