ARCOlisboa: o que pode ver na Feira de Arte Contemporânea

17 Maio | 2019 | Goodyear

A Feira de Internacional de Arte Contemporânea está de volta a Lisboa este fim de semana. Veja o que traz de novo e o que pode aproveitar para ver na ARCOlisboa.

A quarta edição da Feira Internacional de Arte Contemporânea, ARCOlisboa 2019, acontece já este fim de semana. Desde 15 de maio, para colecionadores e profissionais, e nos dias 16 a 19 de maio para o público em geral. O local escolhido para o certame foi a Cordoaria Nacional, em Lisboa.

Participam este ano 71 galerias de 17 países, incluindo, pela primeira vez, a participação de galerias de África. 52 integram o Programa Geral. Na seção Opening estará patente ainda uma seleção de 11 galerias além de nove projetos de artistas. Será também dado mais destaque a publicações de arte contemporânea.

A feira de arte ARCO é uma coorganização do IFEMA e da Câmara Municipal de Lisboa na qual é apresentado, anualmente, o panorama da vida artística portuguesa e do mundo. A feira realiza-se alternadamente em Lisboa e Madrid.

Neste certame anual, a organização seleciona cuidadosamente as galerias que se apresentam na seção principal da feira (Programa Geral), onde é apresentada ao mundo a arte portuguesa e as suas ligações ao cenário internacional. Alguns dos artistas vão participar pela primeira vez como Vera Munro e Georg Kargl. Mas haverá também retornos à feira, como é o caso das galerias Krinzinger, Greengrassi, Pietro Sparta e Vermelho.

É também uma oportunidade para galerias com menos de sete anos de experiência se apresentarem aos profissionais, nos espaços Opening e Projetos. Este programa será composto por 11 galerias selecionadas por João Laia, e inclui algumas de criação recente como a Lehmann + Silva, do Porto, ou Fran Reus, de Palma de Maiorca, assim como a Jahmek, de Luanda, ou The Ryder Projects, de Londres.

A seção de Projetos, voltará a ocupar o Torreão Poente, e irá mostrar nove projetos de artistas individuais apresentados na feira pelas suas galerias, incluindo, Daniel García Andújar – Àngels Barcelona; Gerold Miller, apresentado por Cassina Projects; e Nicolás Grospierre, por Alarcón Criado.

África em Foco

Este ano, uma das novidades da ARCOlisboa 2019 é a participação especial de África, através de uma seleção de galerias daí provenientes. Serão seis galerias de Angola, Uganda, Moçambique e África do Sul com stands individuais distribuídos pela feira. Esta seção é organizada por Paula Nascimento e será complementada com uma série de conferências sobre a arte contemporânea em África, que farão parte do programa do Fórum, como explica a organização em comunicado.

O certame irá ter igualmente uma área dedicada à edição de livros de artista, no Pátio Nascente, dirigida pela Arts Libris. Esta secção conta com a participação de cerca de 40 editoras de arte e inclui um ciclo de conferências e debates centrados no estado atual das publicações de arte. Aqui será dada a voz a António Julio Duarte, Susana Lourenço Marques & Mariana Piçarra, Susana Lourenço Marques e Jose Luis Neves & Filipa Valladares.

Debate sobre arte e colecionismo

Como habitualmente haverá lugar a espaços de debate sobre arte e colecionismo, sendo ainda uma oportunidade para comprar, vender, ver, aprender e falar sobre arte. Serão promovidas apresentações em que participarão destacados profissionais de mais de 20 países.

O Torreão Nascente da Cordoaria irá acolher o Millennium Art Talks. Esta conta com a colaboração da Fundação Millennium bcp, e inclui um Fórum de Colecionismo em que irão participar colecionadores como Francesca von Habsburg, José Lima, António Cachola, Carlos Urroz, Chus Martínez, Pedro Gadanho, Markus Reymann, Miguel von Hafe Pérez e João Laia.

No exterior da Cordoaria Nacional haverá ainda espaço para esculturas de grande dimensão. Deste modo a feira vira-se também para a cidade.

cordoaria nacional

Quando visitar, onde comer

A ARCOlisboa alterou os seus horários de abertura para se ajustar aos ritmos de Lisboa. Quinta-feira, 16 de maio, e sexta-feira, 17 de maio, estará aberta das 14h00 às 21h00. No sábado, 18 de maio, das 12h00 às 21h00 horas, e no domingo, 19 de maio, das 12h00 às 18h00 h. As entradas custam entre 5 e 15 euros.

O catálogo estará disponível para download no site da ARCOlisboa. Aí estará disponível toda a informação sobre os artistas e galerias participantes nesta edição.

A Cordoaria Nacional é, tal como o Museu da Eletricidade, um exemplo de arquitetura industrial do século XVIII. No local estarão disponíveis áreas de descanso e de restauração para os visitantes. O espaço inclui agora um restaurante e um Lounge VIP, desenvolvidos pela Design Factory com o apoio da RAR Imobiliária e servido pela Casa do Marquês. Nos terraços haverá cafetarias.

Arte no resto da cidade

Além da Cordoaria Nacional, Lisboa converte-se na capital da arte contemporânea. O programa estende-se a outros museus, instituições e coleções da cidade. O programa de exposições inclui mostras de artistas portugueses reconhecidos como João Louro, no Pavilhão Branco; António Bolota, na Fundação Carmona e Costa; João Onofre, na Culturgest; ngela Ferreira, na Fidelidade Arte; Francisco Tropa, na Fundação Calouste Gulbenkian, Sara Chang Yang, na Galeria da Boavista, e Carlos Bunga e Carla Filipe, no MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia.

O MAAT irá acolher também o Prémio Novos Artistas da Fundação EDP que dará visibilidade a artistas emergentes. A presença de coleções portuguesas será mais um dos grandes eixos de interesse, com a exposição da coleção António Cachola, no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional.

Ainda de acordo com a informação disponibilizada pela organização, terão lugar outras exposições que darão voz a artistas internacionais como Per Barclay, em Carpintarias de São Lázaro; Xavier Veilhan e Jesper Just, no MAAT; Michaël Borremans, Vito Acconci, Louise Lawler e Juan Muñoz, numa coletiva no Museu Coleção Berardo, e a artistas africanos na exposição Diversidade Comum, que é acolhida por NOT – A – MUSEUM.

A ArcoLisboa conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Fundação EDP.

Good Year Kilometros que cuentan