A mobilidade elétrica está a mudar as nossas cidades. Saiba o que esperar nos próximos anos.
As cidades estão a mudar aos poucos, estão a adaptar-se às novas necessidades de mobilidade dos cidadãos e, nos últimos anos, generalizou-se que o pedestre deve estar no centro de todas as decisões e não os carros de combustão interna. De acordo com a Agência Europeia do Ambiente, as cidades ocupam apenas 2% da superfície terrestre; no entanto, cerca de 56% da população mundial vive em cidades. Existem mais de 500 cidades com mais de um milhão de habitantes.
Com estes dados na mesa, o objetivo de todas as autoridades está focado em alcançar cidades mais eficientes e sustentáveis e ter sempre as pessoas no centro de todas as decisões. Neste novo contexto, o conceito de mobilidade vai muito além dos veículos. Passamos em revista os pontos-chave da mobilidade elétrica e como as cidades se adaptam à nova realidade.
No caminho para uma nova normalidade elétrica
A União Europeia apresentou a sua estratégia de mobilidade sustentável e inteligente em dezembro de 2020, um relatório sobre o qual estabelece as bases de como será o transporte no futuro próximo na UE para alcançar os objetivos de transformação verde e digital. Algumas das metas para 2030 incluem que pelo menos 30 milhões de carros com emissão zero circulem pelas ruas de municípios europeus e mais de 100 cidades europeias produzam um impacto neutro nas emissões derivadas de fontes fósseis e a generalização da mobilidade autónoma.
Para atingir estes e outros objetivos, os líderes já estão a repensar as cidades de amanhã com base em três aspectos fundamentais.
Meios alternativos de transporte
Nas novas cidades, valoriza-se a possibilidade de as pessoas se deslocarem de um local para outro sem utilizar o carro, a pé ou com meios de transporte alternativos. A bicicleta é um meio que não parou de crescer nas nossas cidades, as ciclovias e ruas com prioridade à bicicleta ganharam muita importância nos últimos anos. O auxílio para compra de bicicletas elétricas foi normalizado e o bikesharing não para de crescer. Os chamados Veículos de Mobilidade Pessoal (VMP), como as trotinetes elétricas, também encontram o seu nicho na cidade, embora com um pouco mais de polémica devido à falta de legislação sobre as medidas de segurança que os seus utilizadores devem respeitar.
Autocarros eléctricos e autónomos
Outra das ambiciosas metas que qualquer cidade tem de colocar para uma melhor mobilidade elétrica é a eletrificação do transporte público. Neste sentido, a Goodyear equipa três shuttles 100% elétricos e autónomos no Luxemburgo com pneus inteligentes que recolhem uma série de dados que são analisados para melhorar a eficiência do serviço.
Não é o único projeto em que a empresa está envolvida atualmente. O sistema Goodyear Drive-Over-Reader (DOR) é um dispositivo capaz de verificar a pressão e o estado dos pneus para transmiti-los diretamente à central e assim garantir que todos os autocarros circulam com a pressão correta. Uma calibragem errada dos pneus piora a autonomia e causaria atrasos desnecessários para os passageiros.
Para que uma frota de pesados elétricos seja eficiente, os pneus, além de terem a pressão correta, devem ter uma resistência ao rolamento muito baixa. Para maximizar o alcance, muitos autocarros já utilizaram pneus especiais de baixa resistência ao rolamento da Goodyear com resultados muito satisfatórios.
Uma cidade sustentável e agradável para se viver é também uma cidade sem barulho. E os pneus desempenham um papel importante. À medida que os veículos circulam, o som ressoa pela cavidade que é preenchida com ar, o que, além do ruído, faz com que, gradualmente, perca pressão. Construções sem ar, como os pneus Goodyear DURAWEB, reduzem o ruído e não furam.
A década elétrica
O tráfego rodoviário nas cidades gera pelo menos 50% da poluição e, para enfrentar esse problema, as instituições criaram os primeiro protocolos antipoluição que inicialmente limitavam o acesso aos veículos mais poluentes. Posteriormente foi implementado com planos municipais, que restringem permanentemente o acesso a uma determinada área da cidade.
Nesse contexto, todos os fabricantes de automóveis têm vindo a apresentar datas nas quais irão deixar de fabricar veículos a gasolina ou a diesel. Híbridos e elétricos não são ficção científica, mas sim uma realidade.
Cidades inteligentes
O grande desafio da nova mobilidade elétrica urbana passa pela utilização de Big Data que recolhe e analisa os milhares de dados de veículos ligeiros e pesados, pedestres e semáforos para uma melhor e mais eficiente organização do trânsito e da cidade.
Se estas medidas forem implementadas rapidamente, em poucos anos poderemos desfrutar de um novo conceito de cidade e mobilidade, mais verde e mais limpo.
