Já abriu a mais extensa Via Ferrata de Portugal em Proença-a-Nova.

31 Dezembro | 2021 | Goodyear

Com mais de dois quilómetros de percurso circular, pontes suspensas, espigões e cabos, a Via Ferrata da Serra das Talhadas traz escalada para todos.

A Via Ferrata das Talhadas, a mais extensa de Portugal com cerca de 2190 metros na totalidade, está pronta a ser explorada. Inaugurada em 2021, promete trazer a Proença-a-Nova, não só os adeptos da escalada, mas também quem vier à procura de uma forma diferente de desfrutar a natureza. A estrutura instalada permite o seu uso por pessoas com reduzida experiência em escalada e, todas elas, irão apreciar as paisagens da Beira Baixa. Continue a ler para saber mais sobre a Via Ferrata das Talhadas, em Proença-a-Nova.

ATENÇÃO: A atividade de escalada deve ser executada de forma responsável, sempre na companhia de alguém experiente e com todos os equipamentos de proteção individual. Não tente fazer esta ou outras Vias Ferratas se é a sua primeira experiência de escalada e não conta com a companhia de um monitor/professor.

“Via Ferrata” é um percurso previamente preparado nas paredes rochosas de uma montanha – com escadas, pontes, cabos de aço, grampos, etc. – desenhado para facilitar a progressão de um montanhista. Estas Vias são classificadas de acordo com 7 graus de dificuldade que vão de Fácil a Extremamente difícil. No caso da Via das Talhadas, há sectores entre o 3 e o 7C, o que a torna adequada para um bom leque de diferentes pessoas, com diferentes experiências e condições físicas.

Escalar onde as aves voam

A Via das Talhadas nasceu dentro do Geopark Naturtejo, aproveitando assim toda a riqueza geológica da região. O parque é uma vasta área que se espalha pelos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. É uma das regiões mais ricas em aves em Portugal e encontram-se aqui algumas espécies raras e únicas, abrigadas nas mesmas escarpas que a Via Ferrata das Talhadas desbrava.

O percurso inicia-se na Torre de Vigia, obra do arquiteto Álvaro Siza Vieira. A estrutura metálica permite uma vista fantástica para a zona circundante, com plataformas transparentes e painéis solares invisíveis, que procuram diluir o seu efeito na paisagem. Um “simples” posto de vigia transformou-se assim em marco arquitetónico.

Pontes suspensas e escalada: precauções a tomar

Depois de uma caminhada de 20 minutos, cerca de 800 metros, até ao local onde se encontra o primeiro sector, terminando no mesmo local. De travessia circular, esta ferrata é composta por 11 sectores, com uma ponte himalaia de 15 metros e uma ponte suspensa de 40 metros. Entre os sectores existem trilhos assinalados que devem ser respeitados, para segurança de todos e pela preservação do espaço natural.

O Município e a entidade instaladora advertem que esta atividade não está isenta de perigos, podendo inclusive ocorrer acidentes graves ou até fatais: a utilização do equipamento é da exclusiva responsabilidade de cada utilizador, bem como os danos que causarem a terceiros. Existe uma série de cuidados a ter no momento de travessia da Via Ferrata:

  • garantir a utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual),
  • ter atenção às condições meteorológicas, não utilizar este equipamento com trovoadas ou períodos de risco de incêndio muito elevado ou máximo;
  • nas secções horizontais apenas pode passar um utilizador; nas secções verticais deve-se deixar pelo menos uma secção de cabo livre entre diferentes utilizadores;
  • na ponte himalaia apenas é permitida a passagem de um utilizador de cada vez e na ponte suspensa de dois utilizadores;
  • deve ainda permanecer conectado ao cabo de aço de segurança até ao fim da Via Ferrata.

Mais desafios na Serra das Talhadas

Também conhecida por Serra de Ródão, estas escarpas chegam aos 614m em Chão de Galego, com declives que podem ultrapassar os 50%. Cortada pelo Ocreza e pelo Tejo, e com pontos dramáticos como os geomonumentos das Portas do Almourão, a Escarpa de falha do Pônsul, as Portas de Ródão e a Mina de ouro romana do Conhal do Arneiro, a rude paisagem tem muito que explorar e admirar.

Para além da Via Ferrata, a Serra das Talhadas foi dotada de trilhos de enduro BTT, de rampa para auxílio à prática de desportos como parapente, o trail da crista da Serra com passagem pelos Miradouros da Catraia, Torre de Vigia, dos Carregais e Carregal e das Portas de Almourão, os trilhos de água e o Parque de Caravanismo do Chão do Galego, obras em fase de conclusão ou recentemente inauguradas. Temos ainda percursos pedestres (uma das etapas da Grande Rota da Cortiçada atravessa a Serra das Talhadas), o PR6 ou as mais de 40 vias da Escola de Escalada de Proença-a-Nova.

Está lançado o convite: em Proença-a-Nova há uma escola de escalada e, desde agora, uma Via Ferrata no fantástico ambiente do Geopark. Se alguma vez, pensou no fascínio da aventura e da conquista de cenários dramáticos, as condições perfeitas para a iniciação à escalada estão aqui.

Good Year Kilometros que cuentan