Pelo Vale do Douro

14 Maio | 2015 | Goodyear

Se não conhece ainda, meta o vale do Douro no topo da sua lista de destinos para as próximas escapadelas. Se já conhece, seja sincero: está cheio de saudades não está?

Há quem diga, e não está a mentir, que o nosso país tem uma costa excepcional. Mas ao interior também não faltam coisas, locais e paisagens capazes de seduzir o viajante. O vale do Douro faz parte desse Portugal primordial que ainda resiste à beira da estrada, escondido por baixo de séculos de História. Infelizmente o fim de semana é muito curto, mas não curto o suficiente que não nos permita descobrir os encantos deste lugar único.

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    Amarante, entre a história e o vinho

    O pontapé de saída pode ser dado na cidade de Amarante, protegida pela Serra da Marão e atravessada pelo Tâmega. Este histórico município de Portugal esconde locais e recantos que apaixonam ao visitante e o obrigam a lamentar-se, mais uma vez, o quão curto é o fim de semana. Aliás, o local de nascimento de Teixeira de Pascoaes tem muito a oferecer quanto à gastronomia e ao inevitável vinho verde. Se não ficar satisfeito com o bacalhau do almoço, fique a saber que Amarante é conhecida também pela doçaria conventual, verdadeira arte centenária recheada de expoentes como os papos d’anjo ou as brisas do Tâmega.

    Mas veio pelos vinhos? Não desespere, ainda agora aqui chegámos. Na região dos vinhos verdes, as condições climatológicas permitem castas brancas como o Azal e tintas como o Espadeiro, que crescem no solo granítico que lhes oferece aquele sabor “velho”, o aroma da saudade.

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    Continua a viagem
    O percurso do fim de semana pode levar-nos depois até ao Peso da Régua, pela estrada N101 (52 minutos). A moderna povoação nasceu pela união, em tempos relativamente recentes, das duas localidades originais, Peso (deitada na encosta ) e Régua (estimulada pela chegada do comboio).  Paragem obrigatória: o Museu do Douro, onde o viajante conhecerá melhor a terra que visita, com exposições temporárias e permanentes que valem a pena serem visitadas. Ali, muito perto, fica o miradouro de São Leonardo da Galafura, uma paisagem que o escritor Miguel Torga definiu como um “poema geológico”, e onde podemos contemplar o Vale e a Serra do Marão.

    Se tiver ainda vontade e tempo para conhecer mais sobre a região, uma belíssima ideia é a viagem até Vila Real (estrada N2 e 31 minutos), onde fica a Casa de Mateus, o afamado palácio monumental que inspira o vinho homónimo. Se não quiser mergulhar no património histórico e preferir a natureza selvagem e indómita, vale a pena conhecer o Parque Natural do Alvão, onde pode visitar a cascata de Fisgas do Ermelo, uma das maiores quedas de água do nosso país e até mesmo da Europa. Se tiver também interesse pela fauna e flora da região, deve saber que aqui encontrará uma das mais importantes populações do lobo ibérico de Portugal.

    Esta é uma viagem curta e reconfortante, que pode ser feita e plenamente aproveitada nas poucas horas que vão da tarde de sexta-feira até à noite de domingo. A dormida pode ser encontrada com facilidade a preços muito variados.

    Se não conhece ainda, meta o vale do Douro no topo da sua lista de destinos para as próximas escapadelas. Se já conhece, seja sincero: está cheio de saudades não está?

    Good Year Kilometros que cuentan