De viagem até a nós próprios: música instrumental para conduzir

12 Outubro | 2015 | Goodyear

Escutemos hoje aquelas canções que nos fazem viajar muitos mais quilómetros para contar sem precisar de uma voz ou atavio: apenas a força bruta do instrumento

A música é a companhia ideal para as longas viagens de carro. Com certeza, há qualquer coisa de relaxante no horizonte à frente de nós enquanto nos deixamos envolver por um remoinho de emoções sob forma de notas musicais. Quando atingirmos este estado de calma total, próximo do nirvana, de conduzir mergulhados numa canção, em muitas ocasiões não gostamos da voz do cantor. É assim:  e não queremos a inoportuna voz de alguém que rasgue o feitiço do momento.

Se você é dos que preferem a música instrumental para essas longas viagens de carro, aqui pode encontrar uma playlist muito adequada para encher esses deslocamentos com fome no ouvido!

  • Sonata nº 57 in A Major (Carlos Seixas). Começamos a nossa viagem com o célebre compositor e organista barroco português. Esta composição esconde uma especial alegria no seu ritmo levemente acelerado, como se nos convidasse a mergulharmos numa viagem feliz e despreocupada. Há alguma coisa de melodia de cinema mudo nela.
  • Concierto de Aranjuez (Joaquín Rodrigo). O compositor espanhol fez esta peça musical durante a II Guerra Mundial e muito longe da sua pátria e da principal inspiração, os jardins do Palácio de Aranjuez, perto de Madrid. Sempre há qualquer coisa de melancólico numa guitarra, e influenciado pela distância encontramos nesta obra uma ode ao lar.
  • Europa (Carlos Santana). Sem dúvida, um dos melhores guitarristas vivos. Esta peça, em que nos deleita com os seu “solo” e a sua mestria, é um expoente ótimo dos motivos que levaram o mexicano aos altares da música de hoje.
  • Misirlou (Dick Dale). Se calhar não a conheça pelo nome. Se agora eu lhe disser “Pulp Fiction, decerto que irá acertar depressa: o tema principal daquele inesquecível filme do Quentin Tarantino! Originalmente uma canção tradicional grega, o guitarrista americano fê-la popular durante os loucos anos 60. E já conhece a predileção do Tarantino pelas cenas com carros nos seus filmes…
  • musica2

 

  • The promise (Michael Nyman). Tema principal do filme The Piano de 1993, esta melodia é capaz de transmitir toda a tristeza e a melancolia que apenas o piano é que pode dar. Uma viagem com esta peça pode multiplicar por mil a beleza da paisagem em volta. Quase cientificamente testado!
  • A cavalgada das Valquírias (Richard Wagner). Nada que acrescentar a esta peça. Muito conhecida pelo seu tom épico e majestoso, foi banda sonora de inúmeros filmes como o clássico Apocalypse Now de Francis Ford Coppola.
  • Assim falou Zaratustra (Richard Strauss). Continuamos com a música clássica muito empregada em cinema. Esta melodia baseada no livro do filósofo Friedrich Nietzsche, foi utilizada como tema central da terrivelmente melómana 2001: A Space Odyssey do Stanley Kubrick. Uma autêntica ode, aquele filme, à música instrumental.
  • Moby Dick (Led Zeppelin). Lançada no seu álbum de estudo Led Zeppelin II e inspirada no romance homónimo do escritor Herman Meville, tem um impressionante “solo” de bateria de John Bohman, compositor original. Ideal para experimentar a viagem coma uma longa procura da baleia branca a sulcar o mar.
  • Classical Gas (Eric Clapton). Trazer a esta playlist um duelo de titãs como Santana e Clapton é um risco que temos de assumir. O que dizer desta peça? A mestria na interpretação do guitarrista britânico carregada de sentimento que parece deitar sobre o nosso carro toda a força vital do mundo em acordes que não precisam de nenhum enfeite artificioso para arranhar a alma.
  • Orion (Metallica). Não podia ausentar-se da nossa playlist a famosa banda norte-americana de heavy metal. Elevamos o tom da playlist para encerrá-la com esta conexão profunda com o nosso lado selvagem durante quase oito minutos de pura música, nua de concessões.

E você? Incluiria alguma mais?

Good Year Kilometros que cuentan