São Miguel, ilha da Caldeira Velha e do Bolo da Sertã

13 Abril | 2018 | Goodyear

São Miguel é o destino mais visitado nos Açores mas está longe de ter esgotado o seu interesse. Conheça 7 memória inesquecíveis de uma escapada na ilha.

São Miguel tem a cidade mais hospitaleira de Portugal e uma natureza pujante e incontrolável. O estômago tem direito a iguarias de gourmand e a sessões de slow cooking. A imaginação aviva-se com lendas e velhas histórias de pescadores e princesas. Diz-se até que há aqui uma ligação qualquer à velha Atlântida… O que está à espera? Se precisa de ideias, fique de seguida com 7 sugestões que não pode perder em São Miguel.

São Miguel, ilha da Caldeira Velha e do Bolo da Sertã

Caldeira Velha

Considerada Monumento Natural e Regional, a Caldeira Velha localiza-se na Ribeira Grande. É uma reserva de grande importância para a vida das Florestas da Laurisilva, dada a diversidade e abundância de espécies. Encontramos aqui uma piscina natural, com águas quentes trazidas por cascatas e canais. Apesar do aspecto amarelo, devido à elevada quantidade de ferro, não há como resistir a um mergulho nestas águas. Tenha cuidado contudo! Há nascentes que estão mesmo a borbulhar e identificadas com avisos de perigo. O centro de interpretação ambiental local explica-lhe tudo o que precisa de saber sobre os fenómenos geofísicos que encontramos.

Lagoa das Sete Cidades

Envolta em lendas que nunca conseguirão justificar a sua beleza extraordinária, a Lagoa das Sete Cidades é o cliché a que ninguém pode escapar. Nem devia tentar sequer. Nesta caldeira, duas enormes massas de água parecem dois olhos de cores diferentes, um azul e outro verde. Nas margens encontramos Serrado das Freiras e Sete Cidades, duas localidades em que o bom gosto da localização está em sintonia com seu impacto na paisagem. Na vertente sul, a “Vista do Rei” é o miradouro para assistir ao espetáculo colorido que aqui se monta na primavera.

Vila Franca do Campo

O ilhéu em frente a Vila Franca do Campo remata a vista desta localidade com chave de ouro. Protegido desde 1993, o ilhéu tem origem vulcânica, o que criou uma cratera usada hoje como piscina natural. Tendo sido a capital da ilha, Vila Franca guarda ainda bastante património histórico. A Igreja Matriz, a Capela de Nossa Senhora da Paz e os Paços do Concelho são recordações de outras eras. Para o estômago, recomendam-se as Queijada das Vila, cuja receita é um segredo guardado por duas das famílias da terra.

Furnas

A zona das furnas é um dos locais em que nos apercebemos da “juventude” telúrica de São Miguel. Uma série de fenómenos vulcânicos estão aqui à vista de todos e não podemos deixar de provar o “Cozido”. Galinha, carne de vaca, batata doce e todos os enchidos que leva, passam 4 a 5 horas debaixo de terra, com o calor vulcânico. Todos os aromas têm assim tempo para nascer e casarem uns com os outros, dando origem a um prato único. Se não poder confecionar o seu próprio cozido, recomenda-se o do Caldeiradas e Vulcões.

Ponta Delgada

Encontrar a cidade mais hospitaleira de Portugal nos Açores é sinal suficiente que há aqui um ambiente especial. As ruas bem preservadas, sem parecerem um museu, e as lojas com uma fachada tradicional, estão bem vivas e ocupadas. O turismo é parte importante da cidade, mas há aqui uma dinâmica própria, uma vida que não se prende na sazonalidade das estações. As lapas, a morcela ou o ananás são bons motivos para trocarmos histórias à mesa, mas é a franqueza dos açorianos que desarma o forasteiro e convida ao regresso.

Bolo da Sertã

Não é um destino açoreano mas tem que fazer parte do seu roteiro. O Bolo da Sertã é uma espécie de pão tradicional que, apesar das parecenças com o Bolo do Caco, tem uma personalidade muito própria. Ao contrário do seu congénere madeirense, leva farinha de milho em vez da batata doce e tem um sabor bastante mais suave. Apesar de delicioso e ir bem com tudo, era antigamente considerado um pão de segunda escolha, só confecionado quando não havia outra farinha disponível. Hoje em dia, no continente é encontrado em mercearias gourmet…

Monte Palace

Numa ilha com uma natureza que corre à sua vontade, terminamos o nosso roteiro num local que é bem sinal disso. O Monte Palace é um dos mais famosos edifícios portugueses abandonados e está ser devorado pela vegetação. Foi um hotel de luxo com casino que, por motivos vários, fechou logo ao fim do primeiro ano. Ficou um edíficio imponente, no meio do verde açoreano que, pouco a pouco, funde-se com a paisagem. É uma visão quase pós-apocalíptica, como se nos mostrassem como será São Miguel num futuro distante, quando os humanos desaparecerem. Assombroso e belo ao mesmo tempo.

Good Year Kilometros que cuentan