Históricos, Clássicos e Antigos, o que os diferencia?

1 Junho | 2020 | Goodyear

Como é que se classifica a História do Automóvel? Conheça as várias categorias de carros históricos, clássicos ou antigos.

Objetos de coleção e motivo de admiração para os entusiastas do motor, como é que afinal se definem os carros históricos? Trinta anos é a idade determinada na maioria dos países da União Europeia, e também em Portugal, para classificar um carro como veículo histórico, mas há mais restrições. Contamos-lhe mais sobre as características e requisitos dos carros históricos.

Motor, travões, direção, suspensão ou carroceria devem estar como deixaram a fábrica há pelo menos 30 anos. Devem ter sido, como aponta o ACP, “conservados e mantidos em condições correctas de um ponto de vista histórico”. Um veículo histórico é, afinal, parte da herança cultural e tecnológica de toda a Humanidade, aquilo que definimos como “Cultura”.

Estar na posse de um carro assim é o sonho de todo o colecionador, de que é necessário cumprir uma série de características e requisitos. Em Portugal, o Clube Português de Automóveis Antigos, actual representante da FIVA em Portugal, a Fundação Abel Lacerda (responsável pelo Museu do Carmulo) e o Automóvel Clube de Portugal, são as entidades responsáveis pela atribuição do certificado de automóvel de “interesse histórico”.

As diferentes categorias de “Carros Antigos”

A atribuição da certificação obriga ao cumprimento de requisitos funcionais do estado dos diversos sistemas, instrumentos e equipamentos. É ainda fundamental classificar o grau de “originalidade”, de um veículo, o quanto se aproxima do modelo que saiu da fábrica. Assim, podem ser:

Standard: Veículo de série tal como foi entregue pelo construtor.Opções, modificações menores e os acessórios disponíveis no mercado na época são aceitáveis.
Modificações da época: Veículos especialmente fabricados ou modificados na sua época.
Tipo X: Excepções: Veículo que foi modificado a partir do seu standard de produção, fora de época. Deve recorrer-se a peças do período apropriado ou fabricadas especialmente dentro da mesma especificação.
Reproduções (réplicas): Veículos construídos fora da sua época, com ou sem peças de origem, imitando um modelo da época.

De acordo com o estado de conservação

Classe 1 – Autênticos: Veículo tal como foi produzido originalmente, pouco deteriorado, em estado original, incluindo acabamentos interiores e exteriores, com excepção dos pneus, velas, bateria e outros elementos perecíveis.

Classe 2 – Originais: Veículo utilizado sem nunca ter sido restaurado, dispondo de um historial contínuo, em estado original, embora eventualmente deteriorado. As peças que se deterioram normalmente pelo uso podem ser substituídas por peças com a especificação da época. A pintura, pormenores exteriores e estofos podem ter sido oportunamente refeitos.

Classe 3 – Restaurado: Um veículo, totalmente ou parcialmente desmontado, reparado e montado de novo, com pequenas alterações relativamente às especificações de origem do construtor em caso de indisponibilidade de peças ou materiais. As peças de origem do construtor devem ser utilizadas, sempre que disponíveis, mas podem ser substituídas por outras com a mesma especificação. Os acabamentos interiores e exteriores podem ser recentes, mas dentro do possível de acordo com as especificações da época.

Classe 4 – Reconstruídos: Peças de um ou mais veículos dum mesmo modelo ou tipo, montadas num só veículo o mais possível de acordo com as especificações do construtor. As peças podem ser fabricadas durante a reconstrução ou feitas fora do período (tais como carroçaria, bloco do motor, culassa ou qualquer outra peça que não contenha identificação). Acabamentos interiores e exteriores devem ser de acordo com as especificações da época.

Segundo a idade, os Históricos podem ainda ser:

Classe A – Pioneiros: Veículos construídos antes de 31 de Dezembro de 1904
Classe B – Veteranos: Veículos construídos entre 1 de Janeiro de 1905 e 31 de Dezembro de 1918
Classe C – Vintage: Veículos construídos entre 1 de Janeiro de 1919 e 31 de Dezembro de 1930
Classe D – Pós-Vintage: Veículos construídos entre 1 de Janeiro de 1931 e 31 de Dezembro de 1945
Classe E – Pós-Guerra: Veículos construídos entre 1 de Janeiro de 1946 e 31 de Dezembro de 1960
Classe F: Veículos construídos entre 1 de Janeiro de 1961 e 31 de Dezembro de 1970
Classe G: Veículos construídos entre 1 de Janeiro de 1971 e o limite dos representantes FIVA (em geral 25 anos)
Clássicos do Futuro (Pré-Clássicos): Veículos com mais de 20 anos (Classificação ACP Clássicos) e interesse de colecção, bom estado de conservação e que não se destinem a uso diário.

A certificação como veículo histórico requer conformidade com uma série de características e condições. A preservação do carro quando saiu da fábrica há 30 anos é o primeira delas, mas, como vimos, não é a única. Já está a pensar como é que pode vir a conduzir o seu histórico de sonho ?

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