Vila Santa, orgulho alentejano

21 Janeiro | 2016 | Goodyear

Um passeio com a Goodyear à descoberta dos melhores vinhos alentejanos, numa das mais agradáveis vilas da região.

Mesmo à saída de Estremoz, a caminho de Borba, fica a Adega de Vila Santa, exemplo acabado do que quase duas décadas de empenho podem fazer pela fama dos vinhos alentejanos. Aberta a visitantes, com uma extensa oferta de programas de prova, aproveitámos a “deixa” e fomos até ao Alto Alentejo, de regresso a uma das nossas terras preferidas, para um passeio entre o xisto e a vinha, entre a sala de prova e as solarengas ruas de Estremoz.

A arte dos vinhos alentejanos

Se “vinho alentejano” tornou-se sinónimo de um produto contemporâneo, de qualidade reconhecida por todos, muito se deve a João Portugal Ramos. Este enólogo tem passado as últimas décadas a aperfeiçoar o que nos trazem as uvas desta zona do país e está também por trás de Vila Santa, adega que construiu em 1997 e na qual seleciona as melhores uvas e aperfeiçoa a sua arte, em prol de todos nós que temos a sorte de provar os resultados.

Sofisticada e moderna, a adega de Vila Santa ocupa mais de 9 quilómetros quadrados, onde as cubas e lagares fazem as vezes de berço para os néctares aqui encontrados. Mas, apesar do desenvolvimento tecnológico, quando aqui chegamos é para apreciar uma arte antiga, que se aperfeiçoa entre o passado e o futuro. E é essa a paisagem que nos recebe.

Recebidos de braços abertos

Moderna, mas respeitosa da sua tradição, assim é a postura de Vila Santa. Quando chegamos, somos recebidos pela tradicional arquitectura alentejana: as paredes caiadas a branco com as linhas pintadas em cor forte (amarelo neste caso), os muros de xisto que dividem os talhões da vinha, o uso da tijoleira e do mármore da região, tudo nos indica que aqui há noção da História e muito gosto em transmití-la.

A nossa visita a Vila Santa foi feita com um grupo de amigos e incluiu apenas uma das provas oferecidas, mas há programas para grupos mais pequenos ou maiores, com ou sem refeição, incluindo visitas à vinha, cursos de culinária ou participação nas colheitas. Veja aqui as diversas possibilidades ao seu dispor. Com loja, sala de provas, sala de formação, sala de reuniões e sala de refeições, há muitas formas de descobrir, provar e levar para casa vinhos que são a memória perfeita desta terra.

Da colheita ao almoço

Começámos por uma visita “obrigatória” ao miradouro, de onde apreciámos a vista sobre as vinhas. Sob os nossos olhos crescem as castas que vão dar origem aos três brancos e oito tintos aqui produzidos: Loios, Marquês de Borba, Vila Santa Reserva, entre os brancos, e Loios, Marquês de Borba, Vila Santa Trincadeira, Vila Santa Aragonez, Vila Santa Syrah, Vila Santa Reserva, Quinta da Viçosa e Marquês de Borba Reserva, nos tintos.

Infelizmente, não tivemos oportunidade de visitar na altura das vindimas, altura em que teria sido possível participar na apanha e na pisa, mas tivemos direito a uma explicação sobre todo o processo, desde a colheita até à cave. Satisfeitos com o novo conhecimento, foi altura de passar ao almoço e à prova. E, se as expectativas eram elevadas, avançamos já que não saíram goradas.

Ao almoço, depois dos queijos da região e  uma fantástica tiborna, tivemos a oportunidade de provar um Marquês de Borba e um Vila Santa Reserva que nos deixaram satisfeitos como poucos vinhos são capazes. Se aqui vier, experimente também o Quinta da Viçosa ou o Conde de Vimioso, néctares de excepção.

Vila - Quilometrosquecontam

Lá do alto

Não podíamos acabar este relato da nossa passagem por Estremoz sem falar-vos da belíssima escolha que fizémos para passar a noite. No alto do monte, o Castelo de Estremoz foi residência de reis, local de reunião da corte e é agora uma pousada. É desta zona da vila que temos a melhor vista sobre o Alentejo que nos rodeia, mas é também um local com o charme perfeito para nos deixamos envolver pela História.

O Paço do Castelo foi palco para a morte da Rainha Santa Isabel, lutas sangrentas, e tornou-se material para lendas e milagres, mas é hoje em dia um dos melhor conservados e agradáveis recantos de um Portugal Histórico. Aqui mesmo ao lado fica o “São Rosas”, um dos melhores restaurantes alentejanos, e complemento ideal para terminar um dia em cheio.

Good Year Kilometros que cuentan