Vinte anos a dançar

7 Agosto | 2015 | Goodyear

Andanças: 20 anos de existência, uma idade que não revela o nível de maturidade do mais singular festival português

O Andanças entra agora no seu 20º ano de existência, uma idade que não revela o nível de maturidade do mais singular festival português. Chegados a Agosto, o espírito de partilha, encontro e práticas sustentáveis que aqui se vive é uma alternativa à multidão e agitação que acontece em todos os outros festivais.

O Andanças faz o seu cartaz com a música e a dança popular de todo o mundo e aproveita o tema para gerar trocas de experiências e convívio entre diferentes gerações e culturas. A dança é o mote para juntar pessoas de todo o mundo, entre os dias 3 e 9 deste mês, mas a vontade de criar e dar a conhecer propostas para um mundo melhor, fazem parte do ADN do Andanças.

 

O palco é nosso
Este não é um evento para se assistir passivamente, aqui é possível aprender mais de meia centena de estilos de dança diferentes: portuguesas, africanas, húngaras, balcânicas, bascas, ciganas, bálticas, belgas, do Poitou, italianas, galegas, catalãs, mediterrânicas, etc., colocando-nos a nós, espectadores, no centro do espetáculo.

E todos são chamados a participar, pois o festival dá especial atenção às crianças e famílias que o visitam. Este ano, o Espaço Criança será palco de variadas oficinas de dança – Capoeira, Colombianas, Indianas, Moçambicanas, Portuguesas, do Mundo, Urbanas, entre outras –, e bailes, circo, teatro, oficinas criativas e de instrumentos, sessões de contos, oficinas de relaxamento, de meditação ou de yoga. A entrada no Andanças é gratuita para crianças até aos 12 anos e as famílias com 2 filhos ou mais (entre os 13 e os 18 anos) têm direito a desconto.

 

andancas1

Cansados, depois de muitas horas a rodopiar, os dançarinos podem ainda passear pelo Mercado Andanças, onde irão encontrar produtos regionais e do mundo, com natural ênfase em propostas ecológicas e biológicas. A Cantina Andanças está também recheada de pratos de origem biológica, e há uma cozinha para o campista, diversas tasquinhas, cafés e restaurantes, onde pode saborear a gastronomia local.

 

Chegar e ficar
Lembre-se do mote do festival e tente chegar a Castelo de Vide em transporte pouco poluente (o comboio para em Vila Velha de Ródão, por exemplo, onde pode apanhar o autocarro oficial do Andanças).

O acampamento no recinto é gratuito e aproveita o cenário montado pelo Parque Natural de S. Mamede para oferecer ao campista uma área bastante bonita e agradável onde montar a tenda ou a caravana. Se preferir ter tecto sobre a sua cabeça, o festivaleiro pode optar pela oferta hoteleira de Castelo de Vide, Póvoa e Meadas, Nisa, Alpalhão, Marvão ou Portalegre, todos a menos de 30 quilómetros.

Sabemos que não é uma proposta convencional, mas o Andanças não foi pensado para ser como os outros. Novos e velhos, betinhos e freaks, despem-se de preconceitos e encontram aqui, com a desculpa da dança, uma outra forma de  re-inventar os festivais de Verão. Arrisque também e dê um salto até Castelo de Vide.

Good Year Kilometros que cuentan