Qualquer um destes campeões define aquilo que consideramos ser um carro de corrida. É em Le Mans que separamos o trigo do joio. Conheça os melhores.
Le Mans https://quilometrosquecontam.com/le-mans-2020/ é especial por muitos motivos. É como um Grande Prémio de F1, mas com duração de 24 horas, onde há uma comunhão perfeita entre o público e os pilotos. É o único local onde é possível ver um “estampido” de carros de corrida a percorrer as ruas para alegria dos fãs. Le Mans é onde a maioria das marcas tem feito o seu nome e criado a sua história e lenda ao longo dos seus quase 100 anos de vida. Em todo esse tempo, houve grandes feitos dos pilotos, corridas memoráveis e momentos para nunca esquecer (sim, Le Mans 66 https://quilometrosquecontam.com/le-mans-66/ e muito mais), mas desta vez vamos concentrar-nos nos carros mais icónicos, década após década, que circularam na pista de La Sarthe. 3-2-1-Partida!
Os carros que fizeram a lenda de Le Mans
Bentley Speed Six. Os “Bentley boys” eram um grupo de ricos empresários que, ao longo da década de 1920, alcançaram até cinco vitórias ao volante de um veículo do fabricante britânico. O modelo mais icónico foi o Bentley Speed Six6, com motor de 6 litros e 147 cv, incomparável no final da década de 20 e que se tornou um dos carros mais famosos do século XX, e o melhor sucedido carro da marca.
Alfa Romeo 8C. Nas décadas que se seguiram, Itália foi a grande dominadora da prova graças ao Alfa Romeo 8C.
Ferrari 166 MM. O nascimento da Ferrari, que com o modelo 166 MM, conseguiu vencer a prova após a paralisação causada pela Segunda Guerra Mundial.
Jaguar D-Type. A Jaguar devolveu o título à Inglaterra na década de 1950 com o D-Type, construído exclusivamente para Le Mans.
Porsche 917. A década de 1970 viu a vitória da Porsche pela primeira vez e desde então não parou de vencer: é o fabricante com mais vitórias (19) na pista de La Sarthe. O modelo 917 é sem dúvida o mais icónico desta época e tornou-se uma lenda quando Steve McQueen o conduziu durante as filmagens do filme “Le Mans”.
Ford GT 40. Levava um motor V8 em posição longitudinal que o levou não apenas a dominar Le Mans de 1966 a 1969, mas também a tornar-se o carro mais desejado.
Porsche 956. Na década de 1980, a Porsche era imbatível. Os alemães ganharam um total de 7 vezes em 10 anos e grande parte dessa sequência de vitórias se deve ao Porsche 956, que desenvolveu uma potência máxima de mais de 600 cv a 8200 rpm. Depois de adaptado para o campeonato americano e para o Grupo C, agora denominado como 962 e 962C, continuaria a ganhar até 1994.
Mazda 787B. Na década de 1990, o Mazda 787B despertou grande paixão e colocou o Japão no mapa do motor.
Peugeot 905. A Peugeot também brilhou com o Peugeot 905, um modelo muito parecido com os carros de Fórmula 1 da época.
Audi R8 e Audi R10. O início do século XXI traz a hegemonia da Audi. Os Audi R8 e R10 fazem parte da História das corridas e permitiram à marca alemã dominar em Le Mans
Toyota TS050. Com o Toyota TS050 Fernando Alonso conseguiu vencer duas vezes (2018 e 2019), algo que parece anunciar que o futuro é da marca japonesa.
Le Mans 66
Um capítulo à parte merece a década de 60, onde ocorreu uma das batalhas mais lendárias da história do automobilismo. Por volta de 1963, houve um boato de que Enzo Ferrari queria vender a empresa à Ford. A marca norte-americana queria aprimorar a sua parte desportiva e a Ferrari queria resolver os seus problemas económicos. Tudo foi discutido, mas o magnata italiano não concordou em ficar de fora da gestão desportiva da sua equipa e quebrou o acordo. Henry Ford II, ferido no seu orgulho, não parou de trabalhar até desenhar o fantástico Ford GT 40, um dos mais bem-sucedidos e que conquistou mais de uma vitória memorável.
Le Mans: o teste definitivo do renovado WEC 2021
Este ano, Le Mans traz uma estreia no campeonato de Resistência – WEC. A categoria principal até agora, o LMP1, desaparece e será substituído pelo HYPERCAR. Os HYPERCARs de Le Mans coexistirão com os LMP1s não híbridos este ano e serão carros esteticamente semelhantes aos LMP1s, mas menos rápidos e complexos. Mas, acima de tudo, serão mais baratos e com potência limitada.
A segunda classe mais importante, LMP2, não muda: os veículos continuarão a ter um motor Gibson e a luz azul continuará a funcionar como identificação. Para a edição deste ano, há 25 pilotos inscritos. Depois de uma campanha inaugural bem-sucedida do Campeonato Mundial de Resistência da FIA (WEC) na última temporada, a Goodyear entra em uma nova era como parceira oficial do campeonato, fornecendo pneus para todos os carros da classe de protótipos LMP2. A grelha é composta por uma mistura de protótipos da Ligier e da Oreca, produzindo cerca de 536cv com os seus motores V8 de 4,2 litros. O estatuto do Campeonato do Mundo é sublinhado por equipas provenientes de dez países e pilotos de 19 nacionalidades diferentes.
Por fim, teremos as categorias do GT. No LMGTE Pro, competem pilotos profissionais e equipas que buscam a vitória, enquanto no LMGT Am incluem-se pilotos com lincença de amador e usam-se carros com pelo menos um ano de idade em comparação com os usados no LMGTE Pro.
Nos dias 21 e 22 de agosto poderemos desfrutar da nova categoria HYPERCAR e seus novos veículos que certamente não deixarão sua marca apenas no asfalto de Le Mans, mas na retina de todos os espectadores. Os novos carros de Le Mans estão aí!
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