Serra da Estrela à Figueira da Foz: rota do Mondego
2 Abril | 2018 | Goodyear
Venha connosco da Serra da Estrela à Figueira da Foz, por paisagens inesquecíveis. Pelo caminho, encontramos os sabores e vistas únicas da região e uma sucessão de surpresas e motivos de interesse. O companheiro de viagem é o Mondego, nas margens do qual também há destinos gastronómicos e até mergulhos para gozar. Vamos atravessar o centro do país e visitar 10 pontos imperdíveis entre a Serra da Estrela e a Figueira.
Ao longo de 250 quilómetros, o Rio Mondego atira-se do alto da Serra da Estrela para os braços do Atlântico. Faz fronteira entre Centro e Norte e liga a simplicidade do campo, a cidade intelectual e as areias da praia. No mesmo eixo temos queijo amanteigado, fado e uma clássica colónia balnear. Tudo faz parte do mesmo país, do mesmo Portugal ainda genuíno e bem vivo.
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Manteigas
Conduzir pelas estradas em redor de Manteigas, só por si, vale a viagem. Vamos andar pela região do Vale Glaciar do Zêzere, que nasce aqui perto, entre urzes, giestas e carvalhos. As cores vão se revezando ao longo das épocas do ano, do branco invernal aos salpicos primaveris. O passeio entre as faias dos Bosques de São Lourenço é uma das nossas recomendações. Já que estamos aqui, o desvio de 10 quilómetros, ao longo do vale, até ao Covão da Metade é obrigatório. Cumprida a visita, seguimos pela N232 até Corgo das Mós.
Corgo das Mós
É nesta zona que, discretamente, nasce o Rio Mondego. Está assinalado por isso não é difícil dar com a sua nascente, mas quase passaria despercebido. Fixe esta imagem contudo. Guarde-a como referência para os cenários que estão para chegar. Um pequeno desvio pelo Vale do Rossim leva-nos até à praia mais alta do país. Há um bar/restaurante e também um Eco Resort de onde podemos partir para a descoberta da zona.
Seia
De passagem por Seia, fazemos uma paragem no Museu do Pão. O motivo é o pão tradicional, e é sempre à volta dele que o restaurante do museu prepara a sua carta. É beirão e tem pão, o que mais se pode querer? O menu é reduzido, mas podemos repetir quantas vezes quisermos.
Aldeia das Dez
Construída em granito e debruçada sobre o rio Alvôco, a aldeia é um dos melhores miradouros sobre a região. Pare aqui para descansar ou comer, porque ambos os motivo são bons. Aproveite um dos inúmeros pontos de vista espalhados pela terra enquanto aprecia os coscoréis e as cavacas confecionadas à moda da Aldeia das Dez. A subida à Serra do Açor, ao Alto do Colcurinho, é um desvio muito recomendável.
Arganil
Com vizinhos como Piódão, Foz D’Égua ou Fraga da Pena, a vila de Arganil parece menos atraente. Apesar disso, o seu centro histórico tem antigas igrejas e descontraídos recantos. No Santuário da Nossa Senhora do Monte Alto encontramos um miradouro soberbo, onde ocorrem as festas de 15 de Agosto.
Góis
No vale criado pelas serras do Rabadão e Carvalhal, Góis fica na margem direita do Ceira. O rio fica unido por uma ponte manuelina, enquanto a sul ergue-se o Penedo de Góis. A igreja de Santa Maria, Maior e várias capelas em redor da localidade complementam o seu valor patrimonial. Contudo, são as velhas casas e o ritmo do Ceira que dão charme à terra.
Vimieiro
Na margem do rio Alva, uma praia fluvial e um casario em xisto criam um cenário pitoresco. As águas limpas e a vegetação em volta encarregam-se de nos convidar à tranquilidade. O restaurante Vimieiro tem vista para o espetáculo e aproveita bem este rio. Segundo a época, serve-se aqui lampreia e míscaros, sempre a escolher o melhor da região.
Coimbra
Nesta visita a Coimbra vamos ficar-nos pelas margens do rio. No relativamente recente Parque do Mondego criou-se um espaço verde que abrange as duas margens, com bares, restaurantes e exposições. Depois de atravessar a ponte pedonal, a Galeria de Santa Clara é um dos locais mais agradáveis da cidade. Aproveite a esplanada para descontrair antes de prosseguir caminho.
Montemor-o-Velho
De regresso à margem direita do Mondego, Montemor mantém ainda muito do seu antigo carácter rural. Em redor da povoação são os campos cultivados e deliciosamente ordenados que entretém a vista. Na vila, é o Castelo que marca a paisagem, mas são as ruas antigas em seu redor que convidam ao passeio. Lá em cima, visite a Casa de Chá do Paço das Infantas para descansar na esplanada.
Figueira da Foz
O Mondego deixa-se abraçar pelo mar na Figueira da Foz, destino onde terminamos a nossa longa viagem. O cenário é radicalmente diferente depois desta épica jornada de 200 e muitos quilómetros. Com o rio, o mar e a serra a criarem a paisagem, o espetáculo termina com chave de ouro. Depois da rudeza serrana, chegámos a uma costa de luz. Terra descontraída, onde se come excecionalmente bem e vive-se a um ritmo muito próprio, aproveite esta etapa final para apreciar uma feijoada de búzios.