Thelma e Louise: duas mulheres e um destino

11 Abril | 2015 | Goodyear

Epítoma dos “road movies”, “Thelma e Louise” traz-nos milha após milha de música, paisagens intermináveis de estados norte-americanos e aventuras. Um clássico que deve ser visto por todos

Quem nunca sonhou em agarrar no volante e percorrer quilómetro atrás de quilómetro, deixar para trás os capítulos de vida que queremos esquecer, à procura de outros novos para escrever? Uma necessidade incontrolável de fugir e deixar tudo para trás… Foi isso que fizeram Thelma Yvonne Dickinson e Louise Elizabeth Sawyer. Pode não as reconhecer pelos apelidos, mas se lhe dissermos que falamos de Thelma e Louise, decerto que a memória se aviva.

Depois de um conjunto de episódios pelos quais nenhum de nós gostaria de passar, a partir do momento em que pisam o asfalto e dão-nos a conhecer a vastidão das paisagens norte-americanas, não há maneira de não invejarmos Thelma & Louise. Começam no Arkansas, evitam o Texas, levam-nos a Oklahoma City, Novo México e Arizona, sempre com a estrada como a mais importante protagonista. Na imaginação de qualquer cinéfilo, um apaixonado por filmes americanos, há coisas que só podem acontecer aqui, em pleno coração dos EUA. Bares de estrada, roubos, excesso de velocidade, perseguições de polícia… que acabam num cenário único, o Arizona, à beira do Grand Canyon.

E, se a trama não fosse suficiente para nos levar para fora da sala de estar, a banda sonora deste filme é inesquecível. O rock e o country colam em cada cena a emoção que as imagens pretendem transmitir. Para a história do cinema ficam melodias como “Little Honey” (ouvida no restaurante em que trabalha Louise), “Tennesse Plates” (tocada ao vivo e acompanhada por uma coreografia excepcional), ou quando cantam no carro “The way you do the things you do” ou o “Better not look down”, de B.B. King, a derradeira canção do filme.

Epítoma dos “road movies”, “Thelma e Louise” traz-nos milha após milha de música, paisagens intermináveis de estados norte-americanos e aventuras. Um clássico que deve ser visto por todos.

O casting final de atores acabou por ser um pouco inesperado e conta com algumas curiosidades. George Clooney, alguns anos antes do mega-sucesso em que haveria de se tornar, fez cinco provas para o papel de J.D., o vigarista que acabou por ser interpretado por Brad Pitt. Com apenas 29 anos, ninguém imaginava ainda o que iria acontecer ao futuro ator de “Serviço de Urgência”.

Cher, por seu lado, chegou a ser escolhida para o papel de Thelma mas, ao contrario de Clooney, acabou por rejeitá-lo. Depois do sucesso do filme e a sua transformação em objecto de culto, será que se arrependeu? Ficaremos sempre na dúvida.

Good Year Kilometros que cuentan