Caudalímetro: para que serve e como funciona?

30 Março | 2020 | Goodyear

Tudo o que precisa de saber sobre esta peça essencial do seu automóvel

O caudalímetro é uma peça essencial do automóvel. Se funcionar corretamente, não dará conta que se encontra dentro do seu carro, só quando começa a dar problemas! Antes que isso aconteça (e mesmo que aconteça), tentaremos desvendar os segredos deste sensor para que o conheça melhor, antecipe o seu mau funcionamento e descubra quais são as avarias mais comuns.

O caudalímetro é o elemento encarregado de medir a massa de ar que entra no coletor de admissão através do tubo de admissão do motor a partir do exterior. Esta informação, através de uma ligação elétrica, é enviada à centralina do automóvel.

Como funciona o caudalímetro?

Para que o motor do seu carro funcione corretamente, a unidade de comando do sistema de injeção precisa de saber com exatidão quatro facos essenciais:

  • A temperatura do motor
  • A quantidade de ar que o motor respira
  • A posição do acelerador
  • As rotações do motor

Se conhece o fluxo de ar e sua temperatura, a injeção do motor sabe qual é a quantidade de oxigênio existente e pode calcular a mistura de combustível a ser injetada nos cilindros para uma melhor combustão com grande precisão. No entanto, se o caudalímetro não funcionar corretamente e medir mal o ar que por ele passa, o motor começará a poluir mais e a consumir mais combustível, para além do risco de ocorrerem avarias mais caras.

O caudalímetro usa um fio que é aquecido a aproximadamente 100 graus (depende do modelo) e, ao passar, o ar arrefece este sensor, provocando uma mudança de temperatura. O sistema calcula quanta energia é necessária para manter esse fio a uma temperatura constante e, com base nisso, calcula a quantidade de ar que está a passar pelo tubo.

O caudalímetro, que desempenha a sua função tanto nos motores a diesel como a gasolina, é geralmente colocado na saída do filtro de ar, no tubo de admissão, que é a canalização que leva o ar já filtrado aos cilindros. Distingue-se com facilidade, já que possui uma ligação elétrica responsável pelo envio da informação relativa à quantidade de ar que passa pela admissão à centralina do motor.

Existem normalmente dois tipos de caudalímetros:

  • os responsáveis por medir a quantidade de ar que entra no motor em sistemas mecânicos, que utilizam uma borboleta para preencher o espaço vazio do coletor quando o ar entra
  • aqueles que encontramos nos sistemas de injeção eletrónica, onde é um sensor que envia as medições para a centralina, para que esta calcule a quantidade de combustível necessária para injetar a combustão ideal. Além disso, este sistema é responsável pela ativação de sistemas de recirculação de gases de escape, como a válvula EGR.

Direção e supensão

Avarias do caudalímetro

E como é que percebemos que algo está errado? Os motores dos carros são mais inteligentes do que pensamos e, quando o caudalímetro não funciona corretamente, é detectado pela unidade de controlo do motor, que entra em “modo de emergência” e limita a pressão de sobrealimentação.

Isto tem efeitos significativos, que são bastante perceptíveis. Assim, além de acender a luz de alarme correspondente, notamos uma perda significativa de energia, uma alteração no funcionamento do motor, que não trabalhará tão bem como de costume. O tubo de escape pode ainda expulsar um fumo escuro ou negro muito denso.

Quando isto acontece, pouco há a fazer, já que o caudalímetro não pode ser reparado e a solução mais convencional é levá-lo a uma oficina para confirmar que o problema está nessa peça (pode ser um problema no sensor de ar, sujidade no filtro de ar que causou obstruções na admissão ou falhas noutras entradas de ar do coletor) e, se assim for, substitua-o.

Conselhos para cuidar do caudalímetro

Um caudalímetro é uma peça de grande fiabilidade e as únicas maneiras de “acabar com ele” são sujá-lo ou cortar os cabos ou o conector, pelo que oferecemos uma série de conselhos para evitá-lo.

Vigiar o estado do filtro de ar

Este componente filtra o ar do exterior para que passe para o motor o mais limpo possível. Se houver alguma obstrução causada por sujidade acumulada, impedirá a entrada da quantidade necessária de ar. É por isso que é necessário trocá-lo a cada 10.000 ou 15.000 quilómetros, dependendo do uso, do seu estilo de condução ou das estradas onde circula (se utiliza principalmente por estradas engarrafadas ou pelo tráfego urbano, este tempo poderá ser reduzido).

Usar óleo de qualidade

Os gases do óleo provenientes do cárter podem danificar o caudalímetro. Por esse motivo, aposte em óleos de qualidade e em bom estado

O carvão também pode afetar o sensor

Esta substância pode acumular-se rapidamente no motor e nas peças relacionadas com o processo de combustão, causando obstruções, falhas difíceis de detetar e resolver e, muitas vezes, avarias dispendiosas. O estilo de condução realizada pode também aumentar o aparecimento de carvão.

Limpeza do caudalímetro

A limpeza do caudalímetro não é geralmente necessária, mas às vezes pode ser uma opção. O sensor em si autolimpa-se usando pirólise (sim, o que os fornos modernos fazem). Assim, o fio de que falávamos antes é aquecido acima da sua temperatura de trabalho a cada vez que desligamos o motor para remover impurezas.

Se, ainda assim, precisar de limpá-lo, tente fazê-lo com um profissional especializado neste tipo de peças, que pode encontrar em lojas especializadas. Obviamente, não se esqueça de não esfregar ou usar pincéis e escovas e aguarde até que esteja completamente seco antes de reinstalá-lo.

Apesar disso, alguns especialistas afirmam que frequentemente culpamos o caudalímetro por erros pelos quais não tem culpa e as oficinas tendem a substituir esta peça como uma solução mais fácil. Assim, caso o seu carro sofra dos sintomas acima descritos, peça na oficina para fazer uma verificação completa para descartar outras possíveis avarias.

Good Year Kilometros que cuentan