A passagem de ano foi memorável? Chegou a casa de rastos? A sua memória tem algumas horas de espaço em branco que não consegue preencher? Não vale a pena preocupar-se, o que precisa é mesmo de relaxar. É para isso mesmo que lhe deixamos esta playlist.

Está esgotado, não há volta a dar. E o melhor é começar a aceitar que hoje não vai fazer absolutamente nada a não ser “mongar”, por isso aceite a ajuda dos Beatles com I’m So Tired. Se pelo menos já conseguiu levantar-se da cama e ir olhar pela janela, talvez se tenha deparado com um dia nebulado, daqueles que Paul Simon e Art Garfunkel cantavam em Hazy Shade of Winter.

E, por esta altura, já se terá apercebido da sensação, ditada erradamente pela ressaca, de que o mundo inteiro está contra si e deixa que Aimee Mann apele por si: Save Me. Mas é aqui que começa a recuperar a memória da noite anterior e não pode deixar de sorrir melancolicamente enquanto escuta a voz de Lana Del Rey a cantar The greatest, que até é uma das grandes canções que o ano passado nos deixou.

Deixe-se ir

Percebeu finalmente que o melhor é relaxar, deixar-se ir e planar ao som dos Fleetwood Mac e do seu indolente instrumental Albatross. E já que estamos nos clássicos, que tal uma incursão até aos Black Sabbath? Não, não queremos acordá-lo do seu torpor, propomos antes uma versão deliciosamente soft do imortal Iron Man pela voz relaxante de Nina Persson dos suecos The Cardigans.

A onda está a ficar definitivamente soul e é aqui que entra um dos seus monstros sagrados: Otis Redding. Try a Little Tenderness para começar o novo ano e a nova década. Da soul aos blues vai, às vezes, um pequeno passo. Embale-se com um dos seus maiores representantes modernos, a dupla Black Keys e este Never Gonna Give You Up, um clássico de 1968 originalmente cantado por Jerry Butler.

Está na altura de animar-se um pouco e Ed Sheeran tem a receita ideal nesta soberba versão do mítico Baby One More Time de Britney Spears. A ressaca começa definitivamente a deixar o seu corpo e sente que, afinal, pode encontrar o céu sem sair do seu quarto, como aliás canta a italiana Mina numa “canzone eterna”, Il cielo in una stanza.