Oceanário de Lisboa: janela para o mistério
24 Fevereiro | 2016 | Goodyear
Quando falamos da vida na Terra costumamos imaginar apenas matas, desertos, densas florestas e frias montanhas. Mas não é frequente lembrar aliás que três quartos da superfície terrestre estão cobertos de água: os oceanos. E, sob este manto imenso que se estende acima da maior parte do planeta, existe um mundo distinto, diverso e tão rico quanto o seu equivalente da superfície, ou ainda mais.
Habitualmente é apenas através de um ecrã que podemos observar este outro mundo tão próximo e tão afastado de nós. Documentários e fotografias trazem-nos os mistérios do mar sempre fora do alcance das nossas mãos. Esse mesmo destino parecia ser o que esperasse pelos nossos filhos. Não foi até 1998 que pudemos desfrutar destas maravilhas muito perto de nós: em Lisboa. Foi a Expo 98 que nos deixou um legado moderno e dinamizador da vida cultural e científica da cidade, e um dos maiores exemplos foi e continua a ser o Oceanário.
É um local de referência em Lisboa e em todo o país, e uma das muitas razões que trazem visitantes de todo o mundo à capital. Por volta de um milhão de pessoas percorre anualmente o espaço, que conta com exposições permanentes e temporárias. Estamos, pois, perante o espaço cultural mais importante de Portugal, e não apenas isso: também um lugar perfeito para os meninos desfrutarem de uma tarde curta de mais para o que gostariam.
A primeira coisa que conquista o Oceanário é o olhar do visitante quando observa os dois edifícios, conectados um ao outro por um átrio gigantesco enfeitado com um painel de 55.000 azulejos. Ficam assim ligados o original edifício dos Oceanos e o edifício do Mar, que integram um conjunto onde é muito fácil ficar desorientado no início.
A exposição permanente “Um planeta, um oceano” é o ex-líbris do Oceanário, e inclui um enorme aquário central com capacidade para 5 milhões de litros de água salgada onde são distribuídos quatro espaços marinhos que simulam um único oceano mundial. As famílias podem conhecer o espaço através dos níveis terrestre e subaquático, sendo neste nível que mais sentiremos como atravessamos as águas frias, tropicais e temperadas dos mares e oceanos terrestres. A exposição temporária “Florestas submersas by Takashi Amano” é uma aposta inovadora em mostrar as florestas tropicais através da perspetiva de um ambiente único onde os sentidos do visitante são estimulados pelo cheiro e sons da floresta, enquanto observa os “nature aquariums” do artista japonês que recria as florestas tropicais utilizando aquários plantados. Se calhar não é a experiência mais adequada para os meninos (relaxadora de mais, com atenção especial para a contemplação e a quietude), mas vale a pena ser visitada.
Mas as duas atividades que as crianças irão gostar imenso são outras. Dormindo com os tubarões é uma experiência que os meninos nunca conseguirão esquecer: uma noite no Oceanário com estes animais noturnos de velocidade lendária, dentes gigantescos e olhar ameaçante. Mas, também, profundamente apaixonantes e merecedores da nossa atenção e proteção como espécie, coisas que os meninos descobrirão durante a atividade.
Aos sábados existe mais uma atividade destinada para as crianças de menor idade: os concertos para bebés “Fado Miudinho” reúnem semanalmente um quarteto de duas vozes, uma flauta e uma guitarra que acompanha a descoberta do mundo sob as águas com composições musicais especiais para os pequenos visitantes. Deste modo, a musica e um cenário de sonho fazem com que desperte o interesse dos meninos por este universo que apenas começam a descobrir…
Por último, é também possível celebrar a festa de aniversário no Oceanário, disponibilizando para as famílias e especialmente para as crianças um lugar mágico para uma festa que será muito difícil melhorar o ano seguinte… apenas repetindo!
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