Xabregas e Beato, a nova face de Lisboa

20 Fevereiro | 2020 | Goodyear

A zona oriental da capital está a transformar-se e a tornar-se numa das novas atrações da cidade

Durante anos a fio, a zona oriental de Lisboa foi deixada ao abandono, um mero ponto de passagem com paisagem industrial como pano de fundo. A Expo 98 mudou o estado das coisas e revitalizou grande parte daquela área mas o caminho entre a Baixa lisboeta e o agora Parque das Nações teve de esperar mais algum tempo para regressar definitivamente à vida.

De Xabregas a Marvila, com passagem pelo Beato, a zona oriental da capital deixou para trás a decadência que fez dela um autêntico cemitério de fábricas. Entre bares, galerias de arte, cafés, espaços de cowork ou lojas de mobiliário, há muito para ver e viver na mais recente área da moda lisboeta. E, naturalmente, há muitos e bons sítios para comer.

A começar pela Marítima de Xabregas, uma verdadeira instituiçºao da zona. O bacalhau assado na brasa com batata a murro e o entrecôte no churrasco “à Marítima” são as iguarias mais procuradas do restaurante, aberto desde 1966. E já que falamos de bacalhau, o melhor sítio para comer o fiel amigo é na Casa do Bacalhau, na rua do Grilo, onde em tempos foram as cavalariças do palácio do Duque de Lafões. Seja assado na brasa, cozido com todos, à Brás, à Gomes de Sá, à Zé do Pipo, em caril, em pataniscas ou em pastéis, pode comer o bacalhau como mais lhe aprouver. 

Comer em Marvila

Estando a zona em plena ebulição criativa, é natural que a oferta gastronómica vá para além dos clássicos à portuguesa. Um dos locais mais cosmopolitas dá pelo nome de El Bulo Social Club e é um dos restaurantes mais concorridos de Marvila. Espaçoso, a casa do conhecido chef Chakall é um paraíso para quem aprecia comida com sabor sul-americano, da Argentina ao Chile, sem esquecer o Peru. Mesmo ao lado fica o Refeitório do Senhor Abel, onde a oferta gastronómica tem sabor de Itália, dos carpaccios às muitas e variadas pizzas que se encontram na ementa, sem esquecer as mozzarellas frescas.

E, depois de uma boa refeição, vale sempre a pena passar pela Fábrica do Braço de Prata, um espaço que é muito mais do que um centro cultural. Tem livraria, salas de exposições, salas de cinema e teatro e sala de espetáculos musicais mas também é possível ir lá para apenas beber um copo e, dada a dimensão do espaço, pode tentar marcar um  jantar de grupo numa das suas muitas salas.

Na Rua do Açúcar fica o Café com Calma, um sítio ideal para comer um brunch de fim-de-semana e deliciar-se com os bolos caseiros. Recomendamos o Brunch com Calma, que inclui hummus no pão e palitos de vegetais, croissant francês com manteiga, pudim de chia com frutos vermelhos, creme de alfarroba e granola caseira.

Fechamos este roteiro na mesma Rua do Açúcar, no Aquele Lugar que Não Existe. Não procure pela página de Facebook ou Instagram, que não vai encontrar. A estratégia é a não divulgação, o que não impediu, por isso mesmo, que se tornasse conhecido. A oferta é variada, do brunch às sobremesas, com passagem pelas pizzas e pela comida indiana.

Se no próximo fim-de-semana não tiver onde ir, não pense mais nisso: a zona oriental de Lisboa está à sua espera, pronta para ser descoberta.

 

Good Year Kilometros que cuentan