Canções rock portuguesas

4 Julho | 2016 | Goodyear

Uma playlist com os melhores temas do rock português da última década. A Goodyear oferece-lhe um verão só com grandes canções.

Falar de rock português hoje em dia já não é sinónimo apenas daquela vaga de bandas dos anos 80 que revolucionaram o país na primeira geração depois do 25 de Abril. A última década voltou a mostrar o quanto a música e as bandas portuguesas estão de boa saúde e atentas ao que se faz lá fora, com canções bem lusitanas a preencher as ondas do rádio e os tops de vendas. Para alegrar a sua próxima saída para a praia, experimente a nossa playlist exclusivamente portuguesa.

Teresa – Capitão Fausto. Este Verão vai ser a estação dos Capitão Fausto: já tinham a atenção de quem segue a música portuguesa com regularidade, mas uma entrada direta para o primeiro lugar do top de vendas nacional garantiu-lhes a atenção do mainstream. E nós não poderíamos concordar mais: evoluíram muito neste terceiro disco mas o som retro destes rapazes tem o condão de se manter fresco desde a primeira vez que os ouvimos.

Cinegirasol – Os Azeitonas. Por vezes, é mesmo esta a sensação que nos assalta: está calor, não nos conseguimos mexer ou sequer raciocinar, façam-nos o que fizerem, para nós é igual. Os Azeitonas não são só a banda de “Anda comigo ver os aviões”, o mega-sucesso que os revelou ao mundo, e ainda guardam pequenos hinos de sabor indie como este “Cinegirasol”.

Morena – Tiago Bettencourt. Tiago Bettencourt tem créditos bem firmados na escrita e composição de canções, e “Morena” é mais uma pista na obra do ex-Toranja. É uma canção que poderia ser dedicada a qualquer mulher portuguesa, traz um travo pop e é uma espécie de desejo: “quando o calor lhe vem, sempre que a noite quer, sonha comigo também”.

Dona Ligeirinha – Diabo Na Cruz.Como se fosse um “corridinho” tocado à clássica maneira algarvia, “Dona Ligeirinha” é uma abordagem bem contemporânea a uma ideia de festa de aldeia que já só existe no coração de um morador da urbe. Mas isto não é de forma alguma uma crítica: é desta mescla com o rural que nasce o som dos Diabo na Cruz e o adufe nunca soou tão moderno.

Snow Girl – Blind Zero. Veteranos e multi-facetados, já foram apelidados de “os próximos Pearl jam”, experimentaram cores da pop e, já com mais duas décadas no activo, ainda mostram vontade de experimentar e continuar pelo simples amor à música. “Snow Girl” traz à memória algumas das bandas da pop mais “negra” dos 80s, mas não soaria nada mal cantada como um hino de estádio.

Armada De Pau – Os Pontos Negros. Sempre juvenis, mas com uma escrita madura o suficiente para debitar algumas das letras melhor conseguidas da última década em Portugal, os Pontos Negros foram criar o seu muito característico som às tardes passadas na Igreja Baptista de Queluz. Não sabemos se foram “iluminados” pelo divino,  mas o resultado materializou-se em muito luminosos hinos pop/rock como este “Armada de Pau”.

Era Matá-lo – Paus. Confessamos que os Paus são das nossas bandas preferidas da nova geração: belíssimos músicos, uma atitude ao vivo próxima da catarse, uma secção rítmica composta por dois bateristas e um baixista em constante delírio, e canções épicas e intensas como se  a sala estivesse a pegar fogo. Não são de audição fácil e é possível que nunca saiam do seu pequeno nicho de (obsessivos) fãs, mas o futuro da música portuguesa está a passar por aqui.

A Minha Casinha – Ao Vivo – Xutos & Pontapés. Fechamos com uma sobremesa: um daqueles clássicos bem doces de que já poucos admitem gostar mas que que ninguém se coíbe de apreciar quando a ocasião a isso propicia. E, se há coisas muito mais interessantes na obra dos Xutos, a verdade é que é Verão e queremos mesmo é músicas que nos divirtam. “A Casinha” é isso mesmo: o exemplo perfeito “daquele tema” que transcende gerações, que todos sabem cantar, e que nunca perde o verdadeiro e original sabor a música portuguesa.

Good Year Kilometros que cuentan