Guimarães a Viana do Castelo: viagem pelo nascimento do país

5 Março | 2021 | Goodyear

Portugal nasceu em Guimarães e cumpriu-se em Viana do Castelo. Venha com a Goodyear num passeio do berço da nacionalidade até ao encontro com o Atlântico.

Se Portugal nasceu em Guimarães, teve um encontro com o destino em Viana do Castelo. Foi na capital do Condado Portucalense que Dom Afonso Henriques passou os seus primeiros anos de vida (o local exato de nascimento é ainda disputado), enquanto na cidade ribeirinha da foz do Lima, cinco séculos mais tarde, se partia para as rotas das Índias e das Américas e, já no séc. XIX, para a aventura do bacalhau. A unir as duas cidades, um eixo que nos leva através das belas paisagens do Minho e da sua História. Venha com a Goodyear, nesta viagem à descoberta da nacionalidade, de Guimarães a Viana do Castelo. 

O berço da nossa viagem

Com o peso de ser a velha figura do “berço da portugalidade” e Património Mundial da Humanidade da UNESCO, Guimarães não desilude. Apesar das expectativas elevadas que estes atributos lhe conferem, o centro histórico e o castelo estão num relativo bom estado de conservação e inspiram ainda memórias de 1139. 

A Rua de Santa Maria é cenário para uma viagem ao passado: ladeada por alguns dos edifícios mais antigos da cidade, encontramos aqui elementos característicos das antigas casas de Guimarães em risco de desaparecimento, como é o caso das varandas de madeira, as janelas de rótulas, as paredes caiadas a tons ocre e as portas renascentistas. 

Não perder em Guimarães: o Castelo, Igreja de São Miguel, Paço dos Duques de Bragança, a Rua de Santa Maria e os Paços do Concelho. O estômago poderá alegrar-se com o cabrito assado, bacalhau com batatas a murro, vitela assada, toucinho-do-céu, torta das costinhas e os melindres.

Muito antes da nacionalidade

Em Salvador de Briteiros encontramos a Estação Arqueológica de Citânia. Estas ruínas incluem habitações e estruturas defensivas, num complexo que é uma das maiores povoações proto-históricas do Norte de Portugal. Construída durante a Idade do Ferro e escavada por Martins Sarmento (ao qual é dedicado um museu em Guimarães), terá sido habitada entre os séculos IV e V a.C. por grupos de Celtiberos e, a partir do ano 20 a.C., pelos Romanos que controlavam a Península. 

Não perder na Citânia de Briteiros: Um conjunto de percursos marcados leva-nos através de ruas empedradas, cisternas subterrâneas, esgotos e condutas de água. Complemente com uma visita ao Museu Martins Sarmento, alojado no claustro do Convento de São Domingos, onde encontramos achados desde a Idade da Pedra. Está aqui o Colosso de Pedralva, uma figura de pedra com cerca de 3 metros de altura.

Braga e o Bom Jesus do Monte

Com o destaque de ser o Melhor Destino Europeu em 2021, Braga vai estar nas bocas do mundo durante os próximos meses e com bons motivos. Centro económico, histórico e industrial de uma região muito populosa, fica na fronteira entre as altas serras do interior e os campos de agricultura e pasto que se espraiam na direção do Atlântico.

A leste de Braga, numa encosta, fica o desafio da Escadaria do Bom Jesus. Representa-se aqui uma Via Sacra que passa por 14 capelas que apresentam o percurso da Paixão e Crucificação de Cristo. A meio do percurso fica o Escadório dos Cinco Sentidos, representados por fontes e estátuas de figuras bíblicas. O Escadório das Três Virtudes desemboca no topo, onde temos acesso à igreja e a uma vista impressionante. 

Não perder em Braga: papas de serrabulho, o Pudim  à Abade de Priscos, os sameiros, os fidalguinhos e a doçaria de São Vicente, e qualquer uma das sugestões que já vos deixámos neste blog.  

Barcelos, feira do Minho

Na região em redor de Barcelos encontramos reservas de barros que deram a matería-prima para alguns dos mais conhecidos ex-libris da região, resultados da tradição em olaria e cerâmica. Trabalha-se ainda a palha, a madeira e o ferro, para criar artesanato dos mais variados tipos, do vestuário ao mobiliário. Os exemplos mais icónicos são os carros de bois, os trajes das lavradeiras e, impossível esquecer, o famoso Galo. Tradição local, a feira semanal decorre no Campo da República. Aqui compra-se de tudo, do vestuário a gado vivo, passando pelo artesanato e produtos locais.

Não perder em Barcelos: as Festas das Cruzes, em Maio. Originalmente de cariz estritamente religioso, é agora uma feira de índole popular com carrosséis, barraquinhas de comes e bebes, corridas de cavalos, cortejos, fogo de artifício no rio Cávado, e cantares ao desafio nas ruas da cidade.

No alto de Santa Luzia

Viana do Castelo fica no estuário do Rio Lima e a melhor vista para o cenário é a partir do Monte de Santa Luzia. Apanhe o elevador, suba até à basílica do século XIX, inspirada no Sacré Coeur de Paris, e sinta o espírito de peregrino. Lá de cima, do Zimbório, além da cidade, vai poder ver a linha de costa, desde o Cabedelo até Vila Praia de Âncora. Ainda no monte, há um bosque, uma pousada e uma citânia para explorarmos.

Descendo até Viana do Castelo, encontramos um museu vivo de História: o período medieval no Hospital Velho, o quinhentismo nas Casa das Lunas e Casa das Janelas ou fachadas das igrejas, as Gárgulas do Castelo da Barra de seiscentos, até à riqueza do século XVIII, como o palacete dos Barbosas Maciéis.

Não perder em Viana do Castelo: Museu de Artes Decorativas (no Palacete dos Barbosas Maciéis), com cerâmicas raras, mobiliário, pinturas e achados arqueológicos. Capela de Nossa Senhora da Agonia, de onde sai a famosa procissão com o mesmo nome em Agosto.

Good Year Kilometros que cuentan