De Faro a Sagres: encontro com o Algarve da época baixa

29 Março | 2021 | Goodyear

Tradicionalmente a zona mais concorrida do Algarve, aproveitar o barlavento é uma recomendação perfeita para a época baixa. Conheça os nossos destaques.

Em tempos de Pandemia, quando temos toda a vontade do mundo de respirar o ar fresco da Primavera, mas fugir ao máximo do contacto com grandes multidões, a Época Baixa poderá ser um belíssimo momento para regressar ao Barlavento Algarvio. Assim que as viagens entre concelhos estiverem regularizadas, poucas coisas vão saber tão bem como voltar a cheirar os aromas da costa do Algarve. Até lá, vamos fazendo planos e, se quiser vir connosco, preparamos uma lista de recomendações imperdíveis para, de Faro a São Vicente, descobrir o melhor do Barlavento Algarvio.

Faro

A velha aldeia piscatória foi transformada no tempo dos romanos num importante centro de comércio de nome Ossonoba. Afonso III conquista-a para ganhar o título de “Rei dos Algarves”, mas a cidade é destruída no Séc XVI por assaltantes britânicos. Já reconstruída, volta a sofrer com o sismo de 1755, fenómeno que justifica que grande parte dos edifícios mais antigos de Faro não remontem a mais tarde do que a segunda metade do século XVIII.

Não perder em Faro: A zona histórica, do centro da cidade até ao porto. O Arco da Vila, através das antigas muralhas, o Largo da Sé e a Sé. No porto, o Museu Marítimo.

Albufeira

Os romanos construíram um castelo, os mouros faziam aqui escala depois da travessia desde o Norte de África, e os Cavaleiros de Santiago “devolveram-na” à Cristandade.  Albufeira foi ainda cenário para as Guerras Liberais, mas, no fundo parece manter a sua alma mourisca. No centro antigo ainda abundam os sinais da arquitetura árabe que, em conjunto com a singular luz algarvia da primavera e os cheiros da época, levam-nos mentalmente bastante mais para sul.

Não perder em Albufeira:  A porta manuelina da Igreja de São Sebastião, as ruas em calçada do centro em redor da Rua da Igreja Velha, até ao túnel que nos leva à famosa Praia dos Pescadores.

Portimão

Portimão é sítio de porto (daí o nome) desde que os romanos aqui se instalaram e, antes deles, já os cartigenenses navegavam por estas paragens.Já foi a capital da indústria conserveira portuguesa, mas está hoje, naturalmente, virada essencialmente para o turismo, ou não estivessem aqui algumas das praias mais emblemáticas do Algarve. A começar pela Praia da Rocha, uma das mais concorridas estâncias balneares do país e onde não falta sequer um casino. 

Não perder em Portimão: a zona em redor da Rua Vasco da Gama, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, os restaurantes da marginal e Museu de Portimão

Alvor

Antiga vila de pescadores, o Alvor tornou-se um massivo ponto de veraneio à conta da sua enorme extensão de praia. Muito mais recomendável durante a época baixa, podemos nessa altura usufruir do charme da localidade que também já recebeu romanos e mouros.  

Não perder no Alvor: Junto à vila do Alvor fica a praia dos Três Irmãos, abrigada entre rochedos e com um extenso areal. Mesmo ao lado fica a Prainha, feita de pequenos areais em forma de concha. E vale também a pena experimentar a a praia de João de Arens, um pequeno paraíso não muito longe da mais conhecida praia do Vau.

Lagos

Numa enorme baia, Lagos ganhou uma modernidade que desafia o seu passado histórico. As Descobertas transformaram a cidade, pela mão do Infante Dom Henrique, num importante centro naval a partir do séc XV. Recordação mais negra é o facto de ter sido também aqui o primeiro mercado de escravos europeu, marco assinalado nas arcadas da Rua da Graça.

Não perder em Lagos: Arcadas da Rua do Castelo dos Navegadores, monumentos de Gil Eanes e D. Henrique, assim como o Forte da Ponta da Bandeira

Sagres, onde a terra acaba e a cozinha algarvia começa

Sagres

Chegados à zona de Sagres a paisagem começa a mudar, tornando-se mais bruta e anunciando o extremo da costa. Dom Henrique terá usado a povoação como ponto de partida para o sonho da expansão marítima, com as terras de África na mira. Já pouco resta dessa altura: os muros sobreviventes da fortaleza são do século XVII, mas existe ainda uma ROsa dos Ventos que se diz ter sido usada pelo Infante.

Não perder em Sagres: a bonita praia da Marreta, a fortaleza e alguns dos melhores restaurantes de marisco algarvios. Experimente o mexilhão e os búzios, os melhores da região.

Cabo de São Vicente

Já se acreditou que o Cabo de são Vicente era o fim do mundo. Os romanos chamaram-lhe Promontorium Sacrum, tal a imponência do rochedo de mais de 60 metros de altura, e conta-se em lenda que o corpo de São Vicente deu aqui à costa no Séc IV. Será também lenda, ou pelo menos uma história mal contada, que o Infante Dom Henrique viveu aqui, pois não se encontram sinais disso. 

Não perder no Cabo de São Vicente: Encher os pulmões com o ar marítimo, ouvir o som do vento no alto do cabo e perceber o desafio do oceano, a forma como o mistério do desconhecido, levou o homem à descoberta. Afinal, o Algarve, longe das épocas de grande afluência, continua a ser uma descoberta.

Good Year Kilometros que cuentan