Clássicos de Primavera: 10 grandes temas para a estrada

13 Março | 2017 | Goodyear

Prontos para a primeira escapadela de primavera em 2017? Criámos a banda sonora ideal para conduzir de janelas abertas e respirar o ar puro.

Chegou a melhor altura do ano: a primeira viagem de carro que vamos fazer esta primavera precisa de uma banda sonora à altura e fomos à procura de 10 temas cheios de boa disposição. O objetivo é meter toda a gente no carro com vontade de meter as mãos no ar em celebração, e acolher o bom tempo de braços abertos. Como todas as boas seleções, juntámos um bocadinho do “velho” com uma pitada de “novo” e asseguramos que, mesmo assim, o resultado vai ser capaz de produzir um sorriso nos mais empedernidos, enquanto todos os outros afugentam a morrinha do inverno a abanar as ancas.

Com o seu ritmo rápido e preciso, sentimento rock e um refrão que nos mete a gritar “Run run runaway, runaway…”, Runaway Baby de Bruno Mars é a canção perfeita para nos meter na estrada com a adrenalina e a boa disposição em alta. As atuações ao vivo do cantor são extremamente energéticas e esse vibe é perfeitamente passado neste grande tema.

Baixamos o número de batidas e optamos por uma paisagem mais onírica: Motorcycle Emptiness dos Manic Street Preachers é tema bastante mais melancólico, mas capaz de condizer perfeitamente com as luzes e sombras que a vegetação em flor à beira das estradas portuguesas produz nesta altura. O som desta guitarra parece fazer-nos planar sobre o asfalto, à medida que devoramos curva após curva.

Mesmo que a eletrónica seja elemento fundamental do som dos Empire of The Sun, o duo australiano conseguiu sempre vesti-la com roupagens muito pop, que aproveitam o forte ritmo da batida mecânica para criar temas viciantes como este Half Mast. Se há música de dança primaveril, este é com certeza um dos melhores exemplos e pode servir de banda sonora perfeita para ensaiar coreografias dentro do carro.

Mas, se fazemos uma visita à pop eletrónica de dança mais viciante, a viagem tem que incluir uma rápida incursão por Manchester, com os New Order e um dos singles mais luminosos que a banda editou, Bizarre Love Triangle. Não há muita música de dança que sobreviva tão bem aos anos e que soe tão bem dentro E fora de uma discoteca.

Algumas décadas depois dos New Order, os britânicos não perderam a sua capacidade de compor temas épicos e radiosos. Os Cold Play resultam sempre bem em estádios ou outros locais a céu aberto e Speed of Sound traz essa mesma sensação para o prazer da condução. “All those places I’ve found and birds go flying at the speed of sound”, é frase que resulta como banda sonora perfeita para as descobertas que vamos fazer na nossa próxima “road trip”.

Logo aos primeiros versos, And She Was dos Talking Heads cheira a primavera, enquanto nos fala de uma rapariga deitada na relva que aprecia o mundo que vive e respira à sua volta. O facto da personagem estar sobre o efeito de drogas é secundário para nós, pois não precisamos de alucinogénios para apreciar a natureza que desponta nesta altura do ano. Basta abrir os olhos em qualquer estrada portuguesa e o prazer é 100% natural e 100% eficaz.

Os coros e o ritmo de You Can Call Me Al foram buscar a África a inspiração e é esse espírito quente que gostamos de sentir quando abrimos as janelas para respirar a brisa primaveril numa qualquer viagem para sul. Paul Simon relata o resultado da sua estada na África do Sul e de como isso mudou a sua perspetiva sobre a vida. E é exatamente isso que procuramos numa viagem memorável!

Para melhor apreciar a paisagem, abrandámos um pouco o ritmo nos últimos temas, mas a estrada tem a sua forma muito própria de nos convidar a pisar no acelerador. Sem excessos, o asfalto diz-nos que somos Rebel Rebel e o rock de David Bowie soa igualmente bem em cima de uma mota ou dentro de um carro de família.

“Óbvio!”, grita um dos nossos leitores e nós concordamos: Born to Run é a Canção Definitiva de qualquer playlist dedicada ao prazer da condução. Contudo, segundo todas as regras da música rock, Bruce Springsteen já deveria ser só um dinossauro, merecedor do nosso respeito é certo, mas até os millenials se renderam à voz e energia do boss e aparecem agora novos fãs na geração dos 20. E esta canção é, definitivamente, de safra vintage.

Quase a chegar ao fim da viagem, está na hora de levantar o pé do acelerador e apreciar as últimas curvas do caminho. A pandeireta e o órgão não enganam: You Can’t Allways Get What You Want, chega direitinho do final dos anos 60 e, se os Rolling Stones nunca foram exemplo acabado de banda hippie, este cheiro a flower power é o aroma perfeito para abrir novamente a janela do carro e respirar os campos floridos. Bem vindos à primavera!

Good Year Kilometros que cuentan