Rock matinal: músicas que nos arrancam da cama

28 Março | 2016 | Goodyear

Spotify: grandes clássicos para uma condução bem disposta

Uma playlist spotify para dar energia ao mais dorminhoco e provocar um sorriso no mais mal disposto. Se precisa de se fazer à estrada bem cedo e não lhe basta o café matinal para reencontrar o prazer da condução, experimente a nossa selecção musical e vai ver que acorda mais depressa do que com uma italiana dupla.

Hey Ya! – Radio Mix / Club Mix – OutKast. Se há tema viciante é este hit de 2003: um groove que ultrapassa o desenho habitual do hip hop, uma melodia que todos podemos assobiar e um refrão tão simples que o podemos entoar mal nos levantamos da cama, por muito macambúzios que ainda estejamos pela manhã. “Shake it like a Polaroid picture” era o que cantavam Dré e Boi e, ainda hoje, este é um tema que nos convence sempre a abanar a anca.

Should I Stay or Should I Go – The Clash. Ainda está com dúvidas? Vá lá… tem que ser… Se já meteu o pé fora da cama, agora não é altura de voltar para trás. O tema dos Clash tem uma história de amor punk na sua essência, mas esta nunca foi banda que se interrogasse se deveria ou não fazer-se à estrada: sempre em frente, nunca parar, era o lema dos ingleses e o resultado está à vista: de A a Z, deixaram-nos um legado só com grandes, grandes canções.

Learn to Fly – Foo Fighters. Dave Grohl diz que este é um dos temas de que menos gosta na sua carreira com os Foo Fighters, mas não pode negar que foi uma das canções que colocou a banda no mapa global por direito próprio. Apesar do reconhecimento anterior com alguns pequenos hits e presença constante na MTV, foi “Learn to Fly” e o seu vídeo que dispararam a banda para o estrelato. Ainda hoje é um momento grande nos seus concertos e já deu origem a vários vídeos de tributo à banda.

Sex on Fire – Kings of Leon. A determinada altura parecia que esta canção nunca iria sair das ondas do rádio. Passado tempo suficiente para passar o enjoo, já a podemos voltar a apreciar como o grande tema que é. Podia nunca sequer ter sido editada, porque a banda a considerava uma ideia incompleta, mas o resultado mostra-nos porque é que continua a ser uma favorita dos estádios: ritmo tenso e em crescendo, um refrão para ser cantado a plenos pulmões, com Caleb Followill em pico de forma.

Somebody Told Me – The Killers. À banda de Brandon Flowers nunca faltou adrenalina e a energia em todos os seus hits subsequentes, mas este já tem tempo suficiente para que possa ser ouvido com a nostalgia que reservamos para os primeiros singles e mostrou que “Mr. Brightside” não era um mero acaso. Andrógeno e maroto q.b., soa como se a banda tivesse sido alimentada desde criança com doses massivas de Spandau Ballet e rock de estádio.

Bombtrack – Rage Against The Machine. O primeiro álbum dos Rage Against the Machine não é menos do que um dos marcos mais importantes do rock desde os anos 90. Começa de forma quase inocente e, como uma bomba, cai em cima do ouvinte com a subtileza de um trailer. Este riff de guitarra, o bombo seco e a forma de cantar de Zach iriam marcar toda uma geração de rockers que ainda nem conseguia perceber bem o que acabava de aterrar. Mas, se este era o primeiro tema do álbum, logo a seguir vinha “Killing in the name” e a indústria musical nunca mais seria a mesma…

Suck My Kiss – Red Hot Chili Peppers. Os anos 90 foram pródigos em bandas que juntavam grooves viciantes com guitarras musculadas e os Red Hot Chili Peppers podem ter sido os mais coerentes e aventureiros dessa leva. “Blood Sugar Sex Magik” é um disco que ainda não perdeu relevância e é quase um manual de como fazer rock destinado directamente aos livros de História. “Suck my Kiss” é, como se dizia na altura, “infecioso” desde o primeiro slap do baixo de Flea, até à última palavra de Anthony Kiedis.

Midlife Crisis – Faith No More. Na fronteira entre os 80 e os 90, quem andasse atento ao rock alternativo já tinha ouvido falar deles, mas foi “Angel Dust” que os tornou massivos em todo o mundo. Com Mike Patton, os Faith no More aprimoravam a sua mistura de funk e metal com laivos pop e, mesmo que optando por guitarras mais “pesadas” do que em discos anteriores, conseguiram chegar a um público maior. “Midlife Crisis” é um exemplo do bom sentido de humor que desde sempre atravessou a música da banda, em que uma crise de meia-idade acontece logo a seguir aos 30.

Supermassive Black Hole – Muse. Há bastantes anos atrás houve quem se atrevesse a apontá-los como os “próximos-Radiohead”, mas a banda haveria rapidamente de provar o quão errados estavam. Apostando num som simultaneamente cada vez mais rock mas também mais ritmado, com elementos glam e sinfónicos que os transformaram numa das melhores bandas ao vivo da actualidade, “Supermassive Black Hole” é simultaneamente energético e sexy, melódico e sujo. E é disso que vive o rock desde a sua antiguidade (mesmo que essa tenha começado só nos anos 50…), seja com os falsetes do Prince ou o jingar de anca do Robert Plant.

You Shook Me All Night Long – AC/DC. Se “Back in Black” é aquele monumento a que nenhum fã de rock coloca defeito, “You Shook Me All Night Long” piscava o olho à pop dos anos 80 de forma completamente descarada. Sem receio de brincar com duplos-sentidos e exibir marotice suficiente para chocar o planeta inteiro, a banda diferenciava-se da geração de rockers-spandex que se preparava para assaltar os tops de venda sem, contudo, alguma vez chegarem à genialidade dos originais australianos.

Good Year Kilometros que cuentan