Goodyear Portugal: quais os pilotos lusos que correm com pneus Goodyear?

31 Maio | 2021 | Goodyear

Félix da Costa, Tiago Monteiro e Filipe Albuquerque calçam Goodyear nas competições que querem ganhar em 2021. Conheça melhor os pilotos Goodyear e até um novato luso-angolano!

Mesmo quando não são primeiras páginas de jornal, temos pilotos portugueses ao mais alto nível do desporto automóvel mundial. Nomes como António Félix da Costa, Filipe Albuquerque e Tiago Monteiro não precisam de estar (ou continuar) na Fórmula 1 para serem chamados a equipas de topo, em projectos com o objectivo de trazer títulos para casa. Estão em algumas das provas de GT mais prestigiantes, nos campeonatos de resistência mais exigentes e são peças fundamentais nas suas equipas. Claro está que, como pilotos de topo que são, também correm com pneus Goodyear em várias das competições em que participam. Continue a ler e fique a conhecer melhor três pilotos nacionais e um luso-angolano que, em 2021, contam com a Goodyear para lutar pelo título.

António Félix da Costa, um campeão elétrico

Nascido em Cascais, António Félix da Costa teve o clássico início de carreira nos karts. Ganhou diversas corridas e títulos não só em Portugal, mas também na Europa, Ásia e no World Series Karting Championship. Em 2008 dá o salto para a Fórmula Renault (2.0l e depois 3.5l) e inicia-se na Fórmula 3 em 2010. Em 2014 tenta algo diferente dos monolugares a que estava habituado e começamos a encontrá-lo nas provas do DTM. Nos anos seguintes, voltamos a vê-lo em provas de GT como a Blancpain, nos GTE Pro em Le Mans ou até no campeonato Stock Car Brasil. 

Mas, com início também em 2014, tem sido a sua carreira na Fórmula-E que mais destaque tem trazido ao piloto português. Depois da Team Aguri e de várias encarnações da Andretti Autosport, já na DS Techeetah, António Félix da Costa sagrou-se campeão do mundo da disciplina na temporada de 19/20. Além da fama, recebeu ainda a Ordem de Mérito das mãos do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Mas a temporada não trouxe só um novo campeão de Fórmula-E: foi também a temporada em que António Félix da Costa se juntou à Jota no Campeonato do Mundo de Endurance da FIA (WEC) e, por acrescento, foi um dos nomes presentes no regresso recente à competição da Goodyear. Correu inclusive com uma genial decoração a amarelo e azul, com o nosso Pé Alado bem presente. Somos suspeitos, mas não temos medo de o afirmar: era o LMP2 mais bonito em pista durante todo o ano.

Filipe Albuquerque, nome grande da endurance

A escalada para o mais alto nível da competição automóvel tem (quase) sempre os karts como pedra fundadora. Filipe Albuquerque não é excepção e começou também aí, até rumar ao campeonato espanhol de Fórmula 3 com o patrocínio da Red Bull. Uma vaga surpresa na equipa de Fórmula Renault da Red Bull dá-lhe uma hipótese que não deixa fugir e, muito em breve, dá também o salto para o campeonato alemão da categoria. Assim, no mesmo ano, termina os campeonatos em sexto em Espanha, quinto na Eurocup e terceiro na Alemanha, sendo o melhor rookie em todos. Em 2006 dedica-se apenas à Eurocup e ao Campeonato do Norte da Europa, sagrando-se campeão em ambos.

Até 2009 compete nos 3.5l, GP2 e A1, onde termina em terceiro, até que se muda para os GTs. Faz então várias temporadas do campeonato italiano com a Audi, até que em 2011 se inicia no DTM e nas Blancpain Endurance Series. A fase que então se inicia foi determinante para o tipo de piloto que hoje é Filipe Albuquerque: os resultados na Blancpain, a vitória nas 24 Horas de Daytona de 2013 e outros momentos acabam por levá-lo em 2014 até às European Le Mans Series com a Jota e a Le Mans com a Audi Joest. 

Desde então, já foi por uma vez campeão e teve dois segundos lugares nas ELMS, foi campeão do mundo de resistência (FIA WEC) e venceu as 24 Horas de Le Mans em LMP2. Ao escrevermos este artigo, está na primeira posição da temporada de 2021 dos campeonatos WeatherTech (IMSA) e WEC (FIA) e é um dos mais sérios candidatos à vitória em ambos.

