Curiosidades dos circuitos míticos da competição

9 Junho | 2021 | Goodyear

A competição também é feita de azares, momentos únicos e acasos: conheça algumas curiosidades dos circuitos mais míticos da competição automóvel.

Roubos de joias, campos de aviação transformados em pistas de corrida, personagens que saltam para a pista e citam a Bíblia, pilotos que afirmam falar com Deus… Os míticos e lendários circuitos das competições motorizadas guardam milhares de segredos e curiosidades ao longo das últimas décadas. Mergulhamos nos livros e fomos à procura das mais fantásticas curiosidades do mundo motorizado.

Mónaco: um circuito de cinema

Mónaco acontece geralmente perto das datas do vizinho Festival de Cinema de Cannes e não é surpreendente que o paddock esteja cheio de “celebridades” e, além disso, seja usado para eventos promocionais de filmes.

A Red Bull entrou no universo Star Wars, decorou os seus carros e até vestiu os pilotos e mecânicos como soldados do Império em homenagem ao clássico do cinema. Mas o pior aconteceu com a Jaguar quando promoveu o filme Ocean’s Twelve. A “promoção” do filme incluiu colocar um diamante de 300.000 euros no nariz do carro conduzido por Christian Klein, com o azar de que, logo após completar a primeira volta, Klein bateu na curva Loews e teve que abandonar. Quando foram retirar o veículo, ninguém encontrou a jóia e logo depois se soube que esta nem estava segurada.

Silverstone: tudo começou aqui

Silverstone é um dos circuitos mais lendários e prestigiosos de toda a Europa. É a casa do Grande Prémio de Fórmula 1 da Grã-Bretanha, o Campeonato Mundial de Endurance, o Grande Prémio da Inglaterra do Campeonato Mundial de Motociclismo … e três antigas pistas de aviões!

É que o circuito de Silverstone foi usado como campo de aviação militar pela Royal British Air Force (RAF) na Segunda Guerra Mundial. Em 1947, essas pistas foram modificadas para pista de corrida, mas todas as três pistas ainda são visíveis do ar.

Silverstone foi justamente o circuito que recebeu a primeira corrida da história da Fórmula 1, em 1950, onde Farina venceu ao volante de um Alfa Romeo.
Em 2003, Cornelius Horan, um ex-padre irlandês usando uma boina e uma faixa com os dizeres “Leia a Bíblia. A Bíblia está sempre certa”, invadiu a pista enquanto o Grande Prémio de Fórmula 1 estava a ser disputado. Felizmente, os comissários do circuito foram rápidos e ele foi retirado da pista sem ser atropelado por nenhum carro. Barrichello acabaria por vencer a corrida enquanto Horan foi condenado a dois meses de prisão.

Nürburgring: o inferno verde

Reverenciado e temido ao mesmo tempo, o muito rápido e quase centenário circuito de Nürburgring é, entre outros motivos, mundialmente famoso pelo acidente em que Niki Lauda esteve prestes a perder a vida. Estava tão perto que até recebeu a Extrema Unção, embora, milagrosamente, seis semanas depois Lauda estivesse de volta à competição.

Nürburgring está atualmente nas notícias, pois acaba de anunciar que duas das suas seções de pista terão o nome Goodyear. O chamado “circuito-curto” será conhecido no futuro como o “circuito Goodyear” e o gancho no lado sul do circuito passará a ser a “curva Goodyear”. Também foi anunciado que o logo da marca de pneus, o Pé Alado/Wingfoot, estará visível na torre de cronometragem no interior da “curva Goodyear”.

Spa-Francorchamps: onde Senna falava com Deus

Cercado pela floresta de Ardennes, na Bélgica, este maravilhoso circuito testemunhou uma das batalhas mais sangrentas da Segunda Guerra Mundial. Com o inimigo às portas, Hitler ordenou uma contra-ofensiva que, embora no início tenha conseguido deter os aliados, pouco depois levou à derrota na guerra. Com o tempo, as batalhas continuaram a ocorrer mas o rugido dos tanques deu lugar ao dos carros de corrida.

Se Maradona sempre defendeu que foi a mão de Deus que empurrou a bola para a rede contra a Inglaterra no Campeonato do Mundo de 86, Ayrton Senna dizia que, em Eau Rouge, a curva mais famosa de Spa-Francorchamps, onde se circula a mais de 300 quilómetros por hora, falava com Deus freqüentemente.

Monza: o templo da velocidade

É uma das pistas-chave na F1. Circuito com retas muito longas onde os carros são configurados de uma forma especial que só é usada em Maranello. Todos os pilotos voam, mas talvez não tanto quanto em 1971, onde Monza testemunhou o final mais apertado da história: Gethin venceu a corrida batendo Peterson por apenas 0,01 segundo.

Se é um piloto da Ferrari e vence em Monza, automaticamente se torna a pessoa mais famosa da Itália… ou não. Charles Leclerc venceu o Grande Prémio de Monza em 2019, mas isso não o ajudou a ser reconhecido pelo taxista que o levou para casa enquanto discutiam sobre a corrida dessa tarde.

Existem muitas curiosidades que merecem ser lembradas e, com o regresso progressivo à normalidade após a pandemia de covid-19, o espetáculo do motor voltará a trazer-nos novas histórias para continuarmos apaixonados pela velocidade.

Good Year Kilometros que cuentan