Rui Andrade, o novo “embaixador angolano”

Apesar de ter nascido em Luanda e estar a tornar-se num embaixador do desporto angolano, Rui Andrade tem dupla nacionalidade e corre com licença desportiva portuguesa nas Le Man Series e, mais recentemente, no FIA WEC. Arrancou a carreira em 2014 nos karts angolanos, foi para a F4 em Espanha, seguiu para os Emirados Árabes Unidos e foi aí que começou a obter pódios. Em 2019 competiu na Euroformula e em 2020, juntou-se à M2 Competition para correr na Toyota Racing Series.

em 2021 é contratado pela G-Drive (na sua parceria com a Algarve Pro Racing)  para correr nas Asian Le Mans Series e os bons resultados (três pódios em quatro corridas) garantiram-lhe a presença logo de seguida nas European Le Mans Series. O hashtag #VisitAngola aparece agora com orgulho no #25 da equipa russa que divide com John Falb e Pietro Fittipaldi e tem sido um bom amuleto: P2 na sua classe em Barcelona e vitória no Red Bull Ring. Pelo meio, Rui Andrade ainda participou na ronda inaugural do Campeonato do Mundo de Endurance de Spa, terminando em P5 entre os LMP2 com pilotos Bronze (13º da geral, 10º em LMP2). 

Se em Portugal ainda não deu muito nas vistas, por não correr nas categorias a que o público nacional costuma dedicar a sua atenção, a verdade é que já começa a ganhar reconhecimento entre os seus pares. Não se passou ainda um ano desde que chegou à endurance, e Rui Andrade já está entre os nomes escolhidos por uma equipa habituada a lutar pelo pódio, a G-Drive, agora operada pela Algarve Pro Racing, para ocupar um lugar num carro do campeonato do mundo. É de manter o olho em cima do jovem piloto angolano!

Tiago Monteiro, o pódio português na Fórmula 1

Nascido no Porto, Tiago Monteiro poderia ter sido “apenas” um profissional da hotelaria, ramo da família e no qual até tirou um curso na Suíça. Contudo a oportunidade de experimentar a velocidade rapidamente se transformou num desejo de vida e, em meados da década de 90, o seu futuro decidiu seguir por novo caminho. Em 97 começou na Carrera Cup Francesa, onde foi campeão na classe B e rookie do ano. Nos dois anos seguintes, vai para a F3, é rookie do ano na primeira temporada e termina em 6ª na segunda. É em 99 que pisa Le Mans pela primeira vez, terminando em P6 em GTS. Durante os anos seguintes corre ainda na Fórmula 3000, Champ Car e World Series by Nissan, sentando-se num Fórmula 1 como piloto de testes da Minardi em 2004. 

Ficará para sempre para a História ao ter sido o primeiro português a subir ao pódio na Fórmula 1. O GP dos EUA de 2005 foi uma corrida atípica, com apenas seis carros em prova, mas Tiago Monteiro conseguiu colocar o seu Jordan logo atrás dos Ferraris de Schumacher e Barrichello, num final de corrida em que tudo poderia ter corrido mal. Foi a primeira vez que o piloto ganhou um pódio na F1 e a última vez que a Jordan teve um pódio. A equipa mudou de nome e a licença foi vendida a novos donos, até que em 2018, a Force India, o seu último proprietário, não renovou. 

Em 2007 Tiago Monteiro muda-se para o WTCC, com a SEAT, e encontra aí o seu habitat natural. Depois de obter o seu melhor resultado de terceiro lugar no campeonato em 2016, seguia na liderança em 2017 quando sofreu um grave acidente em testes em Barcelona. Problemas no pescoço e cabeça poderiam tê-lo afastado da competição definitivamente mas, 415 dias depois, regressou à pista, com direito a guarda de honra dos seus camaradas. Desde então já obteve duas vitórias nas 24 Horas de Nurburgring. Em 2020, o WTCR optou por pneus Goodyear para toda a grelha e o piloto portuense passou também a ostentar o pé alado no seu carro.

Good Year Kilometros que cuentan